sábado, 30 de setembro de 2017

DIY- Como fazer um jardim no pote?????

                                                                              


Ele é fofíneo, tem a pegada da primavera, traz um pouquinho da natureza para dentro de casa, delicado, fácil de cuidar, ideal para espaços pequenos e pessoas que não tem tempo para as plantinhas, serve como objetos de decoração devido a variedade de materiais, não exige muita exposição ao sol se tornando também uma excelente opção para áreas sem muita luz natural.
Estou falando do minijardim ou jardim no pote!
Quer um pra chamar de seu?
Ele é o DIY desse mês.

                                                                                  


                                                                               

                                                                                  



O que é necessário para montar um jardim no pote
O passo a passo é simples.
 Recipiente de vidro, cerâmica ou barro  Substrato preparado com cerca de três partes de terra vegetal, duas partes de areia e uma parte de perlita Pedrinhas ou cascalhos  Mudinhas de suculentas na altura apropriada para o recipiente escolhido Enfeites como areia colorida, troncos, conchas e pequenos brinquedos Ferramentas de jardinagem ou colheres, pinças e pincéis

                                                                             

                                                                            

                                                                           
Agora é a hora de colocar a mão na massa
Certifique-se de lavar bem o recipiente escolhido com água e sabão. A secagem completa é fundamental para evitar que fungos apareçam.
Comece espalhando uma fina camada com pedrinhas e cascalhos no fundo. Elas facilitação a drenagem caso haja excesso de água.
Prefira as suculentas e cactos, já que essas espécies não precisam de muita água e sobrevivem com pouco exposição solar.
Retire as plantas do vaso preservando o torrão original de terra em volta da raiz. Assim a planta se adapta melhor ao seu novo espaço. Complete a camada de terra até a altura desejada.
Com as plantas bem fixas à terra, pressione o solo em volta do tronco para que elas se acomodem Por fim, enfeite a região com pedras, conchas, cascalhos ou areia colorida cobrindo toda a terra.

                                                                               


                                                                                

                                                                               
 Lembre-se de não exagerar na quantidade de água, se plantar numa rolha, por exemplo, utilize um conta-gotas para regar.
Coloque-as próximas a janelas, mas cuidado para não deixar o recipiente superaquecer, já que isso prejudica as plantas fazendo elas murcharem. Se for
deixá-las ao sol que seja por pouco tempo, de preferência de manhã.
Regue-as com pouca quantidade de água e somente quando o solo parecer seco, o ideal é a cada dez dias aproximadamente.
Se o recipiente for fechado, coloque ainda menos água já que ela é absorvida pela planta, evapora para a atmosfera e como é fechado, condensa no vidro e escorre novamente para umedecer o solo.
VCS também podem optar por usar borrifadores.

Quem aí se animou para fazer um jardim no pote???????
Qual modelito gostaram mais ????????

Oie pessoas lindas estou atualizando o post com algumas observações pertinentes à confecção do minijardim em lâmpadas.
A lâmpada usada é aquela antiga. A fluorescente NÃO serve pois contém mercúrio que é bastante prejudicial à saúde.
Não se esqueçam de que durante o processo vai haver quebra de vidro, por isso é INDISPENSÁVEL o uso de óculos e luvas de proteção, além de uma caixa de papelão para os cacos quebrados não se espatifarem pelo local de trabalho, mesa ou chão.
Na internet tem vários sites ensinando a fazer assim como muitos tutoriais no YouTube.
Vou deixar aqui linkado o site que usei para fazer o meu.



Beijossssss!


Abraços Literários e até a próxima.




quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Lançamento- Origem

                                                                              


Sinopse: De onde viemos? Para onde vamos?
Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete “mudar para sempre o papel da ciência”.
O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia.
Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento… algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana.
Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre.
Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch.
Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha.
Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo.
Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch… e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo..

Origem é o sétimo livro de ficção do escritor Dan Brown e o quinto a ser protagonizado pelo simbologista Robert Langdon.
Conforme sinopse divulgada pela editora, o livro é ambientado na Espanha, país em que o autor viveu na adolescência e percorre lugares como Mosteiro de Montserrat, a Casa Milà e A Sagrada Família, em Barcelona, o Museu Guggenheim, em Bilbao, o Palácio Real de Madri e a Catedral de Sevilha.
Acostumado a histórias eletrizantes Robert Langdon dessa vez terá a companhia de Ambra Vidal, a diretora do Museu.
Na história, nós o acompanhamos até a Espanha para lidar com as duas questões que mais atormentam a humanidade: de onde viemos e para onde vamos?
Agora o simbologista não envereda pelos símbolos e desenhos renascentistas, como no clássico “O Código Da Vinci”, e sim se debruça sobre arte moderna e usa tecnologia de ponta.
O último livro de Dan Brown com Robert Langdon foi “Inferno”, lançado em 2013, e que ganhou uma adaptação para os cinemas no ano passado

Se vai ser recheado de cenas de ação, algumas absolutamente inverossímeis, muita correria, suspense, mistério, pistas, uma teoria de conspiração e um amigo que se voltou para o lado sombrio da força??????
Muito provavelmente, mas quem é que liga para os clichês???
Dan Brown, autor de thrillers como O Código Da Vinci, Anjos e Demônios e Inferno, está de volta, e a contagem regressiva para ter em mãos o novo livro já começou.
Será lançado mundialmente em 3 de outubro, nos EUA pela Doubleday, no Brasil pela Editora Arqueiro e em Portugal pela Bertrand Editora.

Eu leio até lista de supermercado dele e vocês gostam do autor???
Se gostam, me contem qual o livro ou filme favorito dele??

Abraços Literários e até a próxima.





domingo, 24 de setembro de 2017

Neve na Primavera-

                                                                              

Sinopse- Seattle, 1933, Vera Ray dá um beijo no pequeno Daniel e, mesmo contrariada, sai para trabalhar. Ela odeia o turno da noite, mas o emprego de camareira no hotel garante o sustento de seu filho. Na manhã seguinte uma nevasca desaba sobre a cidade.
Vera se apressa para chegar em casa antes de Daniel acordar, mas encontra vazia a cama do menino. O ursinho de pelúcia está jogado na rua, esquecido sobre a neve.
Na Seattle dos dias atuais, a repórter Claire Aldridge é despertada por uma tempestade de neve fora de época. Designada para escrever sobre esse fenômeno, que acontece pela segunda vez em setenta anos ela se interessa pelo caso do desaparecimento de Daniel Ray, que permanece sem solução, e promete a si mesma chegar à verdade. Assim descobrirá, também, que está mais próxima de Vera do que imaginava.

Da autora li Violetas de Março, que vocês conferem aqui e como é característica de sua escrita a história se passa em dois tempos distintos, além de narrar um episódio incomum.
Aqui temos a história de duas mulheres que vivem em duas épocas diferentes, Vera em 1933 e Claire nos dias atuais.
Algo de extraordinário aconteceu duas vezes em Seattle em um espaço de tempo de 80 anos: uma grande nevasca atingiu a cidade no mês de maio, bem na primavera do hemisfério norte; algo raro.
Vera é mãe de Daniel, um garotinho de três anos, que precisa deixar o filho sozinho em casa durante a noite para trabalhar como camareira no hotel mais elegante da cidade. Em um dia ela termina seu turno e se prepara para voltar para casa de manhãzinha quando descobre que houve uma nevasca na cidade, em plena primavera.
Preocupada que ele tenha passado frio durante a noite ela fica ansiosa para chegar em casa antes que seu filhinho acorde. Após uma árdua caminhada chega em casa e se depara com a cama vazia. Sua busca desesperada pelo filho só termina quando Claire desvenda o mistério.
Claire trabalha no jornal Seattle Herald e passou por uma experiência traumática a pouco tempo. Aparentemente seu casamento anda mal porque ela e seu marido não souberam como lidar com a situação. Desanimada com as matérias em que trabalha, se depara com a história de Daniel e algo reacende dentro dela que decide só parar de investigar quando descobrisse toda a verdade.
Parece um clichê, alguém sem motivação porque sofreu uma perda que de repente se interessa por uma história e tudo termina bem, mas a autora soube conduzir a trama de maneira diferenciada e os capítulos intercalados entre o ponto de vista de Vera e de Claire ajudam a deixar a trama ainda mais instigante.
A cada capítulo conhecemos mais sobre a vida de ambas e ao mesmo tempo em que nos preocupamos em saber como a história de Vera termina, procuramos entender como tudo chegou aquele ponto e queremos ver se Claire consegue resolver a própria vida.
É uma história sobre perdas com uma pegada de mistério e escrita num tom sensível de humanidade que causa empatia.
O desenrolar da narrativa é previsível, mas apesar de não ser um livro perfeito emociona e cumpre seu papel de entreter.

Abraços Literários e até a próxima.




sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Diversos Versos, Inversos e Reversos #34

                                                                                  

Primavera
Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Cada um de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.

Abraços Literários, beijos poéticos, flores para perfumar o caminho e até a próxima.




segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Onde Está Segunda? (What Happened to Monday?)

                                                                                


Sinopse- Em um mundo onde só filhos únicos são permitidos, irmãs sétuplas só terão uma chance se fingirem que são uma só pessoa.

Quando se trata de uma distopia, na maioria das vezes há sempre o mesmo plot na construção da história e dos personagens, e dá-lhe separação por classes, habilidades e jogos.
No caso de Onde Está Segunda?(What Happened to Monday?), surpreendentemente a trama não envereda por esses caminhos, o filme traz a dosagem exata de suspense e ação.
O filme se passa num futuro próximo, 2073, onde devido a escassez de alimentos, é praticada a política do filho único, criada por Nicolette Cayman (Glenn Close), e as famílias que possuem mais de um tem os “excedentes” recolhidos pelo governo e levado para congelamento com a promessa de retorno quando as coisas melhorem no mundo.
Nesse meio tempo, Karen Settman dá a luz a sétuplas idênticas, morre durante o parto e seu pai, Terrence Setman (Willem Dafoe) cria as netas em segredo, dando a cada uma delas, o nome de um dia da semana para facilitar a identificação das garotinhas.
                                                                             


As sete irmãs são criadas e treinadas pelo avô para sobreviverem com uma só identidade oficial, a da mãe.
O problema começa quando já adultas (Noomi Rapace), uma delas, Segunda, desaparece no retorno para casa após o expediente de trabalho e as outras seis, preocupadas, se veem obrigadas a procurar pela irmã, numa busca e investigação por conta própria, enfrentando obstáculos que podem ser fatais, ao mesmo tempo em que tentam se esconder do governo.
A proposta é beeeeem bacanuda e o desenvolvimento do roteiro cumpre com o prometido.
Onde Está Segunda? tem ritmo ágil introduzindo as personagens e as regras do governo de maneira simples e então salta para o plot principal de um jeito tão inteligente que você não vê o tempo passar apesar de ter cerca de 2 horas de duração.
Sabemos somente o necessário sobre elas (suficiente para criar empatia, como não torcer por Quarta ou se emocionar com Sexta?), o treinamento e a tática de sobrevivência, o que foi um determinante para não ficar cansativo.
A atuação de nossa protagonista é excelente, quase um filme de uma só pessoa, no caso sete, já que é possível diferenciar com facilidade as irmãs, na forma de falar, de vestir, nos olhares e no comportamento.
Como toda história que envolve pessoas em um governo distópico, Onde Está Segunda? entra rápido no clima de perseguição fazendo com que a ansiedade chegue na hora e na medida exata.
Com o desaparecimento de Segunda, vemos que as regras do governo vão além do que imaginávamos, conhecemos conspirações e jogos de poder.
A grande sacada do filme é revelar aos poucos mesmo que o público fique roendo as unhas de ansiedade aguardando pelo transcorrer da trama.
Os personagens secundários são inseridos de modo discreto apesar de relevante.
Para alguns, determinadas situações ficam meio previsíveis já na metade do filme, mas isso não atrapalha em nada, porque o enredo te prende bem do comecinho até os créditos finais subirem.
Além da ação ainda tem umas pitadas de humor e drama num roteiro bem costurado com um final satisfatório.

Onde Está Segunda? é mais um acerto cinematográfico do streaming Netflix, uma mistura de sci-fi com distopia, muita ação, suspense e atuações convincentes.

Abraços Literários e até a próxima!



sábado, 16 de setembro de 2017

O Guardião Invisível-

                                                                              

Suspense policial que mistura ação e thriller psicológico numa narrativa interessante já que os assassinatos não são exclusivamente o plot abrindo espaço para acontecimentos e conflitos paralelos que em determinado momento se tornam mais interessantes que a premissa.
Com uma narrativa em terceira pessoa, acompanhamos as investigações de uma série de assassinatos cometidos em uma pequena cidade, chamada Elizondo, que têm em comum o fato de terem sido praticados contra garotas e ter em cada cena do crime montado um ritual.
A investigadora Amaia Salazar, uma mulher corajosa, decidida, inteligente e perspicaz, mas que apresenta um lado vulnerável, mostrado em flashes de sua infância, é colocada como chefe das investigações e precisa voltar a sua terra natal, lugar do qual ela se mantém o mais distante possível, fugindo dos fantasmas do seu passado.
Na trama são apresentados pontos de vista de diferentes personagens.
Como ninguém viu nada fora do comum, não ouviu nada diferente e ninguém tem motivos para ser suspeito, as investigações não evoluem e as pessoas começam a crer que o assassino seja um ser mítico chamado Basajaun.
Quem é Basajaun, onde ele está e principalmente porque cometeria esses crimes são as perguntas que permeiam o enredo do livro.

Um basajaun é uma criatura, espécie de homem de uns dois metros e meio de altura, com costas largas, longa cabeleira e bastante pelo por todo o corpo. Vive nos bosques, dos quais faz parte e nos quais atua como entidade protetora. Segundo as lendas, ele cuida para que o equilíbrio do bosque se mantenha intacto. E, embora não se mostre muito, costuma ser amistoso com os humanos.”

O que é real e o que é fantasia?
O livro trata bastante sobre a cultura basca, sua culinária, lendas e costumes mostrando alguns dos elementos da mitologia basco-navarra com a singularidade de trabalhar as crenças do povoado que de certa maneira influenciam até mesmo a protagonista que é racional e científica.
Os bascos, cuja história é coberta de mistérios, são um grupo étnico que habita parte do norte da Espanha e são nativos de Navarra. Quem gosta dessa pegada mítica vai gostar bastante da leitura.
O livro apresenta ainda um pouco da relação de Amaia com as irmãs e a tia, intercalando passagens de sua infância e sua conturbada relação com a mãe, trazendo relatos aterrorizantes.
A narrativa é fluída, instigante e envolvente.
A autora escreve de forma que prende a atenção e apesar de algum excesso de texto descritivo, a investigação segue de forma que tudo fica bem encaixado como em um quebra-cabeças onde cada peça está exatamente onde deveria estar e nenhuma outra se encaixaria tão bem ali.
São descritas também muitas informações técnicas de como são realizadas as investigações criminais.
Só no finalzinho do livro dá para desconfiar quem é o criminoso, ainda assim fiquei em dúvida, o que equivale a dizer que fui sim surpreendida.
Por ser uma trilogia, fica a expectativa para a continuação, mas esse final fecha o ciclo dos assassinatos.

                                                                        


A adaptação literária já entrou no catálogo brasileiro da Netflix.
Os espanhóis mandaram muito bem nas telonas trazendo a trama policial intrigante que vale muito a pena ser conferida.
Como no livro o thriller policial investigativo traz muitos elementos de um bom suspense.
A detetive Amaia Salazar é interpretada pela atriz Marta Etura, de Enquanto Você Dorme.
A direção de Fernando González Molina é boa mantendo o clima e conduzindo o competente elenco de forma exemplar. Também acertou a mão ao explorar só o necessário sem se tornar cansativo o que resultou em um filme bem feito e bem produzido, com excelente fotografia e muito bem inserida no contexto.  
Para quem está familiarizado com o gênero talvez não haja grandes surpresas nem maiores emoções, mas tem seu valor cultural e não deixa de ser uma boa opção de circuito alternativo.


Abraços Literários e até a próxima.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

O Sorriso da Hiena-

                                                                                 


Inicialmente uma publicação indie do autor nacional Gustavo Ávila, o livro agora lançado pela Verus, tem uma narrativa eletrizante começando com uma cena de assassinato complexa e intrigante.

Sinopse- Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitável psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana. Porém, a proposta feita pelo misterioso David coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral.
Até onde ele será capaz de ir? É possível justificar um ato de crueldade quando, por trás dele, há a intenção de fazer o bem?


William, um renomado psicólogo infantil, cuja tese de doutorado (que nunca saiu da teoria) que  o tornou famoso,  estuda  a relevância dos eventos violentos na vida de uma criança.

David, um serial killer, que assistiu o assassinato dos pais quando tinha oito anos, e agora repete com outras famílias o que foi feito com a dele com o objetivo de descobrir se elas se tornarão pessoas de bem ou se cometerão crimes bárbaros como ele.
Ele se tornaria o que é  sem nenhuma relação com o que aconteceu?
Ou o que aconteceu influenciou seu comportamento e personalidade?

Artur, o investigador que foi  designado a desvendar o crime de uma criança obrigada a assistir o assassinato dos pais.
À medida que outros assassinatos iguais acontecem, então precisa correr contra o tempo para desvendar a identidade do assassino. 
Famoso por seus feitos e pelo seu jeito peculiar devido a síndrome de Asperger (estado do espectro autista com maior adaptação funcional, pessoas com esta síndrome são socialmente inábeis e possuem interesses obsessivos em certos assuntos, no caso dele é a obsessão por romances policiais) inteligente demais e sociável de menos, é sem dúvida o melhor personagem do livro.

Bete, policial amiga de Artur, que também está investigando o caso, consegue uma pista: as famílias das vítimas recebiam rosas brancas após os crimes.

William, devido a sua experiência, é indicado para ajudar a polícia na captura do criminoso.
Mas  a polícia não é a única interessada na aptidão do psicólogo.
O responsável pelo crime ocorrido e por outros que se seguirão também entra em contato com ele fazendo uma proposta:  vai repetir com cinco crianças o que aconteceu com ele, e “dará” a William “material” para analisar,  acompanhar o crescimento delas e verá o tipo de impacto isso causará.

“A proposta de David era cruel e ele nunca havia imaginado compactuar com algo assim, mas  não conseguia deixar de pensar que poderia realmente tirar algo de bom disso. Se ele iria continuar matando,  por que não usar o mal para fazer o bem?”

A trama é perturbadora, levanta questões morais, expõe de maneira crua a maldade humana e você se questiona o tempo todo sobre as decisões que os personagens tomam.

“ Eu não quero fazer um curativo no dedo, eu quero…tirar o corte da faca.”

O Sorriso da Hiena é  uma mistura de gênero policial investigativo com thriller psicológico, instigante com muita coisa acontecendo bem rápido.

O livro é bom e eu gostei, a escrita do autor é fluída e quando vc começa ler não consegue parar até terminar, mas tem furos no roteiro que não passa despercebido num thriller investigativo.
Como uma policial vai sozinha até a casa do suspeito?
Porque testemunhas que poderiam descrever  o assassino não são interrogadas?
Parte-se do pressuposto da constante, mas porque  o estudo das variantes não é levada em consideração?
Algumas pistas são bem óbvias, como por exemplo, como o William chega até uma das crianças que teve os pais assassinados antes da polícia saber do crime?

O final do livro pode não agradar a todos, mas não há como negar que se vista por uma perspectiva imparcial o desfecho estava lá desde o início, afinal não conseguir discernir entre o bem e o mal, é no mínimo um sério problema de conduta.

A Globo comprou os direitos de adaptação então vem por aí um filme ou uma série.

Abraços Literários e até a próxima.




sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Depois Daquela Montanha-

                                                                                  


Sinopse: O Dr. Ben Payne acordou na neve. Flocos sobre os cílios. Vento cortante na pele. Dor aguda nas costelas toda vez que respirava fundo. Teve flashes do que havia acontecido. Luzes piscavam no painel do avião. Ele estava conversando com o piloto. O piloto. Ataque cardíaco, sem dúvida.  Mas havia uma mulher também – Ashley, ele se lembra. Encontrou-a. Ombro deslocado. Perna quebrada. Agora eles estão sozinhos, isolados a quase 3.500 metros de altitude, numa extensa área de floresta coberta por quilômetros de neve. Como sair dali e, ainda mais complicado, como tirar Ashley daquele lugar sem agravar seu estado? À medida que os dias passam, porém, vai ficando claro que, se Ben cuida das feridas físicas de Ashley, é ela quem revigora o coração dele. Cada vez mais um se torna o grande apoio e a maior motivação do outro. E, se há dúvidas de que possam sobreviver, uma certeza eles têm: nada jamais será igual em suas vidas.
Publicado em mais de dez países é uma história que vai reafirmar sua crença na vida e no poder da esperança e do amor.


Depois daquela montanha, de Charles Martin,  conta a história de Ben e Ashley, duas pessoas unidas pelo destino e por uma tragédia.
Ben, um renomado cirurgião ortopedista voltando para casa depois de participar de uma convenção, está no saguão do aeroporto quando conhece  a jornalista Ashley.
Como uma mudança no tempo cancela seu voo, ele querendo chegar o mais rápido possível em casa, decide fretar o avião do simpático  piloto Grover e oferece uma carona a apressada Ashley que está prestes a se casar.
Grover, seu cachorro, Ben e Ashley decolam e o que era para ser uma viagem rápida se torna uma tragédia. O piloto tem um mal súbito e falece, pousando antes o avião.
 Ben e Ashley sobrevivem, mas ela tem graves ferimentos e não consegue se locomover.
 Como nenhuma autoridade foi informada sobre o voo, esperar  pelo resgate não é uma opção.
A partir daí, sozinhos, quase sem suprimentos, numa paisagem inóspita em meio a geladas montanhas, eles lutam para sobreviver, estabelecendo vínculo, compartilhando vivências e segredos que nunca mais serão esquecidos, buscando uma estratégia de se salvarem e encontrarem a saída antes que seja tarde demais.

Mais que um livro sobre tragédia que une pessoas, é um convite à reflexão apresentando superação de limites com sensibilidade e inspiração.
Com ritmo às vezes sufocante, mas sempre cativante, a narrativa acompanha o trauma do acidente, as dores físicas e emocionais  e a construção da relação.
Digno de nota esclarecer que não é um romance, mas uma relação de cumplicidade e autoconhecimento, resistência física e mental, onde a luta pela vida e a esperança em se salvarem, vai além da sobrevivência, estabelecendo um processo de aceitação e transformação interior.

Os protagonistas são bem construídos e conseguem criar laços com o leitor, o que é difícil num livro só com diálogos entre dois personagens.
Aos olhos de Ben, acompanhamos o que está acontecendo com eles naquela jornada e, em paralelo, ouvimos as gravações que o médico faz para a sua esposa.
E Napoleão, o cãozinho do piloto, deu um toque especial à trama. E é incrível pensar na falta que ele faria se a autora não o tivesse incluído.

O livro tem uma diagramação simples, sem erros e com uma capa simples e bonita.
O enredo é sensível, inspirador, envolvente e inteligente, onde tudo acontece de maneira gradual e natural.
A narrativa é fluída e você lê de uma sentada.

Gostei bastante apesar de achar os possíveis desfechos previsíveis.
O livro tem um F maiúsculo de fofura e chega às telonas com Idris Elba e Kate Winslet como Ben e Ashley.

                                                                                  



Abraços Literários e até a próxima.