terça-feira, 28 de novembro de 2017

Cine Clube #31: Planeta dos Macacos: A Guerra-

                                                                                       


Sinopse- César e seu grupo são forçados a entrar em uma guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel. Depois que vários macacos perdem suas vidas no conflito, César luta contra seus instintos e parte em busca de vingança. Dessa jornada, o futuro do planeta poderá estar em jogo

A partir do clássico de 1968, estrelado por Charlton Heston e intitulado “O Planeta dos Macacos”, foi criada uma nova série de filmes, que explicam o que ocorreu antes da história contada na produção.
Planeta dos Macacos: A Guerra”, encerra essa trilogia que começou em 2011 quando fomos apresentados à história de Cesar em Planeta dos Macacos: A Origem onde um macaco depois de ser  instrumento de teste para uma vacina contra o Alzheimer, desenvolve uma inteligência singular em um laboratório responsável pela criação de um vírus que extermina a maior parte da humanidade.
Em 2014 a história ganhou seu segundo filme  Planeta dos Macacos: O Confronto, onde vimos Cesar assumir um exército símio para lutar contra os humanos que ainda restaram e que pretendiam exterminar os macacos da Terra.
Agora chega a vez da conclusão da trilogia, o capítulo final:  Planeta dos Macacos: A Guerra.
Em tudo mais grandioso que seus já excelentes antecessores, este terceiro longa completa a história de Cesar de maneira épica e emocionante.
E a humanidade já não parece mais tão amigável.
Desta vez encontramos os macacos estruturados em uma quase-civilização, mas ainda perseguidos pelo homem, em especial pelo exército comandado pelo “Coronel”, interpretado pelo excelente Woody Harrelson, um obcecado militar cujo objetivo na vida é exterminar os macacos do planeta antes que eles exterminem a raça humana.
No filme dos anos 60, um astronauta pensa estar em um planeta habitado por macacos, quando na verdade está na Terra, agora dominada pelos animais.
Em Planeta dos Macacos: A Guerra o protagonista é novamente o macaco Cesar, líder de sua espécie.
Na narrativa, os macacos estão refugiados na selva, enquanto travam uma terrível guerra contra os homens.
Siiiiiiiiiiiim já sabemos como essa guerra vai terminar, mas como nos ensinou o diretor Matt Reeves não é o final que importa. Ao vermos em cena a ascensão de Cesar, testemunhamos um pouco da história do cinema sendo (re)escrita. Se em 1968 encontramos Charlton Heston já em uma Terra tomada pelos símios, agora vemos como o planeta chegou naquele estágio.
Repetindo seu estupendo trabalho, Andy Serkins mais uma vez empresta movimentos e voz a Cesar utilizando a tecnologia “motion capture” que capta as expressões da face do ator dando vida a um personagem digital na tela.
A perfeição é facilmente notada já que há muita emoção em cena, em diversas situações de dor e sofrimento.
As cenas são absolutamente incríveis e é preciso frisar que não existe um único macaco em cena, são todos construídos digitalmente.
Se A Origem falava sobre sobrevivência dos humanos e O Confronto sobre ambos os lados lutando por esta mesma sobrevivência, em Planeta dos Macacos: A Guerra o grande tema é a empatia. Família, refúgio, compaixão, amizade, carinho, amor, raiva, vingança, justiça e lealdade.
Maurice, “Macaco Mau” (que de mau não tem nada, e siiiiiiiiim você vai se apaixonar por ele) e a pequena “Nova” vão conquistar o coração de muitos e provar que família pode ter as mais diversas configurações.

 A Guerra é o final da saga de Cesar, masssssssssss o diretor já disse que não será o último filme. 
Para Reeves ainda há muito a ser contado até chegar no ponto onde o filme de 1968 começa.
E nãoooooooooooooooo, uma certa estátua ainda não cairá, se é isso que você está esperando :p
Mais do que o embate em si, há muita violência e cenas difíceis de assistir, o marcante neste filme são os motivos que levam ambos ao conflito, ou seja, o título deste longa é muito mais relevante do que o confronto de exércitos.Temos tensão do início ao fim, mas somos surpreendidos pela forma como o roteiro é conduzido e percebemos que a guerra é muito mais interna e psicológica do que de fato armada em um campo de batalha.

Épico, impressionante, grandioso e visceral, Planeta dos Macacos: A Guerra fecha com maestria aquela que será uma das trilogias mais marcantes dos anos 2010.
Parabéns para Reeves que manteve a qualidade ascendente em todos os filmes, sem perder a qualidade técnica nem a linearidade e coerência de continuidade; para Serkis, perfeito e para o cinema que nos presenteou com essa obra prima.
O realismo é incrível nesse que é um dos grandes filmes do ano e cujo conjunto da obra (personagens, direção, efeitos, produção e música) deixa a sensação de missão cumprida e o gostinho de quero mais.
Torcemos agora para que a maestria de produção seja percebida e premiada à altura de sua qualidade.
E fica a torcida para que quem sabe não é dessa vez que Andy Serkis leva um Oscar por sua incrível atuação!


Absolutamente recomendadíssimo!
Abraços Literários e até a próxima.



domingo, 26 de novembro de 2017

O canto mais escuro da floresta-

                                                                                  

Sinopse- Hazel e seu irmão, Ben, moram em uma cidade onde humanos e fadas convivem. A magia aparentemente inofensiva desses seres atrai turistas de todas as partes, que querem ver de perto as maravilhas do lugar e, principalmente, o garoto de chifres e orelhas pontudas que descansa em um caixão de vidro. Hazel e Ben eram fascinados pelo garoto quando crianças. Mas, à medida que crescem, as histórias e teorias que inventavam perdem o encanto. Eles sabem que o garoto de chifres nunca acordará... Até que um dia ele acorda.

Agora, os irmãos precisam se tornar os heróis que fingiam ser em suas brincadeiras e desvendar os mistérios que envolvem aquele príncipe com chifres.
Uma história repleta de magia e mistérios, da autora de As Crônicas de Spiderwick

A narrativa se passa na cidadezinha de Fairfold, onde as vidas dos humanos e das fadas se cruzam e tudo se concentra no garoto de chifres que descansa num caixão por décadas, na floresta.
Todo turismo gira em torno da magia e os mistérios que reserva esse cenário.
Conhecemos os irmãos Hazel e Ben, que durante a infância caçavam monstros na Floresta e conheciam todos os perigos a que estavam expostos e a principalmente não fazer acordo com as fadas.
Numa espécie de recontagem do conto João e Maria, eles tem seu jeito peculiar de caçar as criaturas. Ben com seu dom da música e Hazel, uma espécie de amazona muito boa com espadas.
Os mistérios não param e aterrorizam todos seus habitantes, e principalmente nossos protagonistas, quando o príncipe simplesmente desaparece, e tudo que lhe foi confiado podem ser usado contra os irmãos, ou, não.
A vida normal e as preocupações de adolescentes ficam de lado quando um terrível monstro põe em risco o destino de todos.
Quais segredos são possíveis guardar? Alguma lenda antiga pode ajudá-los a resolver os mistérios ocultos? Em quem confiar?
O início, muito lento, não prende a atenção mesmoooooooo, mais de 100 páginas foram viradas compulsivamente num ato desesperado de embarcar na leitura.
Em compensação, depois que a narrativa passa a ser mais fluída, você já foi fisgado e não consegue mais parar de ler.
Na escrita da autora, histórias de world building, onde elementos fantásticos e temas da atualidade se fundem numa história com personagens repletos de significados e muito bem construídos onde dá para visualizar além das características físicas as intrínsecas como sentimentos de amor, amizade, companheirismo e principalmente a responsabilidade por seus atos.
Hazel é uma menina forte e corajosa e Ben é um menino frágil e amoroso. A combinação perfeita!
É um livro que não foge dos clichês, mas ao mesmo tempo complexo, algumas passagens surpreendem, não eram nem de longe o que eu esperava.
O livro fala da importância da relação entre irmãos, dos segredos que às vezes escondemos das pessoas que amamos e das consequências disso.

Como minhas expectativas estavam laáááááááááá nas alturas, confesso que não amei tanto assim.
Mas se vocês que gostam do gênero fantasia stand alone e do contraste entre o mundo fantástico e o real criando paralelos interessantes e situações originais se joguem.



Abraços Literários e até a próxima.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Cartas Amarelas-

                                                                           
                                               
Me apaixonei assim que vi a capa do livro Cartas Amarelas!
O autor é o Gui Poulain, da web série “O Chefe e a Chata”.
Em seu blog ele conta que a ideia surgiu em 2012 quando foi estudar confeitaria em Paris e que como sempre teve o hábito de enviar cartas pelo correio para os amigos, em envelopes amarelos, começou na época a coluna intitulada Cartas Amarelas, no blog Moldando Afeto, para compartilhar o que vivia por lá e a descoberta de novas alquimias, fossem na mistura de ingredientes, fosse na convivência com novas pessoas descobrindo uma nova cultura.
Esse livro reúne 50 “cartas amarelas” que contam essa história e 70 receitas, entre ilustrações e fotografias, tudo recheado de afeto.
Cada detalhezinho da obra foi pensado pra que ele saísse o melhor possível: foi pensado pra quem quer tê-lo à mão na cozinha, por isso, capa dura e costura das foscas páginas para protegê-lo de acidentes e evitar que as páginas se soltem com o uso, mas também pra quem quer deixar ao lado da cama pra ler uma carta antes de dormir. Seu formato, 18,5 x 25 cm é confortável pra quem quiser ler onde for, e ao mesmo tempo grande o suficiente para destacar cada trabalho em ilustração e imagens.
São 232 páginas com receitas divididas em categorias: Receitas pra quem mora sozinho; Receitas de família; Uma pequena volta pela França em 5 receitas; Piquenique; Receitas para se fazer e comer a dois; Para reunir os amigos; Para um aniversário com ternura; Doces docinhos e outros nem tão doces assim; Pra deixar o verão mais fresquinho; A grama mais verde é aquela que você cuida; Delicadeza, receitinhas para distribuir afeto; Pra quem precisa gastar pouco tempo cozinhando e É bom deixar as coisas irem, coisas pesam.

Cartas Amarelas não é apenas um livro de receitas.
Ali tem muito afeto envolvido. Um charmoso, colorido e caprichado compilado de ilustrações, caligrafias, receitas, textos e fotografias.
Os textos, escritos em formato de cartas, relatam momentos vivenciados em Paris, durante o período de um ano em uma vibe ao mesmo tempo nostálgica e cheia de esperança.
A caligrafia remete à poetice e é acolhedora dando a sensação de que fomos transportados para Paris.
Ler as cartas é uma delícia, mesmo quando curtinhas trazem mensagens fofas e é possível imaginar os lugares assim como sentir cada abraço final: doce, cheio de farinha, apertado ou distante...
No final tem o índice que separada as receitas doces das salgadas, todas com informações.
Um amorzinho <3


Abraços literários e até a próxima.




segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Nove regras a ignorar antes de se apaixonar-

                                                                                      


Sinopse: A sonhadora Calpúrnia Hartwell sempre fez tudo que se espera de uma dama. Ainda assim, dez anos depois de ser apresentada à sociedade, ela continua solteira e assistindo sentada as jovens se divertirem nos bailes.
Callie trocaria qualquer coisa por uma vida de prazeres. E por que não se arriscar? Sem nada a perder, a moça resolve listar as nove regras sociais que mais deseja quebrar, como beijar alguém apaixonadamente, fumar charuto, beber uísque, jogar em um clube para cavalheiros e dançar todas as músicas de um baile.
E depois começa a quebrá-las de fato. Mas desafiar as convenções pode ser muito mais interessante em boa companhia, principalmente se for uma que saiba tudo sobre quebrar regras. E quem melhor que Gabriel St. John, o marquês de Ralston, para acompanhá-la? Afinal, além de devastadoramente lindo, ele é um dos mais notórios libertinos de Londres. Contudo, passar tanto tempo na companhia dele pode ser perigoso. Callie, se não tiver cuidado, pode acabar quebrando a regra mais importante de todas – a que diz que aqueles que buscam o prazer não devem se apaixonar

A autora cria personagens adoravelmente irreverentes e nos presenteia com protagonistas de personalidade que não se deixam rotular pela sociedade.
Isso em uma Inglaterra no século XIX onde o “perfeito” era um único padrão de beleza e as mulheres sofriam graves consequências se não fossem recatadas ou não tivessem um comportamento “adequado”.
Aqui a obra gira em torno de Lady Calpúrnia e de sua lista de nove regras a ignorar.
Como filha mais velha de um conde ela foi criada para ser exemplo de boa conduta e para encontrar um bom marido. Porém ser uma mulher educada e respeitável não a ajudaram a alcançar seus objetivos.
Sob o título de a filha feia, inúmeros bailes sem dançar, e pedidos de casamento interessados apenas em seu dote, ela é considerada uma solteirona.
Então Callie resolve fazer tudo o que sempre sonhou e para isso lista nove itens que almeja cumprir corrompendo assim sua honra imaculada.
E nessa aventura, nada convencional, que a coloca em várias enrascadas, vai contar com a ajuda do maior libertino de Londres: Gabriel, o marquês de Ralston que depois de um acordo improvisado a ajudará acabar com sua reputação de boa moça enquanto ela o ajudará a inserir sua meia-irmã na sociedade.
O único problema é que durante esse acordo eles vão perder algo que não esperavam: seus corações.
Temos aqui uma protagonista que de tanto ouvir que era feia passou a acreditar nisso e que com sua permissão muitas vezes se viu diminuída perante outras pessoas.
Porém quando lista as nove coisas que sonha fazer, algo dentro dela muda, em sua luta silenciosa e interior decide buscar um outro destino e encontrar a tal da felicidade.
Uma história de força, determinação, beleza que foge dos padrões pré estabelecidos e crescimento pessoal.
Uma jovem que desenvolve a autoestima e luta pelo direito de ser feliz.
Um ponto positivo é a construção do romance, nada de romance instantâneio aqui, a evolução é trabalhada a cada item cumprido de sua lista sendo assim ela se torna mais e mais interessante aos próprios olhos e aos de Gabriel.
A leitura é leve e divertida.
O final é previsível o que não tira os méritos da obra.

Recomendado se você gosta de romances de época com uma narrativa divertida e descompromissada ou não quer se envolver numa leitura complexa que desafia seus neurônios a cada página virada.

Abraços Literários e até a próxima.



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Novembro Azul Literário-

                                                                                 

Novembro Azul, que tem como símbolo o laço azul, é uma campanha de conscientização dirigida aos homens que tem como objetivo alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce com relação ao  câncer de próstata e outras doenças masculinas.
O bloguito traz hoje uma seleção de cinco livros com capas azuis para compartilhar com vocês e se quiserem dar uma olhadinha nos escolhidos do ano passado é só clicar aqui.

                                                                                 

Predestinados

Helen Hamilton passou a vida inteira tentando disfarçar o fato de que é uma garota diferente, mas agora, aos dezesseis anos, isso está cada vez mais difícil. Não apenas por causa de sua força sobre-humana ou porque às vezes, sem motivo aparente, pessoas estranhas simplesmente a atacam, mas também porque ela teme que seu juízo esteja seriamente comprometido. Pesadelos recorrentes com uma estranha viagem pelo deserto e a visão de três mulheres derramando lágrimas de sangue a tem atormentado noite e dia. Ao mesmo tempo, um impulso inexplicável, incontrolável, passa a dominar seus pensamentos: Helen quer matar Lucas, um dos rapazes da misteriosa família Delos. À medida que descobre mais sobre sua verdadeira origem, ela percebe que a relação dos dois está submetida não só à sua vontade, mas a forças e tradições ancestrais.

                                                                                 

Starling

Mason Starling é campeã de esgrima da equipe da Academia Gosforth, mas nunca teve de lutar por sua vida. Não até a noite em que uma violenta tempestade sobrenatural assola Manhattan, aprisionando Mason e seus colegas de equipe dentro da escola. Mason é atacada por criaturas horrendas, com forma vagamente humana, mais aterrorizantes que os trovões e raios, enquanto a tormenta traz para a vida dela um perigoso desconhecido: um jovem que não se recorda de nada além de seu nome - Fennrys, o Lobo. A chegada desse garoto misterioso faz em pedaços o mundo de Mason, ao mesmo tempo que uma atração inegável surge entre eles. Juntos, eles tentam desvendar os segredos da identidade de Fenn, enquanto forças estranhas e sobrenaturais se adensam à volta deles.
Eu não sabia antes de ler o livro que tem uma pegada de mitologia nórdica, então foi uma boa surpresa.

                                                                                

Louca obsessão

Paul Sheldon descobriu três coisas quase simultaneamente, uns dez dias após emergir da nuvem escura. A primeira foi que Annie Wilkes tinha bastante analgésico. A segunda, que ela era viciada em analgésicos. A terceira foi que Annie Wilkes era perigosamente louca.Paul Sheldon é um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados por Misery Chastain. No dia em que termina de escrever um novo manuscrito, decide sair para comemorar, apesar da forte nevasca. Após derrapar e sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira aposentada Annie Wilkes, que surge em seu caminho. A simpática senhora é também uma leitora voraz que se autointitula a fã número um do autor. No entanto, o desfecho do último livro com a personagem Misery desperta na enfermeira seu lado mais sádico e psicótico. Profundamente abalada, Annie o isola em um quarto e inicia uma série de torturas e ameaças, que só chegará ao fim quando ele reescrever a narrativa com o final que ela considera apropriado. Ferido e debilitado, em “Misery - Louca Obsessão”, Paul Sheldon terá que usar toda a criatividade para salvar a própria vida e, talvez, escapar deste pesadelo.


                                                                                 

O caminho para casa

Durante 18 anos, Jude pôs as necessidades dos filhos em primeiro lugar, e o resultado disso é que seus gêmeos, Mia e Zach, são adolescentes felizes. Quando Lexi começa a estudar no mesmo colégio que eles, ninguém em Pine Island é mais receptivo que Jude.
Lexi, uma menina com um passado de sofrimento, criada em lares adotivos temporários, rapidamente se torna a melhor amiga de Mia. E, quando Zach se apaixona por ela, os três se tornam companheiros inseparáveis.
Jude sempre fez o possível para que os filhos não se metessem em encrenca, mas o último ano do ensino médio, com suas festas e descobertas, é uma verdadeira provação. Toda vez que Mia e Zach saem de casa, ela não consegue deixar de se preocupar.
Em uma noite de verão, seus piores pesadelos se concretizam. Uma decisão muda seus destinos, e cada um deles terá que enfrentar as consequências – e encontrar um jeito de esquecer ou a coragem para perdoar.
O caminho para casa aborda questões profundas sobre maternidade, identidade, amor e perdão. Comovente, transmite com perfeição e delicadeza tanto a dor da perda quanto o poder da esperança.



O fabuloso livro azul

Originalmente publicado em 1889, O Fabuloso Livro Azul (Blue Fairy Book) é o primeiro dos doze volumes de contos de fadas compilados pelo renomado folclorista, tradutor e literato escocês Andrew Lang (1844-1912). Este primeiro volume traz 37 contos de fadas, todos adaptados e narrados na bela prosa de Lang. Entre eles, temos histórias consagradas, como alguns dos contos dos Irmãos Grimm, de Madame d’Aulnoy, de Perrault, ou histórias de As Mil e Uma Noites e de As Viagens de Gulliver, além de contos menos conhecidos da tradição norueguesa e escocesa.


E aí bebês? Qual desses livros vocês gostariam de ler?
E qual livro com capa azul vocês recomendam a leitura???


Abraços Literários e até a próxima



terça-feira, 14 de novembro de 2017

Provence-

                                                                                     

Sinopse: “Eis uma forma de colocar a coisa: a perda é uma história de amor contada de trás para frente... Toda boa história de amor guarda outra história de amor escondida dentro dela.”
A vida de Heidi com o filho Abbot tornou-se um jogo para manter viva a memória de Henry, bom pai e marido exemplar. Manter uma vida normal em um mundo em que Henry não existe mais está cada dia mais complicado. Heidi precisa lidar com o filho que se tornou um verdadeiro maníaco por limpeza e com a sobrinha Charlotte, uma adolescente problemática.
Uma casa em Provence, na França, que pertence à família de Heidi há gerações, é rica em histórias de amor e surpreendentes coincidências. Heidi e sua irmã mais velha, Elysius, passavam os verões lá quando crianças, com sua mãe. A casa, as lembranças e os segredos de Provence haviam ficado no passado, mas agora, com o incêndio na propriedade, a casa precisa ser salva por Heidi. Ou será que é Heidi que precisa ser salva pela casa?
Uma história de recomeço, amor e esperança em face à perda, onde uma pequena casa na zona rural do sul da França parece ser a responsável por curar corações partidos há anos. 

                                                        
                                                                     
Um livro delicioso de ler, uma verdadeira experiência em sabores e emoções que preenche a imaginação com maravilindos cenários, desperta o paladar para a culinária francesa, já que a protagonista é confeiteira, e aquece o coração com histórias em torno da casa em Provence.
No início pensei que por se tratar de perda e reconstruir a vida, a narrativa seria triste, mas não é!
A história de amor entre
a protagonista e o marido é contada em tom de saudade, sem fingir que não dói, nem esconder o desespero já que a perda é intensa e visceral, mas intercalada com histórias paralelas.
No decorrer da leitura acompanhamos a jornada de Heidi, uma personagem tão real e humana, em sua luta para reconstruir a vida ao lado de Abbot, seu filho de 8 anos, uma graça de criança, extremamente sensível, se reinventando, atravessamos com ela os momentos delicados e difíceis e ficamos felizes pela forma que ela se encanta novamente aos poucos com o sabor da vida. 
E Charlotte, por incrível que pareça, é uma adolescente que muitos podem achar problemática, mas, na verdade, é um dos personagens mais firmes e sensatos de todo o livro.
Bridget Asher, pseudônimo da autora Julianna Baggot, construiu um cenário encantador para a casa “que cura” corações partidos.
A cidade de Provence, no sul da França, a montanha Saint-Victoire,
a capela no alto da montanha, a simpática vila perto da casa... Tudo é encantadoramente charmoso e acolhedor.
A autora também descreve a culinária tão bem que é como se estivéssemos lá. E tudo isso em poucas linhas, sem se tornar excessivamente descritiva ou cansativa. No final coloca as receitas do livro proporcionando uma experiência sensorial.

Uma história linda, sensível e delicada em uma narrativa singela e envolvente, que faz rir, chorar, sonhar e suspirar, escrita com sutileza incrível, clara e linear, com medidas exatas de amor, drama e renascimento.
Tudo isso num cenário mágico! O ambiente criado pela autora é quase um personagem na história, sendo uma peça fundamental na obra, entre revelações de segredos familiares, amadurecimento e novas perspectivas de vida.

Recomendado para quem gosta de romances sensíveis e acredita que de certa maneira o fim pode ser um recomeço.

Abraços Literários e até a próxima.


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

November 9-

                                                                                 

Sinopse: Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor, bem no dia da sua mudança para Nova York. A química instantânea entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos – a vida atribulada de Fallon se torna uma grande inspiração para o romance que Ben pretende escrever. A mudança de Fallon é inevitável, mas eles prometem se encontrar todo ano, sempre no mesmo dia. Até que ela começa a suspeitar que o conto de fadas do qual faz parte pode ser uma fabricação de Ben em nome do enredo perfeito. Será que o relacionamento entre eles, e o livro que nasce dele, pode ser considerado uma história de amor mesmo se terminar em corações partidos?
                                                                               


Esse é o primeiro livro que leio da autora o que deve fazer de mim uma das últimas pessoas a ler um romance de CoHo.
Fallon teve sua vida tragicamente modificada em um 9 de novembro, quando aos 16 anos foi vítima de um incêndio que lhe deixou cicatrizes responsáveis pelo término de sua promissora carreira como atriz.
Dois anos depois, no dia em que ela se muda para Nova York conhece Ben e a atração entre eles é imediata, quase como macarrão instantâneo.
Eles passam o dia juntos e decidem que se reencontrarão durante os próximos cinco anos num dia 9 de novembro fazendo com que a data ganhe um ressignificado para Fallon.
Benton James Kessler é um cara que sonha em ser escritor e aproveita a oportunidade da ideia de se encontrarem na mesma data todo ano para escrever um livro chamado de "Nove de Novembro".
Devido a escrita da autora, a leitura ganha um mergulho na ficção, que, em alguns momentos, se tornam quase que palpáveis.
A narrativa em primeira pessoa é dividida entre os protagonistas que se alternam a cada capítulo.
Acompanhamos as transformações e conflitos nos aproximando da história por eles compartilhada, porque também nos encontramos com eles só nesse dia.
Os personagens e o impacto que exercem um no outro envolve um contexto dramático quase no final com uma reviravolta que explica as pistas dadas ao longo da história e intensifica as características emocionais da obra.
O plot lembra lembra muito o livro Um Dia de David Nicholls (resenha aqui), não só na questão de se encontrarem uma vez por ano, no mesmo dia, como na vontade de dar uns petelecos na Fallon como tive vontade de dar na Em em muitas situações rsrs, e a própria autora faz essa comparação no livro de maneira sutil e brincalhona.
A obra é quase metalinguística, já que se fala muito sobre livros inclusive dando ao leitor a oportunidade de ler quatro capítulos do livro do Ben. 

Iniciei a leitura sem nenhuma expectativa e mesmo que cronologicamente tudo aconteça em um curto espaço de tempo, a leitura é envolvente e o livro não decepciona.
Recomendado para quem gosta de elementos como romance, reviravoltas dramáticas e intensidade.

Abraços Literários e até a próxima.



quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Só os Animais Salvam-

                                                                                   


Sinopse: Nós, humanos, nos achamos o máximo. Mas o que temos feito com o nosso mundo?
"Só os Animais Salvam" é um livro que tenta responder a essa pergunta de maneira inusitada.
Cada um de seus contos é uma fábula moderna, narrada por um bicho diferente, vítima de uma de nossas incontáveis guerras. Em meio ao caos, os animais conseguem encontrar esperança e inspiração numa das atividades mais significativas que nossa espécie já criou: a literatura.
A autora Ceridwen Dovey, antropóloga Sul Africana, reúne fragmentos e personagens da obra de escritores imortais e nos faz sonhar o sonho dos inocentes.

                                                                                      


Só os Animais Salvam reúne dez fábulas narradas por animais distintos em diferentes momentos históricos contemporâneos.
Os contos se passam em diversos conflitos, como a Primeira e Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria, a Guerra do Iraque, a Guerra Civil de Moçambique ou a Guerra da Bósnia.
Os contos respeitam uma ordem cronológica tornando a leitura mais fácil
Em cada início de capítulo temos a espécie do animal, a data e o local onde foi morto e sua alma contando como isso aconteceu
Camelo, Gata, Chimpanzé, Cachorro, Mexilhão, Tartaruga, Elefante, Urso, Golfinho e Papagaio.
São animais que testemunham as decisões e as ações humanas de perto.
Interessante observar a guerra pelo ponto de vista desses animaizinhos pelos quais nos apegamos independente de sua espécie.
O livro nos proporciona uma reflexão angustiante sobre como a barbárie humana afeta direta e indiretamente espécies inocentes.
Com o objetivo de homenagear grandes nomes que escreveram sobre animais, a autora por vezes transcreve e parafraseia escritos famosos da literatura.
Thomas Man, Leon Tolstoi,, Virgínia Wolf, José Saramago, Franz Kafka e George Orwell quando ele escrevia o clássico “A Revolução dos Bichos”.
Um pensamento cruzou minha mente: por que os humanos escolhiam enxergar tantos animais nos arranjos das estrelas? Quem juntou os primeiros pontos? (Conto Alma de Tartaruga)”.
É difícil dizer quais contos gostei mais, são todos comoventes, mas alguns como Alma de Cachorro”, “Alma de Gata”, “Alma de Papagaio”  e “Alma de Tartaruga” me marcaram.
Todos os contos apresentam suas peculiaridades mostando que há mais do que as palavras deixam transparecer o que os torna especiais a sua maneira tendo em consenso a delicadeza com que descreve a pureza e a nobreza de sentimentos dos animais e o sabor amargo que fica ao final de cada conto quando percebemos que o “animal racional” é de longe o mais cruel deles.
Então nos pegamos questionando sobre a “racionalidade” humana.
Por que nos julgamos tão superiores aos animais?
Lendo o relato de qualquer guerra fica transparente que a ganância corrompe aos poucos a alma e que situações extremas, como a fome e o medo, despertam o pior dentro de nós.
A mensagem que fica é que precisamos parar de olhar para nós mesmos como o centro do universo, devemos exercitar a consciência e o respeito aos animais e reconhecer o amor incondicional, a fidelidade e fragilidade dos mesmos.

                                                                                      


O livro não é fofinho como podem deduzir, pessoalmente não recomendo para quem assim como eu é sensível no trato com os animais, chora até desidratar só de pensar no que eles passaram, para quem não gosta de acontecimentos históricos detalhados e naturalmente para quem não gosta de detalhes muito técnicos biologicamente falando sobre animalitos.
Mas sem dúvidas é um livro interessante, inusitado, singular e corajoso.

Abraços Literários e até a próxima.