Os lírios
(paixão
do protagonista que os cultiva e que com eles ganhou muitos prêmios)
são, junto com Earl Stone (A Mula a
que se refere o título do filme), os personagens principais desse que
é o novo e filme de despedida de Clint Eastwood.
O filme,
mistura de drama e road movie existencial
dirigido e estrelado por Eastwood,
que tem no elenco
Bradley Cooper, Laurence Fishburne, Michae Peña, Dianne Wiest e Andy
Garcia, é
adaptação de um caso real, que gerou o artigo do New York Times,
“The Sinaloa Cartel's 90-Year-Old Drug Mule”, por Sam Dolnick.
Na
narrativa somos apresentados
a um
Earl individualista, que ignora a família e
os avisos repetidos dos conselheiros financeiros para guardar
dinheiro.
“A
Mula” é aquele personagem que leva a vida inteira para entender
que o que importa na vida é a família e os amigos.
Sozinho
e falido recebe uma proposta de trabalho no qual tudo o que ele tem
que fazer é dirigir.
Sem se dar conta, ou
melhor, fingindo que não se dá conta (ele tem sempre um ar de quem
não entende o que está acontecendo, o que é antes funcional já
que insere à imagem inocência), torna-se um transportador de
drogas, uma mula, a serviço de uma quadrilha hispânica.
Aproveitando a
“oportunidade” oferecida, (até porque o velhinho é capaz de
passar despercebido pelas autoridades que combatem o narcotráfico, e
suas excentricidades como a dificuldade em lidar com celulares, por
exemplo, o tornam fofinho aos olhos dos mais jovens, e ele sabe como
tirar proveiro da situação), Earl acaba fazendo um trabalho
tão bom que sua carga cresce e um receptador é designado para
trabalhar com ele.
Contudo, o
receptador não é o único de olho em Earl, que também entra no
radar do agente Colin Bates, do órgão de combate às drogas (DEA).
Porém, embora seus problemas financeiros tenham se tornado coisa do
passado, os erros cometidos por Earl começam a pesar sobre
ele e não se sabe se ele conseguirá corrigi-los antes que as
autoridades ou os membros do cartel consigam pegá-lo.
Além disso, o filme
fala sobre o preconceito que vem com a idade, a discriminação com
os latinos e até um encontro pontual com mulheres motoqueiras.
O veterano Clint
Eastwood tem 60 anos de atuação, mais de 70
créditos como ator e 40 anos numa
carreira de responsabilidade como diretor, e agora, com
quase 89 anos de idade estrela, dirige e produz a sua
última película, para um merecido descanso, longe das telonas, entretanto há que se levar em consideração que desde
2008, o ator vem declarando sua aposentadoria e continua
lançando filmes :p
Não esperem um
“Menina de Ouro” ou um “Gran Torino”, mas como de costume
Eastwood está acima da média.
Qual seu filme
favorito de Eastwood?
Conta pra mim nos
comentários!
Abraços Literários
e até a próxima.