No dia 20 de
julho foram celebrados os 50 anos da chegada do homem à Lua e perpetuada a frase do astronauta Neil Armstrong:
“Um pequeno
passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade.”
O longa, baseado
na biografia A Vida de Neil Armstrong, do autor James R. Hansen, que
conta a história por trás de um dos eventos mais importantes e
conhecidos do século XX, o primeiro passo do homem na Lua, começa
mostrando Neil Armstrong como piloto de testes da Aeronáutica
Americana e a tragédia pessoal com a morte da filhinha de 2 anos na
época em que a NASA estava recrutando pilotos para a tão sonhada
ida à Lua em plena Guerra Fria.
Então somos
inseridos de maneira realística na película e passamos a acompanhar
dois cenários distintos e intimamente interligados da vida de
Armstrong: enquanto o lado pessoal entra em declínio, com a tragédia
que se abateu sobre a família, as dificuldades de comunicação e
nenhuma superação, acompanhamos também a ascensão profissional,
na qual ele se dedicava completamente à carreira, mostrando todo o
percurso para levar o astronauta ao momento épico contado pelo
diretor Damien Chazelle.
Damien, ganhador do
Oscar de melhor diretor por La La Land onde trabalhou com o
protagonista Ryan Gosling, conhecido pelo uso de recursos visuais
interessantes e que caprichou na utilização das cores fazendo todo
o processo de recrutamento de pilotos e testes mostrada em luz azul e
fria relacionando-a ao racional, e as cenas mostradas em luzes
alaranjadas e quentes focando no emocional e transmitindo os
sentimentos.
Durante nove anos
acompanhamos Armstrong interpretado pelo lindooooooo Gosling que foi
criticado pela pouca expressividade e rigidez emprestadas ao
astronauta.
Aqui cabe uma
observação, Armstrong tinha fama de ser retraído, contido e
muitíssimo discreto, então é claro, óbvio e lógico que Ryan
coube perfeitamente no papel, massssssss para mim, se ele entrasse
mudo e saísse calado do filme já teria super valido a pena <3!
A parte técnica
obviamente não decepciona: fotografia, trilha e efeitos sonoros são
altamente eficazes num contexto histórico muito bem executado e elenco inspirado.
Destaque para o
alinhamento feito com maestria na cena contemplativa e intimista do
lindíssimo resgate do drama de Armstrong homenageando a filha que
havia morrido.
Eu amei muito o
filme e super recomendo.
Beijos literários e
até a próxima.