terça-feira, 3 de março de 2015

Caneca Literária #20: Uma Prova de Amor

                                                                                 


A Caneca Literária de hoje é um livro adorável, com tema moderninho, que transforma o cotidiano em algo inovador.

                                                                      


Uma prova de amor- Emily Giffin

Primeiro vem o amor, depois vem o casamento e depois… os filhos. Não é assim? Não para Claudia Parr. A bem-sucedida editora de Nova York não pretende ser mãe, e até desistiu de encontrar alguém que aceite esta sua escolha, mas, então, ela conhece Ben. O amor dos dois parece ideal. Ben é o marido perfeito: amoroso, companheiro e — assim como Claudia — também não quer crianças. No entanto, o inesperado acontece: um dos dois muda de ideia a respeito dos filhos. E, agora, o que será do casamento dos sonhos? Uma Prova de Amor é um livro divertido e honesto sobre o que acontece ao casal perfeito quando, de repente, os compromissos assumidos já não servem mais. Contudo, é também uma história sobre como as coisas mudam, sobre o que é mais importante, sobre decisões e, especialmente, sobre até onde se pode ir por amor.

Uma Prova de Amor é um livro encantador. Com uma linguagem simples, fluída e descomplicada, Emily Giffin transforma o cotidiano em algo novo. A autora inova em sua narrativa, transformando o que poderia ser apenas a relação de uma mulher que não quer ter filhos, em algo diferente e ousado.
O mote é atual e o assunto pertinente, narrado de uma maneira leve e em algumas partes muito divertido. Naturalmente há as partes emocionantes... fiquei tão angustiada em um momento que confesso que fui dar uma espiada no final do livro!

Claudia Parr é uma editora de sucesso de Nova York, sempre rodeada de manuscritos  em busca de um Best Sellers para lançar no mercado literário, e tem o homem perfeito ao seu lado. Uma vida perfeita que muitos poderiam dizer ser a felicidade.
Cláudia não quer ter filhos. Seu marido Ben – o cara perfeito – também não quer ter filhos.
Com o tempo, Ben muda de ideia e diz para Cláudia que quer ter um filho. É aí que o bicho pega.

“A princípio, foi uma mudança sutil, como costumam ser as mudanças nos relacionamentos; fica difícil saber quando de fato começou.”

De um lado, Cláudia não quer ter bebês. Do outro, Ben, o homem perfeito, começa a ter crises querendo que ela mude de ideia.
É um daqueles livros que faz a gente pensar em nossas escolhas e decisões. Pensar com calma. Afinal, por conta de uma decisão, podemos perder o amor de nossas vidas. E eu  acredito na essência do amor, aquele que pode mudar algo dentro de nós.
A autora construiu seus protagonistas e personagens secundários com grande sensibilidade, de dentro para fora, tão reais e próximos que torna impossível não se envolver com eles.
Mais do que curiosa pelos acontecimentos, me vi encantada pelas reflexões, pelas situações que me fizeram pensar em minha própria vida. Apesar das diferentes mulheres que compõe a narrativa, mesmo não sendo semelhante a nenhuma, cada uma com sua particularidade – ou várias – me causou identificação e  proximidade.
Gostei muito da protagonista. Eu entendi o porquê da Claudia fazer isso ou aquilo, nem sempre concordava, mas entendia os motivos dela. É bem verdade que em  determinados momentos queria dizer pra ela não fazer o que iria fazer, que seria uma bobagem, é.. eu interajo com os personagens.
Enquanto a protagonista analisa sua vida, conhecemos um pouco mais sobre ela, e descobrimos o verdadeiro motivo pelo qual não quer ter filhos. O verdadeiro motivo. Descobrimos antes mesmo de ela reconhecer.
Nesse meio tempo conhecemos a sua complicada família, seus pais divorciados, o novo marido de sua mãe, suas irmãs mais velhas, Maura, casada com o infiel Scott, com quem tem 3 filhos, e Daphne, casada com Tony, que tenta engravidar desesperadamente e não consegue. Para completar temos Jess, a melhor amiga de Claudia, que sempre se envolve com os tipos errados, e Michael, o melhor amigo que ela tem no trabalho.
Dentre os personagens secundários a minha favorita é a Zoe, a sobrinha de 6 anos da Claudia, filha da sua irmã Maura que, é absolutamente encantadora e adorável.
Me deliciei com a escrita fluida e me envolvi com o enredo, sem querer me afastar dele até ter terminado a leitura. Confesso que o final não me surpreendeu, mas me agradou muito a maneira como ele foi construído.

Seu estilo reflexivo, porém de fácil leitura, abordando temáticas universais e permitindo uma fácil identificação com as personagens apresenta todos esses pontos na medida certa para agradar o leitor. Se você gosta de leituras que permitem certa introspecção e, ao mesmo tempo, são bastante agradáveis para se passar o tempo, essa é a pedida certa.


Super recomendado.

Abraços Literários e até a próxima.

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