quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Dia do Leitor- 07 de Janeiro

                                                                               


Hoje, 07 de janeiro,  comemoramos o dia do leitor, uma data perfeita para aqueles que gostam de ler e tem, no livro, um grande amigo.
Ler não é uma atividade passiva. Através da leitura, o leitor identifica e cria lugares, personagens e histórias,  se projetando e inserindo-se no que está lendo.
As palavras do autor não são definitivas. Elas são flexíveis e permitem que cada pessoa interprete o texto de acordo com as suas próprias histórias, convicções e experiências. O livro não é um objeto acabado, ele depende do leitor para significar.
Dessa forma, um dos inúmeros benefícios proporcionados pelo hábito da leitura é o prazer do leitor em se envolver com o texto, criar situações, imaginar lugares e personagens.
O leitor é, portanto, sujeito ativo e indispensável para dar vida ao amontoado de palavras do qual o livro se constitui.
Ler é viajar. Foi (é e será) através da leitura que o homem passou a conhecer lugares onde nunca esteve, se remeter ao passado e  projetar o futuro. É importante lembrar que não se nasce leitor, o aprendizado da leitura é um processo infinito de capacitação que é fomentado pelo contato com livros.
Pouco a pouco, a prática da leitura nos faz buscar cada vez livros mais complexos, literários ou não, o que indica nosso crescimento na capacidade de interpretação e de abstração.

 O dia do leitor é uma comemoração brasileira, surgida a partir do aniversário do jornal cearense “O Povo”, que foi fundado em 7 de janeiro de 1928 pelo poeta e jornalista brasileiro Demócrito Rocha,  dentista, funcionário dos Correios e telégrafos, intelectual, deputado federal,  jornalista combativo e também criador do Maracajá, a “revista literária do movimento modernista no Ceará”.
Quando Demócrito Rocha fundou o jornal diário O Povo, que se transformaria numa espécie de cartão de visita do Ceará, o Maracajá passou a circular como um dos seus suplementos. Por um lado, O Povo combatia os “desregramentos políticos da época”, e por outro, o Maracajá abrigava a produção dos poetas e intelectuais da terra, onde o próprio Demócrito Rocha publicou a maioria de seus poemas, curiosamente sempre assinados com o pseudônimo de Antônio Garrido.
Poesia de forte cunho regionalista, para quem praticou tal arte pelo final da década de 20, a ousadia do poeta se revela nos seus versos livres, com uma dicção discursiva e vocabulário numa mistura de requinte e simplicidade.
É lamentável  que a obra poética de Demócrito Rocha que pertenceu à Academia Cearense de Letras  não tenha sido recolhida em livro, em edição sistemática e estudo analítico. 
Pelo menos um de seus poemas, O Rio Jaguaribe, ganhou foros de imortalidade, aparecendo em várias antologias.


Parabéns a todos nós leitores!


Abraços literários e até a próxima.


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