sábado, 30 de abril de 2016

Cine Clube #20: Ponte dos Espiões

                                                                               



Carregando nomes fortes, e indicado ao Oscar 2016, nas categorias melhor filme e melhor ator coadjuvante, Ponte dos Espiões fala por si.
Com Steven Spielberg na direção, Tom Hanks na atuação principal e os irmãos Coen no roteiro fica impossível não desejar conferir o quanto antes esse filme, e essa decisão é mais do que acertada.
Baseado em eventos reais, a história faz VC mergulhar de cabeça no clima de guerra fria onde toda e qualquer informação, e decisão,  pode mudar tudo.

O filme narra o drama do advogado especializado em seguros, James Donovan (Tom Hanks), também autor do livro que deu origem ao filme. Ele  é convocado para defender o espião soviético Rudolf Abel (Mark Rylance), acusado de passar segredos dos militares norte-americanos aos comunistas soviéticos.

                                                                         


Por sua atuação, Rylance venceu o Oscar de melhor ator coadjuvante deste ano.

Mesmo sem experiência na área criminal, Donovan consegue dobrar um juiz intransigente e livra Abel da execução sumária, para a fúria dos americanos. O advogado passa, então, a ser hostilizado pela população em geral e perseguido até mesmo por seus vizinhos.
Seu desafio se torna ainda maior quando sua relação com seu cliente, se estreita.
Ao mesmo tempo em que desperta a raiva da nação, Donovan passa a ocupar um papel importante nas negociações entre Estados Unidos e a União Soviética. Habilidoso ele é enviado pela CIA rumo a Berlim, na Alemanha, a fim de negociar a troca de Abel por um soldado americano capturado pelos inimigos.
Donovan é (literalmente) uma ponte que liga dois pontos extremamente distintos.
Ser golpeado várias vezes, mas sempre se levantar faz com que ele desenvolva a resiliência necessária para tornar-se um “homem persistente”.

Peças fundamentais da história são pinceladas no desenrolar da trama: o muro de Berlin na Alemanha, o clima de tensão entre Estados Unidos e a União Soviética, o incidente do avião norte americano U-2 e como ele foi construído são alguns dos pedaços dessa colcha de retalhos que nosso protagonista vai costurando durante o desenrolar da trama.
Com perfeita ambientação, fica difícil acreditar que a obra foi filmada nos dias atuais. A fotografia principal do filme começou em setembro de 2014 em locações de Nova York, Alemanha e Polônia, incluindo locais onde os fatos realmente aconteceram. A produção europeia iniciou-se em Berlim, onde foi realizada a troca dos prisioneiros Abel e Powers, literalmente a “Ponte dos Espiões”. Para filmar as sequências que mostrariam o “Muro de Berlim”, a produção viajou para Wrolcaw, Polônia, local que se assemelha com mais precisão com a Berlim Oriental de 1961 que a própria Berlim atual.
Ponte dos Espiões é destaque em um ano recheado de espionagem. Com momentos cômicos que quebram o gelo, o filme narra de forma linear esse desafio que caiu como uma bomba no colo de Donovan.
Impossível não se envolver com Abel e torcer muito para vê-lo fora do território americano.
Até a mão pesada do patriotismo americano de sempre, ficou mais leve nessa narrativa.
           

Recomendadíssimo.


Abraços Literários e até a próxima.

2 comentários:

  1. Não vi esse filme, vou aproveitar sua indicação e vou ver com certeza, pois gosto muito dos filmes com esse ator!

    Bjos
    Minda ❤ 😍

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  2. ah, achei, obrigada por avisar. gosto de ler o q os meus amigos acharam. realmente é um filme muito bem feito sobre a guerra fria. o que é raro em geral. verdade, a designação um homem persistente cai muito bem. ele é hostilizado nos estados unidos, na alemanha oriental e entre os russos, mas não desiste, nem perde o foco. eu achei corajoso o filme mostrar as escolas sendo doutrinadas contra a urss, com imagens dos efeitos das bombas atômicas enviadas pelos estados unidos. é uma hipocrisia assustadora. corajoso o filme colocar essa mentira. é incrível. adorei a sua resenha. beijos, pedrita

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