sexta-feira, 28 de julho de 2017

Caneca Literária #43: Homem-Aranha: De Volta ao Lar-

                                                                                
 Três anos após último filme do herói, novo “Homem-Aranha” chega aos cinemas com outro protagonista.
Não faz tanto tempo assim que Andrew Garfield abriu suas teias sobre os cinemas. Estiloso e descolado vivia com a tia (Sally Field) e o tio (Martin Sheen) e era apaixonado por sua colega de escola (e de quadrinhos) Gwen Stacy (Emma Stone) e tinha como inimigos o Lagarto (Rhys Ifans) e Electro (Jamie Foxx).
Antes dele teve a trilogia (2002, 2004 e 2007) em que Tobey Maguire viveu o protagonista. Apaixonado por Mary Jane (Kirsten Dunst) com quem protagonizou a icônica cena do beijo e tendo como melhor amigo Harry Osbom (James Franco) que acaba se tornando seu rival. Ao longo dos filmes ele enfrentou diversos vilões: Duende Verde (Willem Dafoe), Dr Octopus (Alfred Molina) e Flint Marko (Thomas Haden Chirch)
 Mas em tempos em que super-heróis garantem superbilheterias (o primeiro filme de Maguire arrecadou US$ 800 milhões no mundo e a estreia de Garfield outros US$ 700 milhões) os estúdios não esperam muito para criar novas aventuras.

                                                                                


Assim conhecemos o inglês Tom Holland protagonizando  Peter Parker!
Já confirmado para participar de “Os Vingadores 4” e ainda pouco conhecido do grande público, o ator britânico fez sucesso ao estrelar o musical “BilyElliot” em Londres. 
Estreou no cinema em “O Impossível” (2012) longa que conta a história de uma família dividida pela passagem de um tsunami na Tailândia. O longa mais recente estrelado pelo ator é “Z _ A Cidade Perdida” (2017).
Como Homem-Aranha, ele roubou a cena (e nossos corações) em “Capitão América – Guerra Civil” (2016) e agora, ganha um filme solo, dirigido por Jon Watts.
Na história, Peter tem 15 anos, é imaturo e está deslumbrado com seus superpoderes. 
Apadrinhado por Tony Stark (Robert Downey Jr.), o Homem de Ferro, ele precisa passar por um estágio para se tornar um herói de verdade e, assim, fazer parte de Os Vingadores, um clã de super-heróis.
Peter tenta, então, mostrar que é capaz de enfrentar grandes desafios, no entanto, após receber seu uniforme das mãos de Stark, é deixado de lado. Com isso, em vez de enfrentar vilões, Parker precisa encarar a pacata rotina na escola, com o amigo Ned (Jacob Batalon).
Entre uma aula e outra, o adolescente coloca seu uniforme de Homem-Aranha e sai pelas ruas de Nova York para ajudar as pessoas e acaba metendo os pés pelas mãos diversas vezes.
À medida que vai desenvolvendo seus poderes, ele começa a se envolver em situações de risco e o perigo aumenta quando o super-herói tenta impedir um assalto a banco e se depara com armas superpoderosas.
Parker acaba enfrentando então o vilão Abutre (Michael Keaton, cuja atuação faz lembrar seu papel em “Birdman”, de 2015, indicado ao Oscar).

O Homem-Aranha foi um dos primeiros a quebrar a ideia do herói ideal. É órfão, mora com a tia, rala para conseguir pagar as contas, não é herdeiro, sofre bullying  e está imerso em transtornos e crises comuns ao dia a dia de muitas pessoas.
Sua preocupação não é só lutar com os vilões, mas também passar de ano no colégio, por exemplo, e se acertar com a namorada quando brigam, e isso desde a época dos quadrinhos.
O personagem, e seu lado humano, é um dos que mais gera identificação com o público. O motivo, que aborda o universo dos quadrinhos e da filosofia, são os diversos problemas que ele enfrenta, comuns aos fãs.

Se a vida de Parker de Maguire tinha a atmosfera gótica e noir, o Peter de Holland é mais colorida fabulosa e otimista capturando o imaginário e se enquadrando no estilo épico da franquia, construindo uma trama divertida sobre o rito de passagem do despreparo à maturidade.
Realização bem efetivada e um roteiro redondo com atuações carismáticas e empolgantes  na medida exata.


Abraços Literários e até a próxima.


segunda-feira, 24 de julho de 2017

Prêmio Mystery Blogger Awards-

                                                                                  

Oieeeeeee hoje é dia de prêmio bebês!

A Babi (do Blog Meu Mundinho QuasePerfeito) blog com conteúdo de alta qualidade e posts escritos numa dinâmica inteligente e instigante, e que é dessas pessoas  que dá  vontade de guardar num potinho, indicou o Café com Leitura na Rede para o prêmio "Mystery Blogger Awards”.

Muito obrigada Babi, sua linda!   
                                                                                
                                                                         
 Vamos conhecer o prêmio???

O que é o Mystery Blogger Awards pela própria criadora do prêmio:

O Mystery Blogger Award é um prêmio para blogueiros incríveis com postagens engenhosas. 
Seu blog não só cativa; ele inspira e motiva. Eles são um dos melhores e  merecem todo reconhecimento que  conseguem.
Este prêmio também é para blogueiros que acham diversão e inspiração em blogs e fazem isso com  amor e paixão”.
(Okoto Enigma)


Quem é indicado ao prêmio deve seguir alguns passos que eu listo para vocês:

Colocar o logo/imagem do prêmio no seu blog.

Listar as regras.

Agradecer a quem o nomeou e fornecer um link para seu blog.

Mencionar o criador do prêmio.

Contar a seus leitores três coisas sobre você.

Nomear até dez pessoas.

Notificar os seus indicados comentando no seu blog.

Pedir a seus candidatos que respondam cinco questões de sua escolha, perguntas estranhas ou engraçadas.

Compartilhar um link para sua melhor postagem.


Vamos começar?

Três coisas sobre mim-

1)      Eu queria ser  veterinária, mas sou uma manteiga derretida, não posso ver um animalito dodói, que sento no chão “ boto o bixim”  no colo e começo chorar até desidratar :/  
      A propósito também não sou boa adestradora, massssss sou excelente em "deseducar"

2)      Sou dinolover, dinoaholic, dinomaníaca e tudo o mais em relação a dinossauros, simplesmente queria ter um pra chamar de meu <3 
       E siiiiiiiim assistir Jurassic World  depois de uma espera de anos pela sequência foi uma experiência de imersão, quando T-Rex aparece queridinho como ele só,  subi na poltrona e gritei: "TTTTTTêêêê Rééééé ckiiii Siiiiiiiiii"  e  "TTTTiiiiii Rrrrrrrrééééé Kisssssssss"
       E não fui só eu viu?????
      
3)      Meu (anti) herói  favorito da Marvel (sou marvelmaníaca siiiim) é o Loki lindamente interpretado pelo Tom Hiddleston (o queridinho Capitão James Conrad de Kong - A Ilha da Caveira) <3
                                                                          


As perguntas malucas que a Babi me fez-

1-Se você pudesse conhecer um lugar fictício de livros, qual você escolheria?
   Nárnia! Ainda que Nárnia não exista, sou narniana de coração <3

2-Que musica você escolheria para ser a trilha sonora da sua vida?
   No Promises (Shayne Ward) e Counting Stars (OneRepublic)

3-Por que criou um blog?
   Para dividir experiências e opiniões com pessoas que também amam livros e filmes.

4-Qual você acha a pior coisa no mundo?
   Intolerância. Acho que é a porta para muitos males.

5-E a melhor?
   Esperança é uma das melhores coisas que existe!

 

Minhas perguntas malucas-

1)      Se pudesse viver em um livro ou filme qual seria?

2)      Se fosse mudar o final de um livro ou filme qual seria?

3)      Qual habilidade de  personagem de livro/filme/série você gostaria de ter?

4)      Qual livro gostaria de ter escrito?

5)      Com quantos livros se faz uma biblioteca?



Minha melhor postagem-

Tenho um carinho especial por todos os meus posts, desde os mais simplesinhos até aqueles de livros que comecei a resenhar já na primeira página, anotando nomes, lugares, aspectos comportamentais e psicológicos, alinhavando os personagens e as histórias, montando o quebra cabeças, masssss tem dois que eu tenho um amor enoooorme que são:

1) O primeiro mesaniversário dos meus bebezudos netos,  filhos de Lana Maria (aqui)

2) As primeiras laranjas-champanhe da minha horta (aqui)


Blogs Nomeados-

Há quem goste e quem não goste de tags, eu sou do time que ama <3, no entanto respeito a opinião de todos e de cada um em particular, então não vou nomear ninguém e deixar em aberto para quem quiser responder, masssss com a devida licença poética vou deixar o link  dos blogs favoritos onde aprendo e encontro inspiração (correndo o risco de ter esquecido de algum e se o fiz peço antecipadamente desculpas).
Sempre que posso visito cada um de vocês, amo o cantinho de todos <3
Quem quiser responder aqui as perguntas fique a vontade, vou amar ver as respostas de vocês!
E quem fizer o post me avise para eu ir lá ver, combinado?













Mais uma vez Babi, sua linda, gratidão


Abraços Literários e até a próxima.



quinta-feira, 20 de julho de 2017

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #33- Dia do Amigo


Feliz Dia do Amigo

Cada um de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.


Soneto do Amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


(Vinícius de Moraes)



Abraços Literários e até a próxima


segunda-feira, 17 de julho de 2017

Craft: Quilling-

                                                                                


Quilling é uma forma de desenho feito de papéis, fitas de cetim e outros materiais, e o papel utilizado nos trabalhos pode ser de várias gramaturas, cores e formatos.
Com um pouquinho de paciência e técnicas relativamente simples, acompanhando um passo a passo com alguns modelos que servem de base é possível fazer muita fofurice.
Dá pra fazer cartões, mas também é possível fazer quadrinhos e  enfeitar tampas de caixinhas.
                                                                                 


Nao vou dizer que o primeiro semestre passou voando, vou é contar “procês” que já comecei a fazer meus cartões de Natal!
                                                                             

  
                                                                                

                                       
                                                                                 
   
                                                                             
             
                                                                             
                         

                                                                                


Quem aí gosta de acompanhar os mimos com cartõezinhos feitos com carinho??
Qual o desenho favorito de vocês???

Abraços Literários e até a próxima



sexta-feira, 14 de julho de 2017

Cine Clube #29: A Bela e a Fera

                                                                                  


Conto de fadas escrito pela francesa Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve, em 1740, A Bela e a Fera  ganhou nova versão em 1991, quando se tornou a primeira animação a concorrer ao Oscar de melhor filme.
Recontada com a ajuda da tecnologia onde desenhos e atores contracenam num live-action, a conhecida fábula apresenta figurinos luxuosos e efeitos especiais impecáveis na nova adaptação, filme dirigido por Bill Condon que bateu recorde de bilheteria, faturando mais de US$ 1 bilhão no mundo inteiro, consolidando-se como a produção mais vista do ano (até agora).
                                                                                 


O filme conta a já conhecida história de Bela (Emma Watson) uma camponesa e leitora voraz (princesa empoderada já que é ela quem salva o pai e o príncipe, e não o contrário) que tem o pai Maurice (Kevin Kline) capturado pela Fera (Dan Stevens) e decide dar a própria vida ao “monstro” em troca da liberdade dele.
                                                                      


No castelo, ela conhece objetos mágicos e descobre que a Fera é, na verdade, um príncipe que precisa de amor sincero e verdadeiro para voltar à forma humana.
No decorrer da trama, é apresentado ao público, quatro novas canções, que explicam de maneira detalhada a transformação do príncipe em Fera, a maldição de seus empregados e o passado dos protagonistas.
Outra novidade é que o filme apresenta o primeiro personagem gay da Disney, LeFou (Josh Gad) que nutre um carinho especial pelo vilão Gaston (Luke Evans de “A Garota no Trem). 
Evans mostra competência na mudança de postura de Gaston que passa de um mero homem arrogante e narcisista a um malvado de verdade!
                                                                                 

Destaque à parte são os funcionários nada convencionais do castelo, que continuam encantando a todos: o candelabro, o relógio, o bule de chá e a xícara.

                                                                                  


Quem aí é fã da Bela e queria muitoooooooo uma bibli como a  que ela ganhou do príncipe????
\0/ \0/ \0/

Abraços Literários e até a próxima.


segunda-feira, 10 de julho de 2017

A Arte das Capas #33: Por Lugares Incríveis-

                                                                                 
Capa Nacional


Sinopse: Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família.
Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.

                                                                                

Americana

                                                                                

 Portugal

                                                                                 

 Suécia



Alemanha

                                                                                

Espanha

                                                                               

Sérvia

                                                                                   

Rússia

É verdade que o  livro conquista pela capa, mas além do  trabalho visual também te ganha já na primeira página,  não te deixa ir dormir até você  terminar o capítulo, faz sorrir e chorar simultaneamente.
Confesso tinha minhas dúvidas por ser um drama. O mercado literário está cheio de dramas pré-fabricados com a mesma fórmula.
Porém a autora apresenta uma obra imprevisível, assim como os protagonistas.
Por Lugares Incríveis, que pode ser considerado um "road book", conta a história de Theodore Finch e Violet Markey, dois jovens com tendências suicidas que acabam encontrando um no outro a vontade de viver. 
Parece clichê. Mas não é!
Leitura reflexiva faz pensar sobre conceitos como amizade, família, escola e vida.
Os personagens são cativantes! 
Conhecemos Violet e Finch ao mesmo tempo em que ambos se conhecem na torre do sino do colégio, ambos pensando se vale a pena tirar a própria vida.
Por incrível que pareça o livro não é triste, pelo contrário é uma narrativa alegre graças ao Finch que com sua péssima reputação no colégio e apesar de viver uma bagunça consegue ser engraçado e feliz.
Violet mora na casa perfeita, tem uma família exemplar e  era muito feliz até perder a irmã  num acidente de carro. Ela se sente solitária, incompreendida, triste e culpada por ter sobrevivido ao acidente.
Tudo isso é muito complexo quando se tem dezessete anos, e é isso que nossos protagonistas enfrentam todos os dias. Às vezes não é o pai, a mãe, o amigo nem o terapeuta que pode te ajudar, mas quem está com o coração tão machucado quanto o seu e assim compreender cada pedacinho da sua dor.
No livro temos a  narração alternada entre Violet e Finch o que eu gosto muito já que dá para acompanhar e entender os pensamentos de ambos os protagonistas.
Ambos se unem para realizar um trabalho de geografia: ir em dois lugares que nunca foram do seu estado e descrever porque eles são marcantes.  Ao invés de dois, temos mais de vinte localidades que Finch e Violet foram e deixaram um pouquinho de cada um por onde andaram.
Abordar temas delicados e importantes como depressão, transtornos bipolares e tendências suicidas não é fácil e a autora conseguiu transbordar das páginas do livro a atmosfera em que vive os personagens e ainda questionar com sensibilidade.
Confesso que desidratei de chorar em algumas partes da leitura, mas Por Lugares Incríveis é uma das melhores leituras até agora.

“ Não preciso me preocupar com o fato de Finch e eu não termos filmado nossas andanças. 
Tudo bem não termos recolhido lembranças nem tido tempo de organizar tudo de um jeito que fizesse sentido pra outra pessoa.
O que percebo agora é que o que importa não é o que a gente leva, mas o que a gente deixa.”

Uma excelente obra  para os adolescentes e para leitores de todas as idades que com sua narrativa poética trata de assuntos polêmicos e sobre  valorizar (e aproveitar) a vida.

Esse livro é uma indicação da Cecy do blog Mundo Literário da Cecy.
Vcs conferem a resenha dela (aqui).
Obrigada Cecy por ter me apresentado esse livro incrível.

Eu ameeeei a capa nacional por que faz menção ao "road book", mas também gostei da americana, a portuguesa, a sueca e a sérvia, por fazerem referência aos nomes dos personagens, a flor violeta e o pássaro Finch <3
E vcs fofis qual a capa favorita ????

Abraços Literários e até a próxima.



quinta-feira, 6 de julho de 2017

Sing – Quem Canta Seus Males Espanta

                                                                                 

Um reality musical protagonizado por animais e transformado em filme.

Dirigido e roteirizado por Garth Jennings, Sing – Quem Canta Seus Males Espanta é uma animação divertida que além de fazer o público dançar na cadeira do cinema ao som de músicas conhecidas, ainda traz mensagens inspiradoras de superação, força, família e sucesso.
A animação parece dirigida ao público infantil, mas não se deixe enganar já que os adultos podem se divertir ainda mais que os pequenos.
A história gira em torno de um antigo teatro que apresentava produções de sucesso.
Apaixonado pela música e o show business, desde pequeno Buster Moon, um coala fofo, sonhava em ser dono do teatro.
Com muito esforço alcança o seu objetivo ao inaugurar o tão sonhado Teatro Moon que com o passar dos anos vai perdendo seu status e angariando dívidas fazendo com que ele, para salvar o teatro que é o palco de sua vida, tenha a  ideia de realizar um reality musical para selecionar as melhores vozes que participará de uma grande apresentação.
No entanto, sua assistente, Dona Kiki, comete um “pequeno” erro que atrai atenção de milhares candidatos.

                                                                                 

Assim que sabemos sobre a história do teatro e de seu dono, a câmera passeia pela cidade e entra na casa dos personagens principais para conhecermos cada um deles. 
Rosita, dona de casa e mãe de 25 porquinhos. Por ser workaholic, ela não tem tempo para se dedicar a outras atividades como cantar, algo que ela faz com muito amor.
Ash, é uma porco-espinho adolescente que adora rock, toca e canta ao lado do namorado Lance que sempre apaga seu brilho e desdenha de seu talento.
Meena, uma elefanta que mora com a mãe e os avós, tem uma voz estonteante que envolve qualquer um que esteja por perto, porém, o que a impede de cantar é a timidez e o medo de subir em um palco.
Johnny, um gorila adolescente que canta fabulosamente, mas mantém isso em segredo, já que seu pai quer que ele siga os negócios de “roubo em grupo” da família.
Günter, um porco irreverente, que ama dançar ao som de Lady Gaga e não se importa nenhum pouco com o que os outros possam pensar a respeito dele.
Por fim, temos o rato Mike, um músico de rua que toca saxofone e canta lindamente, mas possui um ego maior que o mundo.
Com nada em comum, o que une todos eles é a paixão pela música.
O roteiro é equilibrado e acerta tanto na apresentação dos personagens quanto na representação de um reality musical que estamos acostumados: sonhos individuais, inúmeros candidatos,  testes de audição, treinamento e grandes expectativas.
A história trabalha muito bem assuntos bastante discutidos nos dias de hoje, como o fracasso, medo, trabalhos domésticos, relacionamentos conturbados, escolhas, narcisismo, solidão, superação e, é claro, sucesso.
O espectador  vai amar a trilha sonora do filme que vai de Limp Bizkit, Katy Perry, Lady Gaga e Taylor Swift até Frank Sinatra com “My Way”, o jazz “Take Five” de Dave Brubeck, “Bamboleo” de Gipsy Kings e “Hallelujah”.

Sing – Quem Canta Seus Males Espanta tem um final que agrada, redondo e fofo.
É um filme que faz cantar e traz mensagens clichês, mas fácil de criar identificação com pelo menos uma delas em algum momento.
Vale muito a pena a animação, entretenimento despretensioso e muito fofiiiiiinho.

Abraços Literários e até a próxima.


sábado, 1 de julho de 2017

Deixei Você Ir-

                                                                                  


Sinopse: Quando Jacob morre atropelado em uma rua de Bristol, Inglaterra, depois de ter soltado a mão da mãe em um dia chuvoso, o motorista do carro que o atinge acelera e foge. Desvendar sua morte vira um caso para o detetive Ray Stevens e seus colegas, Kate e Stumpy. Jenna, assombrada pela morte do menino, abandona tudo e se muda para uma pequena cidade costeira do País de Gales. Ela passa os dias em seu chalé tentando esquecer as lembranças do terrível acidente e aos poucos começa a ter algo parecido com uma vida normal e vislumbrar a felicidade em seu futuro. Mas o passado vai alcançá-la, e as consequências serão devastadoras.
Mesclando suspense, investigação policial e thriller psicológico, Clare Mackintosh disseca a mente de seus personagens enquanto tece inesperadas conexões entre eles.

 Amooooo thriller psicológico e esse com traços de suspense investigativo, o livro de estreia da inglesa Clare Mackintosh foi uma das  surpresas positivas desse ano.
Deixei Você Ir  mostra quanta capacidade de nos surpreender esse gênero ainda guarda.
A história tem início com o atropelamento do garoto Jacob ao atravessar a rua de casa quando voltava da escola com sua mãe.
O motorista que o atingiu foge do local sem prestar socorro, deixando o menino morto nos braços da mãe.
Misto de drama com romance policial, a obra tem uma primeira parte sem muita ação focada em apresentar o atropelamento do garoto e como essa tragédia afeta a vida de diversas pessoas, a trama se divide para acompanhar duas delas: Jenna, que se muda após a morte do garoto com a intenção de se livrar das lembranças e recomeçar a vida após o terrível acidente; e Ray, o detetive encarregado de encontrar o motorista que fugiu do local sem prestar socorro e o dia a dia com sua equipe no Depto de Investigação Criminal tentando solucionar o caso que não tem pistas nem testemunhas.

Ray é um detetive dedicado que vive dificuldades investigativas, institucionais e familiares.
Jenna é a mulher que luta para recomeçar uma vida estraçalhada, mas o passado virá ao seu encontro mostrando que a saída pode não ser assim tão simples.

De cara gostei da capa, siiiiiim sou dessas vcs bem sabem, mais até do que o plot.
O livro tem um começo meio parado descrevendo detalhadamente os sentimentos atuais dos personagens Ray e Jenna.
Os capítulos iniciais são divididos entre a visão dos dois, sendo a parte dele em 3° pessoa e a dela em 1° pessoa.
Temas delicados são bem explorados em um drama que serve de entrada para desviar a atenção, até que, mais ou menos na metade do livro começa a segunda parte ...
Você vai perceber que o atropelamento da criança é apenas a ponta do iceberg em uma história muito mais complexa, com uma grande carga emocional e psicológica.
Capítulos alternados entre passado e futuro também contribuem para criar expectativa e aumentar a ansiedade do leitor.
A guinada para o thriller acontece em uma frase, assim sem mais nem menos no meio de uma cena descobrimos que nem tudo é o que foi mostrado até então.
Em cima de um único detalhe, explorado desde o começo da história, mas praticamente imperceptível, Clare Machintosh confere um novo ritmo para a obra.
Então você mergulha em uma história sombria, com suspense e ação tornando tudo eletrizante como se, de repente, a narrativa tocasse num fio desencapado.
Ritmo esse que se mantém até os últimos segredos serem revelados.
A história sofre um twist plot surpreendente e temos a inclusão de capítulos em primeira pessoa de um novo, inesperado e detestável personagem.
Raiva, revolta, indignação, empatia, compaixão, são sentimentos que passam a brigar por espaço durante a leitura e você não tem saída senão ler sem parar até o final.

A reviravolta coloca a história inteira sob outra perspectiva, por isso saber o que acontece anula o livro inteiro transformando a leitura em uma outra experiência.
Então praguinhas e pestinhas se forem ler o livro não leiam o spoiler combinado?????
Do contrário é só selecionar o texto em branco :p

Jenna passa a primeira metade do livro se sentindo culpada. Jacob morreu e ela não consegue lidar com isso.
O leitor sabe que a mãe de Jacob não segurou a mão dele ao atravessar a rua e que ela se sente culpada pelo atropelamento. A autora nos induz a acreditar que Jenna é a mãe de Jacob. Ela não é a mãe do garoto.
Mas então por que ela se sente tão culpada e precisa reaprender a viver? Porque a polícia descobre que o carro que atropelou o menino é de Jenna e a prende.
Ela assume a responsabilidade.
Jenna não é uma vilã, ela é uma boa pessoa que fez más escolhas e tomou decisões ainda piores. 
Na segunda metade do livro um novo personagem é inserido. Ian era o marido abusivo e violento de Jenna. Ele narra o relacionamento dos dois desde que se conheceram.
 É inacreditável ver fatos horríveis pelos olhos de uma pessoa que acha isso normal.
Então entendemos por que Jenna se isolou numa cabana no meio do nada e por que ela tem medo de tudo. Ian é violento e está atrás dela. Só aí o livro ganha ares de thriller e a essa altura o tema central da história é a violência doméstica e não as consequências do atropelamento do menino Jacob.
O único senão é que foi Ian atropelou Jacob enquanto Jenna estava no banco do passageiro. Mais uma das vilanias e maldades inomináveis dele. Mas ela assume a culpa, sozinha, pois acha que alguém precisa pagar pelo sofrimento da mãe de Jacob.
Entendo que a vítima de violência doméstica pode não conseguir delatar seu agressor por medo, mas não acho certo que Jenna tenha deixado um homem com a índole de Ian escapar impune.

Ex-policial do Departamento de Investigação Criminal da Inglaterra, Clare Mackintosh coloca sua experiência em letras abrangendo de forma detalhada e real as atitudes dos personagens e o resultado é exemplar.
Indicado para todos aqueles que gostam deste estilo de suspense que trabalha o lado psicológico com a visão de vários personagens simultaneamente, como "Garota Exemplar, "Lugares Escuros", "A Garota no Trem" e "Em Águas Sombrias".
 "Deixei Você Ir" é uma excelente escolha.

Abraços Literários e até a próxima.