Três anos após último filme do herói, novo “Homem-Aranha”
chega aos cinemas com outro protagonista.
Não faz tanto tempo assim que Andrew Garfield abriu suas
teias sobre os cinemas. Estiloso e descolado vivia com a tia (Sally Field) e o
tio (Martin Sheen) e era apaixonado por sua colega de escola (e de quadrinhos)
Gwen Stacy (Emma Stone) e tinha como inimigos o Lagarto (Rhys Ifans) e Electro
(Jamie Foxx).
Antes dele teve a trilogia (2002, 2004 e 2007) em que Tobey Maguire
viveu o protagonista. Apaixonado por Mary Jane (Kirsten Dunst) com quem
protagonizou a icônica cena do beijo e tendo como melhor amigo Harry Osbom
(James Franco) que acaba se tornando seu rival. Ao longo dos filmes ele
enfrentou diversos vilões: Duende Verde (Willem Dafoe), Dr Octopus (Alfred
Molina) e Flint Marko (Thomas Haden Chirch)
Mas em tempos em que super-heróis garantem superbilheterias
(o primeiro filme de Maguire arrecadou US$ 800 milhões no mundo e a estreia de
Garfield outros US$ 700 milhões) os estúdios não esperam muito para criar novas
aventuras.
Assim conhecemos o inglês Tom Holland protagonizando Peter Parker!
Já confirmado para participar de “Os Vingadores 4” e ainda pouco conhecido do
grande público, o ator britânico fez sucesso ao estrelar o musical “BilyElliot”
em Londres.
Como Homem-Aranha, ele roubou a cena (e nossos corações) em
“Capitão América – Guerra Civil” (2016) e agora, ganha um filme solo, dirigido
por Jon Watts.
Na história, Peter tem 15 anos, é imaturo e está
deslumbrado com seus superpoderes.
Apadrinhado por Tony Stark (Robert Downey
Jr.), o Homem de Ferro, ele precisa passar por um estágio para se tornar um
herói de verdade e, assim, fazer parte de Os Vingadores, um clã de
super-heróis.
Peter tenta, então, mostrar que é capaz de enfrentar
grandes desafios, no entanto, após receber seu uniforme das mãos de Stark, é
deixado de lado. Com isso, em vez de enfrentar vilões, Parker precisa encarar a
pacata rotina na escola, com o amigo Ned (Jacob Batalon).
Entre uma aula e outra, o adolescente coloca seu uniforme
de Homem-Aranha e sai pelas ruas de Nova York para ajudar as pessoas e acaba
metendo os pés pelas mãos diversas vezes.
À medida que vai desenvolvendo seus poderes, ele começa a
se envolver em situações de risco e o perigo aumenta quando o super-herói tenta
impedir um assalto a banco e se depara com armas superpoderosas.
Parker acaba enfrentando então o vilão Abutre (Michael
Keaton, cuja atuação faz lembrar seu papel em “Birdman”, de 2015, indicado ao
Oscar).
O Homem-Aranha foi um dos primeiros a quebrar a ideia do
herói ideal. É órfão, mora com a tia, rala para conseguir pagar as contas, não
é herdeiro, sofre bullying e está imerso em transtornos e crises comuns ao dia a dia de muitas
pessoas.
Sua preocupação não é só lutar com os vilões, mas também
passar de ano no colégio, por exemplo, e se acertar com a namorada quando
brigam, e isso desde a época dos quadrinhos.
O personagem, e seu lado humano, é um dos que mais gera
identificação com o público. O motivo, que aborda o universo dos quadrinhos e
da filosofia, são os diversos problemas que ele enfrenta, comuns aos fãs.
Se a vida de Parker de Maguire tinha a atmosfera gótica e
noir, o Peter de Holland é mais colorida fabulosa e otimista capturando o imaginário e se enquadrando no estilo épico da
franquia, construindo uma trama divertida sobre o rito de passagem do
despreparo à maturidade.
Realização bem efetivada e um roteiro redondo com atuações
carismáticas e empolgantes na medida
exata.
Abraços Literários e até a próxima.