quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

O Homem de Giz-


                                                                            


O livro escrito pela C. J. Tudor, O Homem de Giz, conta a história do Eddie Adams em momentos alternados entre 1986 e 2016. Em 1986  aparecem os homens de giz – uma linguagem secreta de Eddie e seus amigos, para se comunicarem entre si, categorizada por cores.
O grande mistério, são os desenhos que começam a aparecer que não são de autoria de nenhum deles e os levam a descobrir um assassinato.
Em 2016 Ed nos conta um pouco da sua vida, seu passado, sua rotina, seus medos, traumas e frustrações. O presente mostra como ele lida com o ocorrido de 30 anos atrás, que ainda o assombra, e trás de volta o mistério do assassinato, que ainda não foi totalmente solucionado.
Em capítulos alterando o presente e o passado, somos conduzidos a uma história capaz de te fazer criar inúmeras teorias ao longo da leitura. 

Elogiado pela crítica e comparado a Stieg Lason (resenha aqui) e Jo Nesbo de O Boneco de Neve (resenha aqui) só pode ser muito bom né non????
Não! Ou melhor dizendo não é ruim nem bom :(
O livro é simples (e superficial), as relações de amizades do Ed e as características dos personagens são narradas de forma descritiva (literalmente), sem investir nas relações ao longo da narrativa e há falta de diálogos interessantes.
Não é misterioso nem perturbador. Só lá pela pág. 170 a leitura fica mais fluída e os mistérios começam a se alinhavar. O que na minha opinião demorou demais para acontecer.
Inspirado (e com excessooooo de referências que fazem perder o encanto pela história e atrapalha muitooooo a leitura) em obras com grupos de crianças como protagonistas, como: Stranger Things, Conta Comigo, It- A Coisa, e  lembrando O Corpo e Às vezes eles voltam; há todo aquele clima de mistério e pessoas com seus próprios segredos que aqui estão inseridos numa trama onde a autora infelizmente não conseguiu imprimir sua personalidade e acompanhamos uma colcha de retalhos com elementos de vários lugares que não se sustentam sozinhos.
O desenvolvimento dos personagens é fraco, o protagonista não causa identificação com o leitor, o enredo é previsível, as explicações (que não tem ligações entre si a não ser o fato de terem acontecido no mesmo lugar) são um amontoado de coincidências soltas.
A favor do livro o fato de alertar para a violência doméstica, fanatismo religioso, aborto, bullying e demência.
Não posso também deixar de elogiar a capa diva, com textura de giz, miolo preto e folhas pretas entre os capítulos.
Masssssss dá pra ficar sem ler. 

Quem aí já leu ????
Qual sua opinião sobre o livro???

Abraços Literários e até a próxima.


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Corte de Espinhos e Rosas- Série Acotar



Corte de Espinhos e Rosas

Em Corte de Espinhos e Rosas, um misto de A Bela e A Fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance.
Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos depois Feyre é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar um féerico transformado em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação.
Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... Ou Tamlin e seu povo estarão condenados.


                                                                                

Corte de Névoa e Fúria 

 Nessa continuação, a jovem Feyre assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, ainda pior que o anterior se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.


                                                                                 

Corte de Asas e Ruínas

 A ameaça de guerra paira sobre todos neste terceiro volume da série Corte de Espinhos e Rosas. Feyre retorna a Corte Primaveril determinada a coletar informações sobre as manobras de Tamlin e do rei invasor, que ameaça subjugar Prythian ao seu poder. Mas, para fazê-lo, ela deve jogar um perigoso jogo de mentiras - e um deslize pode significar condenação não só para ela, mas para seu mundo também. À medida que a guerra se apodera de todos Feyre deve decidir em quem confiar e procurar aliados em lugares inesperados.  Neste terceiro livro da série a terra será pintada de vermelho enquanto exércitos poderosos lutam para controlar e se apoderar da única coisa que poderia destruir a todos. 



Corte de Gelo e Estrelas
Spin-off da série Corte de Espinhos e Rosas.
Feyre, Rhys e seu círculo de amigos estão ocupados reconstruindo a Corte Noturna e tentando manter a paz, conquistada através de muito esforço e perdas.
Mas o Solstício de Inverno está próximo e, com isso, um alívio merecido. Compras, festas, celebração e a promessa de dias tranquilos. A atmosfera festiva não consegue, entretanto, impedir que as sombras da guerra se aproximem.
Em seu primeiro Solstício como Grã-Senhora, Feyre percebe que seu parceiro e sua família têm mais cicatrizes do que ela esperava – cicatrizes que podem impactar o futuro, e a paz, de sua Corte.


Ainda não li Trono de Vidro, mas quando a Record investiu em Corte de Espinhos e Rosas (e suas lindas edições caprichadas com capas aveludadas e lindos arabescos) vi a oportunidade de conhecer a escrita de Sarah J. Mass, oportunidade essa que se concretizou com uma promoção imperdível na Black Friday com o box + o spin off praticamente sendo vendidos pelo preço de um só exemplar.
A trilogia (que virou série com mais três livros) é uma fantasia releitura de A Bela e a Fera.
Alguns dos trunfos aqui são que não há triângulos amorosos nem mocinha indefesa precisando ser salva e o amadurecimento dos personagens ao longo da narrativa é perceptível, além de que a autora aborda temas importantes como stress pós-traumático, relacionamento abusivo, recuperação emocional e casal construído sem pressa de maneira inteligente agregando valor à narrativa com coerência, sem muitos clichês e com algumas reviravoltas interessantes.
Tenho certa implicância com livros hypados, sempre fico com os dois pés atrás quando vejo só elogios porque minhas expectativas vão lá nas alturas e acabo não achando tuuuudooooo issoooo, especialmente se a leitura é um pouco arrastada.
Talvez seja porque a autora quis descrever detalhadamente a criação desse universo feérico para inserir o leitor na trama.
Confesso que sou a favor de livros únicos então acho esse negócio de trilogia que vira spin off, e gera mais livríneos escritos com arcos deixados propositalmente abertos para novos livros uma coisa bem desagradável e muito desgastante, #prontofalei!
Masssss se você gosta de fantasia se joga, até porque o que um gosta outro pode simplesmente detestar, é muito pessoal e ler é uma experiência <3
Essa é uma história sobre sacrifícios, medo e coragem, e também sobre esperança, que é a talvez a força mais poderosa de todas.


Quem aí já leu Corte de Rosas e Espinhos??
E quem gostou??? Ou não ????
O que você acha de livros em série????

Abraços Literários e até a próxima



sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Living Coral: A cor de 2019, segundo a Pantone


                                                                              

Desde 2000, a Pantone, (aqui) instituto considerado autoridade mundial em cores divulga uma cor para simbolizar o ano.
O Living Coral, 16-1546, foi escolhido como a cor de 2019.

Segundo a Pantone, a cor que é vibrante e também suave, nos acolhe reconfortando num ambiente em constante transformação.
Reagindo às investidas da tecnologia digital e a consolidação da mídia social em nossas vidas, passamos a procurar experiências autênticas e imersivas que permitem simultaneamente a conectividade e a intimidade.
A natureza envolvente do Living Coral 16-1546, nos encoraja a ter atitudes espontâneas, simbolizando a busca pela alegria e por otimismo.
O Living Coral irradia familiaridade e vida, assim como a encontramos na natureza, onde fica escondida, por baixo do oceano. Esta cor energizante que enfeitiça o nosso olhar colocada no centro de nosso ecossistema vívido e cromático, evoca um caleidoscópio de cores diversas que são resguardadas pelas paredes de corais.

Procurei por quase toda a estante e não tenho nenhum livro nessa tonalidade entre o rosa e o laranja  :( 
Então selecionei três livros com capas em tons, meio laranja claro, meio damasco ou meio pêssego, fica valendo a intenção combinado????

                                                                                

Apresentação da Poesia Brasileira

Uma das capas mais lindas é essa caprichada da Cosac Naify nessa edição do livro de Manuel Bandeira sobre a poesia brasileira.
Este volume, na verdade, são dois livros em um.
A primeira parte traz um panorama crítico dos poetas, escolas e movimentos que marcaram a poesia no país, de José de Anchieta ao Concretismo. Bandeira revaloriza obras esquecidas, acompanha com interesse a produção dos nomes que despontavam, como Drummond e Vinicius e faz questionamentos às vezes polêmicos.
A segunda parte se organiza como uma antologia, gênero em que Bandeira se tornou perito: 125 poemas de 55 poetas, dos grandes clássicos como a "Canção do exílio" e o "Navio Negreiro" aos achados bandeirianos como os bissextos Pedro Nava e Pedro Dantas, chegando até Augusto de Campos e Ferreira Gullar.
 A edição traz seleção iconográfica da Biblioteca de José Mindlin.




O último voo do flamingo

Eu gosto de quase todas as capas da coleção do Mia Couto; mas essa é especialmente linda
e a narrativa demonstra o enorme talento do autor em jogar com as palavras fazendo poesia tanto do que dói como do que causa contentamento de uma forma única numa história cheia de metáforas, críticas e ironia, o compromisso com o resgate de uma nova visão sobre a sua terra.
Depois de um longo tempo de guerra civil, soldados das Nações Unidas estão em Moçambique para acompanhar o processo de paz. O romance narra estranhos acontecimentos de uma vila imaginária, Tizangara, onde militares da ONU começam a explodir subitamente. 



                                                                                

Retalhos

Uma das graphic novels mais premiadas dos últimos tempos, Retalhos é um relato autobiográfico da vida no meio-oeste americano. 
Thompson retrata sua própria história, da infância até o início da vida adulta, numa cidadezinha no centro dos Estados Unidos, que parece estar sempre coberta pela neve. 
Seu crescimento é marcado pelo temor a Deus - transmitido por sua família, seu colégio, seu pastor e as trágicas passagens bíblicas que lê -, que se interpõe contra seus desejos, como o de se expressar pelo desenho.
Ao mesmo tempo ele descreve a relação com o irmão mais novo. Conforme amadurecem, os irmãos se distanciam, episódio narrado com sensibilidade pelo autor.
Com a adolescência, seus desejos se expandem e acabam tomando forma em Raina - uma garota de alma poética e impulsiva, quase o oposto de Thompson - com quem começa a relação que mudará a visão que ele tem da família, do futuro, de Deus, e, enfim, do próprio amor.
Retalhos traz as dores e as paixões dos melhores romances, mas dentro de uma linguagem gráfica própria e original.


E vocês o que acharam da cor que a Pantone escolheu pra 2019?
Qual desses livros vocês já leram ou gostariam de ler?
E qual livro com capa coral vocês indicam a leitura?


Abraços Literários e até a próxima.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Missão Impossível: Efeito Fallout


                                                                         


Um excelente 2019 para todos!

E vamos ao primeiro post do ano ;)
Pouquíssimas franquias conseguem ganhar várias sequências e continuarem relevantes.
'Missão Impossível' é uma delas.
Efeito Fallout, o sexto filme da franquia e o primeiro filmado com tecnologia 3D, surpreende pela qualidade, novo fôlego, bons números e críticas dos filmes de ação.
Dessa vez, o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) recebe a missão de enfrentar uma organização criminosa para recuperar plutônio que seria usado na construção de bombas. Ao optar por salvar a vida de Luther Stickell (Ving Rhames) e Benji Dunn (Simon Pegg) ele não consegue impedir que um grupo de terroristas tenham acesso ao material em quantidade suficiente para fabricar três armas nucleares colocando em risco a vida de milhões de civis e levantando suspeitas sobre suas ações.
Sendo espionado diretamente por August Walker (Henry Cavill), Hunt precisa agora, não só correr contra o tempo para impedir as detonações das bombas, mas também enfrentar seu passado, já que o grupo terrorista é chefiado por Solomon Lane (Sean Harris), seu inimigo em Missão: Impossível – Nação Secreta (2015).

Tom Cruise não é o único destaque, Henry Cavill, liiiiiiiiindíssimo, está sensacional como um assassino no governo que recebe a tarefa de vigiar e cuidar de Hunt.
E dessa vez, as mulheres tem papéis mais fortes que nos filmes anteriores.
Rebecca Fergusson vive novamente a agente Ilsa Faust e a química da atriz com Tom Cruise é notória.
Angela Basset, de Pantera Negra, vive a chefe da CIA; Vanessa Kirby, a princesa Margareth da série The Crown, é Víuva Branca, chefe do crime e uma das peças-chave do longa; e Michelle Monaghan, a ex-mulher de Ethan, Júlia também volta a trama, desta vez, para ajudá-lo.
Lindos cenários de Paris e Londres e o clímax explosivo nas fantásticas paisagens de Caxemira são palcos de muitas perseguições e lutas do agente.

O roteiro escrito por Christopher McQuarrie, que também dirige e produz, possui um script inteligente e ágil, que não perde tempo para engatar a história e entre uma cena de ação e outra aproveita para aprofundar seus personagens e suas motivações.
A trama traz elementos dos filmes anteriores, como a mensagem que se autodestrói e o uso de máscaras para disfarce, além de criar um desfecho para todas as pontas soltas na franquia, inclusive humanizando Ethan Hunt.
É uma jogada de mestre a maneira como a história avança sem esquecer o passado, mas também olhando para o futuro.
E se em Nação Secreta o diretor chamou a atenção pelo excelente trabalho, aqui ele eleva o patamar mostrando evolução no comando das cenas de ação que estão absurdamente irreais fazendo a alegria dos fãs.

Efeito Fallout, no entanto, não é sem defeitos. Ao acompanhar a jornada de Ethan Hunt, o personagem vive situações que acabam pesando – como quando ele mata quatro vilões para salvar uma policial, e ainda tem tempo para consolar a vítima, em francês.

Com suas 2h37m de duração numa trama bem conduzida, o longa destaca o trabalho em equipe, apresenta ritmo frenético que não se perde em nenhum momento, tem uma fotografia sensacional e reviravoltas surpreendentes.
Sua maior qualidade é sua capacidade de desafiar e atingir expectativas.
A sequência de perseguição em helicópteros no final é de tirar o fôlego. 
E a conclusão não apenas carrega a franquia adiante, como nos faz torcer por mais um capítulo.

Abraços Literários e até a próxima.