Sinopse- Summit
Lake, uma pequena cidade nas montanhas, é o tipo de lugar bucólico
e com encantadoras casas dispostas à beira de um longo trecho de
água intocada.
Duas semanas atrás,
a estudante de direito Becca Eckersley, filha de um poderoso
advogado, foi brutalmente assassinada em uma dessas casas. Atraída
instintivamente pela notícia, a repórter Kelsey Castle vai até a
cidade para investigar o caso... e logo se estabelece uma íntima
conexão quando um vivo caminha nas mesmas pegadas dos mortos...
Enquanto descobre
sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela
guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade
sobre o que aconteceu pode ser a chave para superar as marcas
sombrias de seu próprio passado.
A obra é narrada em terceira pessoa alternando os capítulos entre presente e passado, enquanto Kelsey investiga o assassinato, a história da Becca é contada paralelamente.
O ritmo é bom -
embora lento no início; o plot embora não seja original, é
interessante; a paz de uma cidadezinha tendo uma cafeteria
aconchegante como cenário é a perfeita antítese de um local de
crime e o autor utiliza um jogo de palavras que faz a gente
desconfiar de qualquer personagem, mudar de suspeitas e pirar com
pistas falsas.
Masssss
o livro tem muitos furos: é fantasioso demais a
repórter conseguir ajuda de todo mundo na investigação, ainda mais
que essa ajuda significa prejudicar a si mesmo, como o delegado que
perde o cargo, o médico que pode arruinar a carreira e a barista que
larga seu estabelecimento no meio do expediente; uma repórter que
com vários artigos publicados sobre homicídios, permite que um
detetive entre no seu quarto, SEM um mandado e veja o material que
recolheu sobre o crime, obtido de forma ilícita que com certeza vai
prejudicar quem lhe ajudou; os capítulos da Becka são
chatos sem nada de suspense e o motivo (?) do crime não se
encaixa em algo tão brutal.
É
inadmissível a cena do crime ser diferente no início
do livro e depois na reconstituição! (Como isso passou pela
revisão?); a divisão do livro às vezes fica incoerente, como
quando um capítulo era da Becca e o narrador acompanhava Jack e
Brad, por exemplo; a figura do detetive dedicado do interior é
exagerada e a imagem dos investigadores de fora no papel de vilões é
caricata.
O alvoroço em torno
da obra, com certeza, foi um problema de marketing.
São poucas as
subtramas e devido aos poucos personagens a lista de suspeitos fica
limitada, além da essência do crime que é ainda mais limitante
(!).
Tem a pouca
importância na reviravolta a revelação do segredo da repórter se
transformando em um detalhe narrativamente fraco. O tema é
importante para ser discutido, mas sem relevância para a obra ficou
forçado.
Por fim a sensação de que toda a narrativa se apoia em dois fatos (o que não foi suficiente para que a história se sustentasse) e que o autor poderia ter contado a história em 100 páginas.
Se você busca algo inovador esse livro não é para você, A Garota do Lago é mais do mesmo :p
Abraços Literários
e até a próxima.