sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Bruxos e Bruxas-

                                                                          



Em pleno século XXI, os irmãos Allgood, With e Whisty são arrancados de sua casa no meio da noite e jogados na prisão, acusados de bruxaria. Vários outros jovens como eles foram sequestrados, presos e outros desapareceram. Tudo isso acontece porque o mundo foi comandado por um novo governo “Nova Ordem”, que acredita que todos os menores de dezoito anos são suspeitos e que praticam bruxaria. Quem comanda a N.O é O Único Que É O Único, e seu objetivo é tirar tudo que faz parte da vida de um adolescente normal, livros, música, arte, comandar o mundo e desvendar todos os segredos da magia. Qualquer forma de protesto contra a N.O será punida com muita rigidez e tortura, até que a pessoa possa completar dezoito anos, e assim ser condenado a morte. A missão dos irmãos Allgood é livrar o mundo desse novo regime e resgatar seus pais desaparecidos. Mas será que eles conseguirão enfrentar a Nova Ordem, salvar todos dessa tortura e encontrar seus pais?



Acordar em uma nova era, onde a democracia não existe mais, o poder agora é totalitário e seu líder se intitula “O Único Que É O Único”, é o começo de um pesadelo para Wisty e With, em uma nova realidade chamada Nova Ordem.
Wisty (Wisteria) e With (Whitford) são dois irmãos adolescentes; With é um jogador popular, gigante, estabanado, doce e gentil; Wisty é uma garota ruiva, esquisita, amarga e hostil, jovens de 15 e 17 anos que em uma noite foram acordados por um poder militar fortemente armado que invadiram sua casa e os levaram sobre a alegação “ bruxos extremamente perigosos”.
Começa nessa noite uma distopia fantástica onde o mundo como o conhecemos não existe mais depois  que um regime totalitário pretende governar através de táticas de guerra, opressão, tortura e abolição de qualquer tipo de arte, de liberdade de expressão ou magia.
No decorrer da narrativa, os irmãos descobrem seus dons e que  realmente são bruxos,  viajam para outras dimensões, conhecem outros mundos, falam com espíritos, se aliam com outros jovens da resistência e fazem o livro se tornar uma louca confusão.
Com uma narrativa ágil o livro é dividido em capítulos que contam a história de Wisty e With sob perspectivas alternadas entre os protagonistas e o que aconteceu desde esse noite que foram acusados e presos.

O que me atraiu nesse livro foi James Patterson  se aventurar no mundo dos YA e da distopia, ele que é um romancista nova-iorquino conhecido por seus livros de suspense, mistério e magia; ícone da cultura pop; ganhador do prêmio autor do ano em 2010 pela revista Forbes e também recordista de vendas do The New York Times.
Como se trata de uma distopia tudo é proibido: livros, revistas, músicas, filme. Quem dá as cartas é a Nova Ordem e eles não querem seres pensantes para questionar suas ações. Os “seres” mais perigosos são os adolescentes, afinal são eles que estão em constante questionamento do mundo.
Mas os irmãos Allgood têm que se preocupar com outro fato além de serem adolescentes. Eles  são bruxos. No decorrer do livro e ao conhecer mais jovens como eles, os irmãos descobrem que têm um papel importante contra a Nova Ordem.
A escrita de Patterson é rápida, (nesse livro rápida demais), os capítulos são bem curtos e cortados bruscamente. Outro ponto relevante é o fato dos irmãos não terem a mínima ideia do que está acontecendo, algo como Harry Potter bem no comecinho, quando ele não sabia que era um bruxo.
O livro é uma caça às bruxas, onde os  dois personagens principais, são tão poderosos que nem sabem o quanto e em contrapartida existe um poder tirano, que no caso  é a NOVA ORDEM que é mais precisamente ditada pelo tirano de nome O Único Que É O Único. Isso lembra os livros de Harry Potter da J.K Rowling  onde Aquele-Que-Não-Se-Deve-Pronunciar  povoa a mente da sociedade e leva medo e terror a todos.
A obra é uma ficção estranha. Parece um “misturadão” de motes. Das HQ’s de X-Men, em que a personagem da Wisty  pega fogo, levita ou consegue se metamorfosear ou quando o Whit ultrapassa paredes,  tenta abraças sua namorada que é um espírito ou dirige pelos trilhos de um metrô sendo perseguido por um trem em alta velocidade.
O livro é  juvenil, os diálogos muitas vezes parecem escritos por alguém com 12 anos para uma criança de 8!
O duelo final entre a protagonista e  O ÚNICO QUE JULGA (Juiz) é risível!

A ideia até que  é boa, mas não foi bem desenvolvida, nem prima por personagens bem construídos.
Bruxos e Bruxas é um livro para quem quer uma leitura descompromissada, para ler “de uma sentada”, não é uma leitura desagradável, mas não encanta. Tem seus  momentos, até conseguimos torcer pelos protagonistas!
Se VCS procuram por algo instigante, interessante, memorável, que prenda a atenção e tire o fôlego, algo que prima pelo ineditismo, passe longe do livro.
Só para constar, a capa é linda, toque meio emborrachado e com a letra B capslock alaranjada em relevo com a imagem dos irmãos em destaque. Linda demais!



Até a próxima e abraços literários.

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