Um dos filmes mais aguardados do ano estreou no dia 1º .
Após 75 anos de sua criação, a Mulher-Maravilha ganha um
longa só seu com a atriz israelense Gal Gadot (Miss Israel 2004 e que assim como
todo cidadão israelense serviu o exército dos 19 aos 21 anos) interpretando a
deusa amazona.
A direção impecável é de Patty Jenkins (de Monster, 2003).
Pela primeira vez o olhar de uma mulher na direção de um filme do gênero super
herói.
A primeira vez que essa versão da Mulher-Maravilha apareceu
foi em Batman vc Superman: A Origem da Justiça, 2016.
Até então só retratada nos quadrinhos, em desenhos animados
e na série dos anos 1970, a
Mulher-Maravilha é reapresentada ao público no filme, que relembra suas origens
como princesa Diana Prince, embaixadora das amazonas que vive na paradisíaca
ilha Themyscira.
Filha da rainha Hipólita (Connie Nielsen), Diana ainda
criança adora lutar e insiste que a tia a treine – a general Antiope, vivida
por Robin Wright.
No mundo dos humanos, a Primeira Guerra Mundial está em
curso e, por acidente, o espião Steve Trevor (Chris Pine) atravessa um portal
que o leva à ilha das amazonas.
Resgatado por Diana, ele conta que a Terra está próxima de
ser arrasada pelo conflito. Para Diana, então, o combate só terá fim, se ela
encontrar e matar o deus da guerra.
Para isso a diva terá de enfrentar, além dos inimigos, em
eletrizantes cenas de ação, uma sociedade machista, perplexa com seu
comportamento e seus superpoderes.
Os fãs dos quadrinhos ainda esperam que o filme seja a
salvação da DC Comics neste ano, já que a empresa não tem emplacado sucessos do
nível de sua concorrente, a Marvel de Thor, Homem de Ferro e Vingadores, entre
outros sucessos de crítica e bilheteria.
Dos quadrinhos da DC, surgiram grandes filmes como Batman e
Superman, mas a marca é lembrada por fracassos recentes como Batman VS Superman
e Esquadrão Suicida.
A Mulher-Maravilha foi criada em 1940 pelo americano
Maxwell Gaines. De lá pra cá muita coisa mudou, inclusive a forma como o
público a vê.
Representante das mulheres em meio a heróis provenientes
dos quadrinhos, nossa heroína cria empatia feminina, mas também gera algumas
críticas por não se adequar a um símbolo politicamente correto para as questões
do mundo moderno, como por exemplo, uma habilidade.
A dinâmica da heroína com Steve Trevor também teve timing
perfeito.
Depois de cair, literalmente, de paraquedas no caminho de
Diana eles se unem em prol de uma causa maior, o bem da humanidade, o fim da
guerra.
Ambos buscam soluções trilhando caminhos diferentes porque
veem o mundo com olhos diversos, para Diana, que carrega em si a pureza de um
grande coração e a ingenuidade de quem tem como arma a esperança, acredita que
o mal é personificado.
Já para Steve que conhece o melhor e o pior da humanidade,
entende sobre a crueldade, a violência e os horrores da guerra, sabe que não
existe um só vilão, mas uma conjuntura de fatores e possibilidades, é muito
mais difícil crer na salvação.
Ainda temos Charlie, um escocês com Transtorno de Estresse
Pós Traumático. Sameer, um marroquino que não queria ser soldado, e Chefe, um
índio que viu a guerra dos brancos devastar seu povo. A diversidade do grupo
está inserida no modo como foi perfeitamente contada a história.
História que emociona e encanta narrando sobre heroísmo e
também coragem, amor, esperança, bondade, generosidade, empoderamento e
representatividade.
Abraços Literários e até a próxima.