Queremos convidar você a fazer uma viagem, uma viagem mágica, por diversos países, culturas, hábitos, épocas, onde sua imaginação quiser e você se permitir...

Viajar pelas páginas de nossos livros, por vários gêneros, escritores anônimos e ilustradores e também os ilustres escritores: romances, aventuras, comédias, mistérios, épicos, auto-ajuda, poéticos, didáticos... toda leitura faz o ser humano conhecer, abranger, crescer...

Neste blog vamos divulgar, sugerir, incentivar, um espaço para interagir com você, que vai ser nosso seguidor ou dar apenas uma espiadinha, mas será sempre bem-vindo, como aquele amigo que senta para tomar um café e conversarmos sobre aquelas páginas de um livro que mais nos marcou, ou aquele que estamos lendo no momento, então fica aqui nosso convite, entre no nosso blog, tome um café, enquanto passeia pelos nossas postagens, interaja conosco sempre, estamos aqui na rede aguardando a sua chegada.


Abraços literários.


Aparecida





Vamos trocar idéias, opiniões, interagir?

Tem algum comentário ou sugestão para fazer?

Escreva para nós no e-mail: cafecomleituranarede@gmail.com



Loja Virtual

A loja virtual "Café com leitura na rede" está a todo vapor, e convidamos você a visitar nossa loja, lá lhe aguardam ótimos preços, opções para todos os gostos e um atendimento muito, muito especial e amigo.

Acesse agora mesmo:


Abraços


Equipe Café com Leitura na Rede.



Mostrando postagens com marcador Clare Vanderpool. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Clare Vanderpool. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Caneca Literária #45: Minha Vida Fora dos Trilhos-

                                                                                      

Sinopse: A protagonista de Minha Vida Fora dos Trilhos, Abilene Tucker, tem apenas 12 anos, mas é corajosa e impetuosa o suficiente para encontrar aventuras na pequena cidade de Manifest, Kansas, para onde seu pai a enviou de trem para passar o verão sob a tutela de um velho conhecido enquanto ele trabalha em uma ferrovia.
O que parecia ser o período mais solitário e entediante de sua vida ganha um novo e surpreendente rumo quando Abilene encontra uma velha caixa de charutos com cartas antigas e pequenas lembranças de outros tempos. Aos olhos curiosos da menina, a caixa se torna uma verdadeira arca do tesouro, onde segredos enterrados conectam dois momentos da cidade. A partir de então, o livro se divide em duas narrativas cronológicas: passado e presente se misturam, daquela maneira mágica que só um bom livro consegue contar
                                                             
                                                                               

Nesse infantojuvenil os acontecimentos vão da Primeira Guerra Mundial à Grande Depressão norte- americana dos anos 30, com soberba fidelidade histórica que ajuda muito na construção da narrativa sobre perdas e redenção.
Da autora americana Clare Vanderpool é narrado pela jovem Abilene Tucker, que nos conta sua história e compartilha conosco seus pensamentos.
Abilene tem 12 anos e vive com o pai, Gideon, indo de cidade em cidade de trem a procura de trabalho, porém quando ela se machuca o pai vê que os trilhos não são o melhor lugar para uma garotinha e a envia a Manifest, Kansas, para ficar com Howard Shady, o pastor da primeira igreja batista da cidade.
Lá ela faz amizades e entre objetos antigos (uma chave, um dólar de prata, uma isca de pesca, uma rolha e uma bonequinha de madeira) encontrados em um caixa de charutos Lucky Bill, jornais velhos e histórias contadas pela vidente Srta. Sadie tenta descobrir um pouco mais da vida de seu pai e do legado deixado por ele no lugar, além de tentar solucionar o misterioso caso de um espião.
Em paralelo temos a história dos amigos Ned e Jinx que se passa na época da Primeira Guerra Mundial e que a Srta Sadie vai contando a Abilene durante sua estadia em Manifest.
E
nossa protagonista que acredita em verdades universais e se envolve em confusões e aventuras, vai descobrir que histórias necessariamente possuem começos, meios e fins e nelas é possível encontrar respostas para as inquietudes.
A construção da obra apresenta entre as viradas de cada capítulos, recortes de jornais e postais, que nos proporcionam uma visão mais ampla e nos dá pistas sobre a história no passado.
É um livro fluído e rápido com personagens jovens que buscam por algo maior que eles
e querem encontrar seu lugar no mundo.
A leitura, embora leve, tem seus momentos reflexivos e faz rir, chorar, ficar com raiva, se emocionar e se apaixonar pela leitura de amneira que somos teletransportados para os eventos e conhecemos as pessoas da cidade Manifest e seus locais.
Os personagens são bem construídos com papel significativo na história em algum momento e apresentam evolução no decorrer da narrativa.
                                                                                        

A edição do livro é lind
a, o que é uma redundância em se tratando da DarkSide: capa dura, folhas amareladas, imagens de trens, os recortes de jornal da Srta Hatie Mae, a fitinha dourada e cartão postal do Kansas.
Além de ser interessante pela forma como foi apresentada e pelo conteúdo em si, a história também mostra fatos que realmente aconteceram, como a desconfiança sobre os estrangeiros que iam para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor, as grandes dificuldades pelas quais passavam, a importância de se ter uma origem e um nome de família naquela época —
talvez até hoje — e o impacto que foi a Guerra na vida das pessoas.
E Manifesto é uma palavra que diz mais que seu sentido literal, além de verbo e adjetivo é também texto programático de  movimento literário e  substantivo, significa uma lista de passageiros ou mercadoria a bordo de um navio, e define com propriedade a cidade que iremos conhecer, cidade do Kansas compreendida basicamente de imigrantes reclusos de sua terra natal e vitimados pelas suas histórias de vidas, de dor, perda, saudades e redenção.

Um final em que todas as pontas são alinhavadas na medida exata do sorriso e da lágrima e se mostra surpreendente.

Abraços Literários e até a próxima.

domingo, 6 de novembro de 2016

Em Algum Lugar Nas Estrelas-

                                                                              


Sinopse: O enredo é sobre a difícil arte de crescer em um mundo que nem sempre parece satisfeito com a nossa presença. Pelo menos é desse jeito que as coisas têm acontecido para Jack Baker. 
A Segunda Guerra Mundial estava no fim, mas ele não tinha motivos para comemorar. Sua mãe morreu e seu pai... bem, seu pai nunca demonstrou se preocupar muito com o filho. Jack é então levado para um internato no Maine (o mesmo estado onde vivem Stephen King e boa parte de seus personagens).
O colégio militar, o oceano que ele nunca tinha visto, a indiferença dos outros alunos: tudo aquilo faz Jack se sentir pequeno.
Até ele conhecer o enigmático Early Auden...

A trama do livro, um infantojuvenil para leitores de todas as idades, é em torno desses  dois personagens no fim a segunda guerra mundial: os garotos Jack Baker e Early Auden que apesar de serem completamente diferentes, se complementam e estabelecem uma forte ligação, ainda que eles próprios não se dêem conta disso naquele momento.
Jack é filho de um capitão da marinha que cresceu sob rígida influência militar e com a ausência do pai que passa a maior parte do tempo em alto-mar. Leitor assíduo de National Geographics é um garoto solitário, mas curiosamente independente.
Quando acontece uma tragédia Jack é enviado à Morton Hill, um colégio interno para garotos.
Assim que chega ao internato de Morton Hill ele precisará conviver com as diferenças, a solidão e a exclusão; todas as coisas que os novos garotos frequentemente atravessam ao chegar a um novo local. É lá que ele conhece Early, o garoto que tenta conter o mar.
Do outro lado temos Early Auden, o personagem que dá vida e forma ao livro.
Tudo o que acontece está ligado de alguma maneira a ele.
Extremamente inteligente, teimoso,  cheio de imaginação e manias como selecionar as músicas que deve ouvir em cada dia da semana: Louis Armstrong às segundas; Sinatra às quartas; Glenn Miller às sextas; Mozart aos domingos e Billie Holiday sempre que estiver chovendo; terça, quinta e sábado, são dias sem músicas, a não ser que esteja chovendo.
Se fosse um personagem atual seria diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista), mas como na época ainda não existia esse diagnóstico ele é considerado estranho, esquisito como é descrito na história, por apresentar dificuldade na interação social.
Enquanto Early representa a inocência e vivacidade das crianças, Jack tem uma característica mais adulta e descrente, porém, pleno de amor infantil.
Dois jovenzinhos com dores e experiências diferentes que acabam se encontrando e vivem grandes aventuras em busca de um sentido para  as teorias de Early, que  envolve o número Pi e seu irmão que foi morto durante um combate, mas que ele acredita está vivo e perdido.
Assim, eles pegam um barco e navegam embaixo das estrelas procurando por respostas. E irão encontrar muito mais durante essa jornada fascinante de aprendizado, perigos e  fortalecimento de uma grande amizade.
É interessante acompanhar os diálogos que os dois protagonizam do meio do livro em diante, quando a história tem uma reviravolta.
São as corridas de barco que unem os dois em uma história cativante.
Ajudando o amigo, Jackie se reencontra consigo mesmo, a fim de superar um coração machucado e marcado por perda e rejeição.
Em paralelo, há outra história, que complementa e faz referência a história dos dois garotos. Os matemáticos, físicos e apaixonados pelas ciências exatas vão adorar essa parte: a autora costurou a trama dos garotos à história de Pi, o número que intriga a humanidade há séculos. Um número racional, eterno e não repetitivo que em seus dígitos possui uma história a ser contada.
Durante a cruzada de Jackie e Early, vulcões em erupção, piratas e ursos enormes atravessam as páginas.





A fantasia brinca com a imaginação do leitor promovendo um olhar de memória afetiva aos tempos de criança.
Poucas vezes um título fez tanto jus a sua história.
Em Algum Lugar Nas Estrelas é sobre a busca irrefreável do homem por respostas, por se reencontrar, sobre recomeço e aceitação.
Uma fábula contemporânea repleta de significados.
Tudo no livro é fluido e delicado.
A narração em primeira pessoa mostrou-se acertada, esta ferramenta quando bem utilizada aproxima o leitor dos personagens; faz ver a história com o olhar do protagonista criando um vínculo, tornando tudo próximo e real.
Um livro que fala de relacionamento pai e filho, de amizade, esperança e inocência. Uma narrativa detalhada, sem ser cansativa, e ao mesmo tempo cativante e criativa.
                                     
                                         



A edição é linda, todas as ilustrações têm relação com o enredo e as páginas são aquelas queridinhas amarelas que conferem conforto visual.
                                                    
                        



Recomendadíssimo.


Abraços Literários e até a próxima.