Um dos melhores filmes de sci-fi
da década.
Uma investigação linguistica, matemática,
física e psicanalítica.
Sinopse- Louise, uma linguista especializada, é chamada
para decodificar sinais alienígenas deixados por extraterrestres na Terra e descobrir
se são ou não de uma ameaça. As respostas, no entanto, podem colocar em risco a
vida de Louise e a existência da humanidade.
Com direção de Denis Villeneuve, de “Incêndios” e “O Homem
Duplicado”, A Chegada, uma narrativa
sobre uma invasão alienígena nos presenteia com um “cinemão”.
Baseado no premiado conto Story of your
life [História de Sua Vida, em tradução livre] do escritor americano Ted
Chiang, A Chegada mostra a odisséia da linguista Louise (Amy Adams, que eu não entendi
até agora porque não foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz 2017) e do físico Ian (Jeremy Renner) para se comunicarem
com uma espécie alienígena que pousa naves em doze pontos da Terra.
(Olha o meu exemplar, foi uma história à parte conseguir ler antes
de assistir o filme e só tinha com essa capa, fazer o que “né”?)
Louise que já trabalhou para as Forças Armadas dos EUA é
convocada junto com Ian pelo Coronel
Weber (Forest Whitaker) para a difícil tarefa de codificar os contatos.
Na aventura em decifrar os sinais a história de Louise e
Ian se constrói de forma fascinante.
Assim como Sandra Bullock, em “Gravidade” há um paralelo de
Louise com sua própria vida e ela procura a sobrevivência que está ao seu
alcance diante de um universo desconhecido não se chocando e sim desenvolvendo
uma história de entendimento de questões existenciais.
O roteiro de Eric Heisserer é perfeito e ele foi
muito cuidadoso ao adaptar o livro inserindo-o em duas horas feitas de
sutilezas como se fosse uma obra de arte, surreal, onde o centro é a família,
perfeitamente estruturado nas memórias e o tempo atual , com montagem e edição requintadas
sem deixar de lado os sons catalisadores
de emoções utilizados com maestria.
Ao mesmo passo em que o mistério cresce ele vai se
dissolvendo, não subestimando o espectador, faz com ele reflita com a percepção
sobre o mundo e as situações extremas, trabalhando com a tensão numa narrativa
muito bem contada.
Fotografia e efeitos visuais sem exageros, na medida exata.
Filme lindo em todos os níveis, daqueles que
a gente leva junto quando termina.
Não é um sci-fi catástrofe de invasão alienígena, é mais
sobre a linearidade do tempo no espaço com uma pegada “Interestelar”.
Na imersão nossa protagonista sofre o
relativismo linguístico, como se sua mente e modo de ver o mundo se adaptasse à
nova língua e a partir desse ponto questionamos a noção de tempo e percebemos
que essas ideias já estavam lá desde a introdução, cortes do filme e as
memórias de Louise.
A noção de tempo talvez seja um dos conceitos mais
explorados na ficção, tanto na literatura como no cinema.
A Chegada possui e nos presenteia com inesgotável fonte de
assuntos e inúmeras possibilidades de análises psicológicas e metafísicas
conduzindo pelo espaço e pelo tempo numa trajetória pessoal que leva a um plano
maior.
É o ser humano sendo mais humano.
Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é
um imenso prazer para eu dividir um planeta e uma época com você. ”
(Citação do astrofísico Carl Sagan sobre a noção de tempo e
espaço).
Ameeeei
e super recomendo se vc gosta de ficção científica.
À la
Lari , a fofíssima e lindona da Lari, autora do Dramalhama,
colunista do blog bacanérrimo Gnoma Leitora, da linda da Alice, de um a
cinco, leva quatro lindos fofiiiiinhos alienzinhos de avaliação.
Abraços
Literários e até a próxima.