Sinopse- Luiz
Ruffato, lugar de destaque na moderna narrativa brasileira, opera
em Estive em Lisboa e lembrei de você um pequeno milagre
narrativo, criando uma história ao mesmo tempo densa e veloz a
partir das marcas linguísticas presentes na fala de seu
personagem-narrador.
Na primeira parte da história, transcorrida no Brasil, acompanhamos Serginho em um malfadado casamento na sequência de uma gravidez indesejada. A partir daí casamento, emprego e a própria vontade de viver entram em perigoso colapso.
Até que alguém saca a panaceia redentora: Portugal. Lá, corre a lenda, é possível um trabalhador dedicado recompor a vida e fazer um belo pé de meia antes de retornar à terra natal. É hora, pois, de Serginho dar as costas à sua Cataguases, cortada pelo rio Pomba, em cujas águas o autor parece ter se inspirado para construir uma prosa de fluxo forte intercalado por rápidos e iluminadores flashbacks.
Na primeira parte da história, transcorrida no Brasil, acompanhamos Serginho em um malfadado casamento na sequência de uma gravidez indesejada. A partir daí casamento, emprego e a própria vontade de viver entram em perigoso colapso.
Até que alguém saca a panaceia redentora: Portugal. Lá, corre a lenda, é possível um trabalhador dedicado recompor a vida e fazer um belo pé de meia antes de retornar à terra natal. É hora, pois, de Serginho dar as costas à sua Cataguases, cortada pelo rio Pomba, em cujas águas o autor parece ter se inspirado para construir uma prosa de fluxo forte intercalado por rápidos e iluminadores flashbacks.
Livríneo da
série Amores Expressos, da Companhia das Letras,
que reúne histórias de amor vividas em diferentes cidades do mundo,
Estive em Lisboa e lembrei de você conta a história de um
homem simples que deixa o interior da Minas Gerais para tentar a vida
em Lisboa.
Na obra a história
é boa, mas a maneira que o autor Luiz Ruffato escolheu para a
narrativa, sem respeitar a pontuação, torna a leitura um pouco
cansativa.
Já na adaptação
a narrativa é apaixonante!
Uma coprodução
entre Brasil e Portugal, o filme com direção de José Barahona,
mais que uma adaptação é uma interpretação com elementos
poéticos que unem as duas cidades e as histórias de maneira
bastante interessante, respeitando e guardando aspectos de origem do
documentarista.
Dividido entre as
partes brasileira (essa mais curtinha onde o protagonista
conhece, se apaixona e se casa no melhor estilo macarrão
instantâneo, e se separa) e portuguesa (essa muitíssimo bem
realizada e conduzida) tratando da realidade de milhares de
brasileiros que deixam o país sem planejamento, acreditando em uma
suposta vida mais fácil e próspera no exterior, mas que acabam se
deparando com situações semelhantes às que viviam.
Assim nosso
protagonista Serginho se torna um número na lista de imigrantes e
vivencia a realidade dos estrangeiros.
São essas histórias
que se cruzam na luta do dia a dia que faz com que tenhamos dimensão
da falta que faz um lar para chamar de seu.
Ambas cidades nos
proporcionam paisagens encantadoras e vale muito a pena a
maneira sensível e reflexiva com o qual o mote faz as
considerações sobre o sonho do sucesso lá fora que pode não
se realizar.
E quer saber???? Tudo bem se não
acontecer!
Abraços Literários
e até a próxima.