Do conceituado diretor
Robert Zemeckis, cineasta apaixonado por tecnologia, com uma filmografia
diversa que vai de inserções de atores em notícias clássicas (Forrest Gump), captura de movimentos (O Expresso Polar) e 3D
para desafiar a vertigem do público (A Travessia), passando pela saga De Volta
para o Futuro e Náufrago, entre outros, “Aliados” protagonizado por Marion Cotillard e Brad
Pitt virou assunto antes mesmo de sua estreia, já que Marion foi apontada
como pivô da separação de Pitt e Angelina Jolie.
Ela (divaaaa), contudo, negou os boatos
e espera o segundo filho do diretor e ator Guillaume Canet.
Aqui Zemeckis trabalhou à moda antiga, trazendo Brad Pitt
como um tenente-coronel franco-canadense e Marion Cotillard como uma agente da
resistência francesa que se unem para uma missão durante a Segunda Guerra
Mundial num thriller de espionagem
envolto num estiloso romance pelo qual você se apaixona, se envolve e torce por
esse lindo casal noir.
A trama que se passa na década de 40 com figurinos luxuosos,
fotografia perfeita, rico cenário, aviões e nazis é tão saudosista que o início
é ambientado em Casablanca – uma
Casablanca que lembra muito aquela do filme de 1942 com Humphrey Bogart e
Ingrid Bergman.
Na primeira cena, Max (Pitt) desce de paraquedas nas dunas
alaranjadas do deserto marroquino e chega ao labirinto de paredes brancas da
cidade.
Lá, ele precisa fingir que é o marido de Marianne
(Cotillard), para realizarem a missão de ambos que é assassinar um poderoso
oficial alemão.
Repleto de cenas de ação, como na luta contra os nazis –
Brad já havia feito isso em Bastardos Inglórios.
Numa narrativa
elaborada, mistura de ação e emoção com precisão que te fisga, eles se
conectam facilmente, constroem uma relação, e claro se apaixonam. Afinal, um
casal que realiza atos explosivos juntos, permanece junto (digam olá para Sr
& Sra Smith hehehe).
Já fora de perigo, eles se casam, tem uma filhinha e uma
ótima relação, mesmo em meio à guerra.
Tudo muda quando ele recebe ordens superiores para
investigar a vida da esposa, suspeita de ser uma espiã nazista.
Ao perceber que ela pode não ser quem parece, Max entra
numa busca implacável por rastros do seu passado. E a tarefa vira sua
prioridade.
Zemeckis constrói a tensão através da personagem de
Marianne e cabe a Max descobrir a verdade, e ele o faz com obstinação
imperturbável de alguém cuja própria existência depende da resposta.
A trama tem várias reviravoltas, conforme ele obtém novas
informações, mas mantém o suspense sobre a identidade de Marianne até o fim.
Recomendadíssimo, principalmente se você gosta de filmes
ambientados na década de 40 com um Q de noir!
Abraços literários e até a próxima