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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Diversos Versos, Inversos e Reversos #34

                                                                                  

Primavera
Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Cada um de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.

Abraços Literários, beijos poéticos, flores para perfumar o caminho e até a próxima.




segunda-feira, 12 de junho de 2017

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #32- Dia dos Namorados



Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

(Vinicius de Moraes, Antologia Poética, pág 96 )
  

Abraços Literários, beijos poéticos e até a próxima.




sexta-feira, 14 de abril de 2017

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #31


Aceita um café?
Ele vai além do hábito da manhã, da energia extra e das horas incontáveis de trabalho.
O café também serve para confortar a alma e aquecer o espírito!


Estampa-se o sol em delicados raios
Sobre o mármore branco e liso da cozinha.
Suavemente me debruço e uma porta abro,
Recolho a chávena fina e o florido prato.
Ergo o meu braço e num voo livre,
No gesto de um armário desvendar,
Recolho o nobre pó de inebriante aroma.
Alongo a mão que a gaveta encontra,
E dela escolho, enfim, a colher mais bela,
Brilhante, pequena, com terno recorte.
Tudo coloco em ordem e harmonia:
O prato tranquilo e a expectante chávena,
Nesta, o torrado grão moído, de castanho intenso.
No açúcar rico, centro o meu cuidado,
A montanha branca transportando, pura,
Em bojuda prata que doce se inclina.
E luzem cristais em cascata linda!
Depois, a água borbulhante, quente,
A mistura inunda, dissolvendo-a
Em espirais de espuma que a colher adorna.
Café! Café! Precioso encanto!
Em dégagé devant te cumprimento,
Os meus braços lanço em acolhimento grato.
Da janela aberta me acerco então.
Tão bela é a vista que o Outono pinta no jardim!
Castanho da terra e verde das plantas unem-se
À água que brilha em bebedouro antigo.
Aspiro, feliz, da manhã tranquila, o seu odor
A quente café e à relva orvalhada.
Olho o céu e sorvo um gole, outro e outro.
E assim me quedo, por instantes longos.
Entre o prazer forte do café e a doçura da manhã
Mais um dia de vida se inicia!

(Ilona Bastos)



"O que poderia, nesse mundo, ser mais luxurioso do que um sofá, um livro e uma xícara de café?”
(Anthony Trollope)


Abraços Literários, beijos poéticos, café quentinho, um bom livro e até a próxima.



sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #30

                                                                                


Este espaço, intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado, porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau ou uma sala de aula;  devem estar ao nosso alcance sempre.
É  por isso que convidamos você, nesse mês de dezembro,  a embarcar com a gente nesse poema de Fernando Pessoa sobre o Natal!
Fernando Antônio Nogueira Pessoa (Lisboa-1888/1935), poeta, escritor, publicitário, crítico literário, inventor, empresário, tradutor, filósofo e comentarista político.
Alguns de seus heterônimos conhecidos e igualmente espetaculares são Alberto Caeiro, Álvaro Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares.

Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.


Natal
Fernando Pessoa

O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.

Por mais que me tanjas perto
Quando passo sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.


Abraços Literários, beijos poéticos e até a próxima.



terça-feira, 4 de outubro de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #29

                                                                                    

Este espaço, intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado, porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau ou uma sala de aula;  devem estar ao nosso alcance sempre.
É  por isso que convidamos você, hoje, 04 de outubro, Dia do Cão,  a embarcar com a gente nesse divertido texto  que escolhemos para homenagear  nossos canitos (assim como no do Dia do Gato,  celebramos a companhia da Ágata, vcs conferem aqui),.
Parabéns Lana Maria, seus bebezudos, irmãos, priminho, aumiguinhos e todos os cães do mundo!

Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.

No dia 04 de outubro, data em que se comemora o Dia do Cão, também é celebrado o Dia Mundial dos Animais.
“Chegará o dia em que os homens conhecerão a alma dos animais e, nesse dia, um crime contra um animal, será considerado um crime contra a humanidade”.
(Leonardo Da Vinci)
Tudo começou em Florença, Itália,  em 1931, em uma convenção de ecologistas.
Neste dia, a vida animal em todas as suas formas é celebrada, e eventos especiais são planejados em locais por todo o mundo.
04 de outubro foi a data escolhida porque é o dia da festa de São Francisco de Assis, patrono da natureza, padroeiro dos animais e do meio ambiente.




Somos loucos por cachorro.
Algumas pessoas são a favor das baleias.
Outras, das árvores.
Nós gostamos mesmo é de cachorro.

Os grandes e os pequenos.
Os de guarda e os brincalhões.
Os de raça e os vira-latas.

Somos a favor dos passeios,
das corridas e travessuras,
de cavar, caçar, cheirar e brincar.

Somos a favor dos parques com cachorros,
de portas para cachorro.
E da vida de cão.

Se houvesse um feriado internacional
em que todos os cães
fossem reconhecidos por sua contribuição
para a qualidade de vida na Terra,
nós seríamos a favor também.

Porque somos loucos por cachorro.
(Comercial criado e muito difundido por uma marca de rações)

Aubraços Literários, beijos poéticos e até a próxima.



quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #28

                                                                                    



Este espaço, intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado, porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau ou uma sala de aula;  devem estar ao nosso alcance sempre.

É  por isso que convidamos vocês  a embarcarem  com a gente nesse lindo poema de Cecília Meirelesque escolhemos para celebrar a estação mais colorida, perfumada e florida do ano, a Primavera que chegará hoje as 11h21!

Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.

                                                                                   



Primavera
Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem na rotação da eternidade.
Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa”
Volume 1- pág. 366
Editora Nova Fronteira



Abraços Literários e beijos poéticos.


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #27

                                                                                    



Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,  porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos vocês a embarcarem com a gente nesse lindo poema de Roseana Murray, que escolhemos para desejar dias de agosto plenos de amor!


Luares de Agosto

Invento luares de agosto
e auroras boreais
invento as noites mais frias
invento as noites mais quentes
invento crisântemos transparentes
guirlandas de silêncios minerais
invento algas cristalinas
cavernas de cristais
invento o que só com amor
se pode inventar
o que já foi dito mil vezes
e que sempre se dirá

(Roseana Murray)



Beijos poéticos, enormes e abraços literários.


quarta-feira, 20 de julho de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #26

                                                                                 



Este espaço, intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado, porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau ou uma sala de aula;  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você, hoje, 20 de julho, a embarcar com a gente nesse lindo poema de Vinicius de Moraes.

Feliz Dia do Amigo <3!



Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes



Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.



Beijos poéticos, enormes e abraços literários.


domingo, 12 de junho de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #25

                                                                                  



Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.
É  por isso que convidamos você, hoje, 12 de junho,  a embarcar com a gente nesse lindo poema de Carlos Drummond de Andrade, que escolhemos para desejar muito amor nesse Dia dos Namorados <3!

Cada um de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.


As sem-razões do amor
Carlos Drummond de Andrade
 
Eu te amo  porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabe sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça e com amor não se paga.
Amor é dado de graça, é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários e a regulamentos vários.
Eu te amo porque te amo bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.




Beijos poéticos, enormes e abraços literários.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #24

                                                                                 


Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você a embarcar com a gente nesse lindo poema do príncipe dos poetas, Mário Quintana, que escolhemos para compartilhar nesse mês de maio.

Cada um de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.


Mãe
(Poema de Mário Quintana)

Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!


Beijos poéticos, enormes e abraços literários.


terça-feira, 19 de abril de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #23

                                                                                   



Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você, hoje,  a embarcar com a gente nesse lindo poema de Antonio Gonçalves Dias, intitulado Canção do Tamoio.

Se alguém conseguiu falar magistralmente do índio brasileiro, esse alguém foi Antonio Gonçalves Dias, poeta maranhense (Caxias a 10 de agosto de 1823 — Guimarães, 3 de novembro de 1864) que se orgulhava de ser filho de português com mulher cafuza. Tinha, portanto, sangue branco, negro e índio, a mescla étnica que domina a formação cultural brasileira.  Embora cantasse a bravura do índio, ele também lamentava o recolhimento físico e cultural do povo indígena.
Deixou muitas obras indianistas, dentro do romantismo que abraçou como conceito literário de sua época. Em homenagem ao Dia do Índio, que se comemora hoje, 19 de abril, publicamos um de seus poemas mais conhecidos.


Canção do Tamoio

I
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.

II
Um dia vivemos!
O homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.

III
O forte, o covarde
Seus feitos inveja
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves conselhos,
Curvadas as frontes,
Escutam-lhe a voz!

IV
Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

V
E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.

VI
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D’imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d’ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.

VII
E a mão nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!

VIII
Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranqüilo nos gestos,
Impávido, audaz.

IX
E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.

X
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.


Beijos poéticos, enormes e abraços literários.


terça-feira, 8 de março de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #22

                                                                                


Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.
É  por isso que convidamos você, hoje, 8 de março,  a embarcar com a gente nesse lindo poema de Cora Coralina,  que escolhemos para desejar neste Dia Internacional da Mulher e em todos os outros dias, Parabéns mulheres!
Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.


Eu sou aquela mulher
(Cora Coralina)

Eu sou aquela mulher
a quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida e não desistir da luta.
Recomeçar na derrota e renunciar as palavras e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos e ser otimista
Creio na força iminente, numa corrente luminosa de fraternidade universal.
Creio na solidariedade, na suspensão dos erros e angústias do presente.
Aprendi que mais vale lutar do que recolher tudo fácil
Antes acreditar do que duvidar.



Abraços Literários e beijos poéticos.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #21

                                                                             



Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você, hoje,  a embarcar com a gente nesse adorável crônica de Carlos Drummond de Andrade, que escolhemos para homenagear nossa amadíssima Agatha, a gatinha mais gatíssima  e todos os seus amiguinhos felinos gatitas e  gatitos, no dia do gato.

                                                                             



Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.

Mas quando se comemora o dia do gato????
Na Itália, uma organização de defesa animal, escolheu o dia 17 de fevereiro como sendo o dia mundial do Gato.
Já a IFAW (Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal) definiu o dia 08 de agosto como o Internation Cat-Day.
Então ficamos assim, o dia 17 de fevereiro é o Dia Mundial do gato, o dia 8 de agosto é  o Dia Internacional do Gato, e  para nós todo dia é dia de gato =^.^=  ;) <3 !!!!!

                                                                               

"Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de suplemento de informação. Livros e papéis, beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual.”

                                             ( Carlos Drummond de Andrade)



 Miaus Literários!



sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #20

                                                                                  



Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre!

É  por isso que convidamos você, hoje, no 1º dia de 2016,  a embarcar com a gente nesse lindo poema de Carlos Drummond de Andrade, que escolhemos para desejar a todos, um Feliz Ano Novo!

Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.

                                                                                  



Fatiando o tempo
Carlos Drummond de Andrade

“Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui pra adiante vai ser diferente…

… para você,
desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.

Para você,
desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.

Para você neste novo ano,
desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
que sua família esteja mais unida,
que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe
desejar tantas coisas
mas nada seria suficiente…
Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada
minuto, rumo a sua felicidade!!!”


Beijos poéticos, enormes e abraços literários.



                                                            

domingo, 4 de outubro de 2015

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #18



 Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você, hoje a embarcar com a gente nessa linda oração, que com a devida licença poética, é uma doçura em forma de poesia,  que escolhemos para desejar neste Dia  Mundial dos Animas  e em todos os outros dias, paz, amor, esperança, fé, união e alegria!

Antes vamos conhecer um poquitito da vida do santinho padroeiro dos animalitos!

                                                                                 


São Francisco de Assis
04 de outubro

Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 1181 ou 1182 – 3 de outubro de 1226), foi um famoso frade e santo católico da Itália. Depois de uma juventude mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo.
Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo estavam mais ligados aos mosteiros rurais, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando a vida de Cristo; desenvolveu uma profunda identificação com os seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo.
Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação, quando se dedicou aos mais pobres e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos.
Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
Dante Alighieri, disse que ele foi uma “luz que brilhou sobre o mundo” e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus.
Sua vida e sua mensagem deram origem a inúmeras representações na arte, na pesquisa acadêmica, nos aspectos políticos de sua atuação e em seu misticismo pessoal.
Sua posição como um dos grandes santos da Cristandade se firmou quando ele ainda era vivo e permanece inabalada até os dias de hoje.
Foi canonizado pela Igreja Católica menos de dois anos após falecer, em 1228, e por seu apreço à natureza é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente.


Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.


Senhor!

Faça de mim um instrumento da tua paz!
onde houver ódio,
que eu leve o amor
onde houver ofensa
que eu leve o perdão,
onde houver discórdia
que eu leve a união,
onde houver dúvidas
que eu leve a fé,
onde houver erros
que eu leve a verdade,
onde houver desespero
que eu leve a esperança,
onde houver tristeza
que leve a alegria,
onde houver trevas
que eu leve a luz!

Ó Mestre! Faça que eu procure mais
Consolar, que ser consolado,
Compreender que ser compreendido,
Amar que ser amado...

Pois:
É dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se nasce para a Vida Eterna.


Beijos poéticos e abraços literários!
Até a próxima.




quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #17




Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau ou a  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você,  nesse comecinho de setembro, mês das flores, das cores e dos aromas, mês em que temos início a Primavera,  a embarcar com a gente nesse que é um dos nossos poemas preferidos de Cecília Meireles, lindo poema, que encanta e emociona,  que escolhemos para desejar uma Primavera repleta de flores e amores!


Primavera
Cecília Meireles

A Primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do Sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma Primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a Primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há esta Primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade.
Saudemos a Primavera, dona da vida — e efêmera.

Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1”.
 Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.


Beijos poéticos, enormes e abraços literários.



quinta-feira, 30 de julho de 2015

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #16

                                                                                     
                                                      


Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você  a embarcar com a gente nesse lindo poema de Ana Jácomo, que escolhemos para desejar seu caminho seja abençoado com risonhas surpresas!
Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.


Abençoadas sejam as surpresas risonhas do caminho.
As belezas que se mostram sem fazer suspense.
As afeições compartilhadas sem esforço.
Às vezes em que a vida nos tira pra dançar sem nos dar tempo de recusar o convite.
As maravilhas todas da natureza, sempre surpreendentes, à espera da nossa entrega apreciativa.
A compreensão que floresce, clara e mansa, quando os olhos que veem são da bondade.

(Ana Jácomo)


Beijos poéticos, enormes e abraços literários.









quinta-feira, 23 de abril de 2015

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #15

                                                                                   


Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você, hoje, 23 de Abril,  a embarcar com a gente nesse lindo poema de Millôr Fernandes, que escolhemos para desejar neste Dia Internacional do Livro e em todos os outros dias, Parabéns para nós leitores!

Cada um de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe!



No novo milênio, anuncia-se um revolucionário conceito de tecnologia de informação, chamado de Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas - L.I.V.R.O.
Ele representa um avanço fantástico na tecnologia.
Não tem fios, circuitos elétricos, pilhas. Não necessita ser conectado a nada nem ligado.
É tão fácil de usar que até uma criança pode operá-lo. Basta abri-lo!
Cada L.I.V.R.O. é formado por uma seqüência de páginas numeradas, feitas de papel reciclável e são capazes de conter milhares de informações. As páginas são unidas por um sistema chamado lombada, que as mantém automaticamente em sua seqüência correta.
Através do uso intensivo do recurso TPA - Tecnologia do Papel Opaco - permite que os fabricantes usem as duas faces da folha de papel. Isso possibilita duplicar a quantidade de dados inseridos e reduzir os seus custos pela metade! Especialistas se dividem quanto aos projetos de expansão da inserção de dados em cada unidade. É que, para se fazer L.I.V.R.O.s  com mais informações, basta se usar mais páginas. Isso, porém, os torna mais grossos e mais difíceis de serem transportados, fato que atrai críticas dos adeptos da portabilidade do sistema.
Cada página do L.I.V.R.O. deve ser escaneada opticamente, e as informações transferidas diretamente para a CPU do usuário, em seu cérebro. Lembramos que quanto maior e mais complexa a informação a ser transmitida, maior deverá ser a capacidade de processamento do usuário.
Outra vantagem do sistema é que, quando em uso, um simples movimento de dedo permite o acesso instantâneo à próxima pagina. O L.I.V.R.O. pode ser rapidamente retomado a qualquer momento, basta abri-lo. Ele nunca apresenta "ERRO GERAL DE PROTEÇÃO”, nem precisa ser reiniciado, embora se torne inútil caso caia no mar, por exemplo.
O comando "broxe”  permite acessar qualquer página instantaneamente e avançar ou retroceder com muita facilidade. A maioria dos modelos à venda vem com o equipamento índice instalado, o qual indica a localização exata de grupos de dados selecionados.
Um acessório opcional, o marca-páginas, permite que você acesse o L.I.V.R.O. exatamente no local em que o deixou na
última utilização, mesmo que ele esteja fechado.
A compatibilidade dos marcadores de página é total e permite que funcionem em qualquer modelo ou marca de L.I.V.R.O. ,
sem necessidade de configuração.
Além disso, qualquer L.I.V.R.O. suporta o uso simultâneo de vários marcadores de página, caso seu usuário deseje manter selecionados vários trechos ao mesmo tempo. A capacidade máxima para uso de marcadores coincide com o número de páginas.
Pode-se ainda personalizar o conteúdo do L.I.V.R.O., através de anotações em suas margens. Para tanto, deve-se utilizar de um periférico de Linguagem Apagável Portátil de Intercomunicação Simplificada - L.A.P.I.S.
Portátil, durável e barato, o L.I.V.R.O. é apontado como o instrumento de entretenimento e cultura do futuro. Milhares de programadores desse sistema disponibilizaram vários títulos e upgrades para a utilização na plataforma L.I.V.R.O.

Autor: Millôr Fernandes



Abraços Literários, beijos poéticos e até a próxima.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #14

                                                                                 


Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você,  a embarcar com a gente nesse Carnaval revivendo uma das antigas marchinhas, conhecida e popular  composição de Noel Rosa, Pierrô Apaixonado.
Afinal, poesia também pode e deve ser cantada não é mesmo ???????

Marcha de Carnaval, também conhecida como "marchinha de carnaval”, é um gênero de música popular que foi predominante no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60 do século XX.
O criador das marchinhas foi Gabriel Soares, altura em que começou a ser substituída pelo samba enredo em razão de que as escolas de samba não queriam pagar os altos preços cobrados pelos compositores musicais. No entanto, no Rio de Janeiro e em diversas cidades do Brasil, as centenas de blocos carnavalescos que anualmente desfilam durante o carnaval continuam, a cada ano, lançando novas marchinhas e revivendo as antigas.

Cada um de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.

Pierrô Apaixonado

Um pierrô apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando.

A colombina entrou num botequim
Bebeu, bebeu, saiu assim, assim
Dizendo: pierrô cacete
Vai tomar sorvete com o arlequim.

Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrô aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim.

Um pierrô apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando.

A colombina entrou num botequim
Bebeu, bebeu, saiu assim, assim
Dizendo: pierrô cacete
Vai tomar sorvete com o arlequim.

Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrô aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim.



E VC leitor  qual sua marchinha de Carnaval preferida ????

Abraços Literários e beijos poéticos.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #13

                                                                       



Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos  encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
Cada um de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.
É  por isso que convidamos VC, hoje, 1º dia do ano,  a embarcar com a gente nesse lindo poema de Carlos Drummond de Andrade, que escolhemos para desejar a todos nossos leitores um Feliz Ano Novo!


Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

(Carlos Drummond de Andrade)


O Blog e site Café com Leitura na Rede deseja a todos os leitores  um Feliz 2015!


Beijos poéticos, enormes, e abraços literários.