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segunda-feira, 30 de abril de 2018

A Mulher na Janela-


                                                                              


Sinopse: Anna Fox mora sozinha na casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo filmes antigos, conversando com estranhos na internet e…. espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo começar a ruir.
Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? Neste thriller viciante, ninguém – e nada – é o que parece.  

Vocês se lembraram de A Garota no trem?????? Que tem uma protagonista cujas memórias estão comprometidas e, por isso, há dúvidas em relação a ter ou não testemunhado um crime?
O thriller psicológico sempre fez muito sucesso e A Mulher na Janela da editora Arqueiro é o bonito da vez.
Confunde o leitor como um quebra-cabeças onde nenhuma peça se encaixa ali com perfeição ou um labirinto onde percorremos os caminhos errados. Tudo o que você acredita ser verdade não é.
Narrada de maneira ágil pela protagonista Anna, que por conta de uma fobia fica presa em casa, nos apresenta sua rotina diária: bisbilhotar a vida alheia.
Quando uma família se muda para a casa em frente a sua, ela fica obcecada por eles até testemunhar algo que a deixa transtornada.
Porém, seu maior desafio será diferenciar realidade da imaginação: só assim ela poderá convencer os outros sobre o que ela viu.

Vocês se lembram de Janela Indiscreta?????
A Mulher na Janela é uma homenagem aos filmes da metade do século XX e o livro é recheado de referências e citações de algumas das principais obras do cinema.
O autor soube muito bem mesclar o caráter introspectivo do livro com os elementos externos à personagem tornando fácil visualizar as cenas, como se estivesse assistindo a um filme e compartilhar com a protagonista seus sentimentos e sensações deixando claro suas limitações de saúde e problemas com bebida, cenário perfeito para lançar as perguntas: Aconteceu mesmo algo? E, se aconteceu, de quem é a culpa?
A partir daí, enquanto desfazemos nós e buscamos identificar o que é verdade e o que não passa de imaginação de uma mente perturbada, a leitura se torna viciante!
Os personagens secundários cumprem bem seus papéis de complicadores do mistério.
Nada do que é colocado na narrativa é por acaso, tudo tem um propósito para conectar acontecimentos entre si e apresentar camadas interpretativas à leitura.
O único senão que eu faria são alguns flashbacks um tiquinho longos :p

O leitor consegue desvendar os mistérios antes deles serem revelados, mas isso não retira o mérito da obra nem diminui o prazer de ter passado horas procurando por pistas.
As últimas cinquenta páginas são eletrizantes e o plot twist final foi surpreendente.

A.J. Finn, formado em Oxford, é ex-crítico literário e já escreveu para o Los Angeles Times, The Washington Post e The Times Literary Supplement. A Mulher Na Janela, seu primeiro romance, foi vendido para 36 países e está sendo adaptado para as telonas pela 20th Century Fox.

Abraços Literários e até a próxima.



sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Em Águas Sombrias-

                                                                              


Sinopse: Nos dias que antecederam sua morte, Nel ligou para a irmã. Jules não atendeu o telefone e simplesmente ignorou seu apelo por ajuda. Agora Nel está morta. Dizem que ela se suicidou. E Jules foi obrigada a voltar ao único lugar do qual achou que havia escapado para cuidar da filha adolescente que a irmã deixou. Mas Jules está com um medo visceral. De seu passado há muito enterrado, da velha Casa do Moinho, de saber que Nel jamais teria se jogado para a morte.
E, acima de tudo, ela está com medo do rio, e do trecho que todos chamam de Poço dos Afogamentos…
Uma mulher aparece morta no rio que atravessa Beckford, uma cidadezinha no interior da Inglaterra. Os mistérios ao redor da sua morte vão além do esperado e envolvem diversos moradores daquele lugar. Há quem diga que ela se matou, há quem diga que foi assassinada; as respostas envolvem seu passado conturbado. Esse rio já levou a vida de muitas mulheres ao longo dos anos, desde a época da caça às bruxas, e sua história é o palco principal da investigação dessa horrenda morte.
Ela acordou no meio da noite, foi até o rio e nunca mais voltou.


Quem gostou de A Garota no Trem, conhece o universo de suspense que a autora cria tão bem e provavelmente deve ter ficado com as expectativas lá nas alturas com relação a Em Águas Sombrias.
Aqui Paula Hawkins apresenta as histórias com bastanteeeee calma (e de maneira cansativa), interligando as tragédias, conectando passados e justificando o presente de cada um conduzindo o suspense do início ao fim a respeito do que é crime e do que é suicídio, mas sem prender a atenção do leitor.
Esse livro é sobre mulheres que foram afetadas por olhares, pela pressão e julgamento das pessoas à sua volta. Das que foram afogadas condenadas por bruxaria até aquelas que nos dias atuais encontraram as respostas finais para o sofrimento em águas sombrias - independente de terem sido empurradas ou terem se jogado.
Beckford é uma cidade cercada por extenso rio, que não nasce nem morre nas redondezas, mas que
é um personagem importante, já que invariavelmente se faz presente e é ao seu redor que se desenrolam as subtramas.
No passado, condenada e deixada para se afogar naquelas águas por conta de seus conhecimentos sobre ervas e cura, Libby não escolheu seu destino, mas outras mulheres mergulharam naquelas águas por vontade própria fazendo com que o lugar ficasse conhecido como Poço dos Afogamentos.
Nel Abbott sempre teve fascínio pela água, em especial por aquele trecho abaixo do penhasco, cujas histórias que o cercavam a atraiam como imã. Fosse verão ou inverno, todos os dias ela nadava ali.
Ela nasceu e cresceu na casa do moinho com seus pais e sua irmã mais nova, Jules, e pra lá retornou depois de adulta para colocar em andamento seu projeto chamado Poço dos Afogamentos que reunia fotos, relatos sobre as mortes e tudo o mais que ela pudesse apresentar sobre o local.
Mas o projeto nunca foi concluído já que ela, aparentemente, se rendeu ao encanto do local e se jogou do penhasco.
Os fatos obrigam Jules à retornar para a cidade, local que ela detesta.
Além de acompanhar as investigações da polícia, se tornou a responsável legal de Lena, a sobrinha que ela não conhecia, uma jovem de 15 anos.

Não há muito o que contar sem tirar a surpresa de quem vai ler.
Em Águas Sombrias é um thriller que tenta confundir de todas a formas, mas sendo sincera é um livro desconexo.
A narrativa em primeira e em terceira pessoa é feita através de dez personagens diferentes, interligados e envolvidos de alguma maneira no caso, além de trechos do livro que estava sendo escrito por Nel.
Assim é possível ver determinada situação por diferentes ângulos e descobrir o significado atribuído a cada pessoa em torno de uma mesma situação.
Já nos primeiros capítulos todos demonstram que sabiam mais do que estavam dispostos a contar.
Mesmo com tantas personagens, penso em Jules como a protagonista já que em vários momentos da narrativa ela tem "conversas internas" com a irmã contando aos leitores sobre a infância delas e sobre fatos que influenciaram diretamente na relação das duas.
Os personagens e suas tramas até que foram bem construídos e a autora aprofundou questões individuais de alguns narradores, entretanto não o suficiente para criar empatia.
Os capítulos curtos proporcionaram uma leitura dinâmica, mas a história é relativamente fraca.
O ar sobrenatural não foi bem utilizado, o local se limita a ser um local para se livrar de mulheres “encrenqueiras”.
A autora tenta colocar uma pegada de feminismo na narrativa, mas não funcionou.
Aliás outra coisa que não funcionou de maneira alguma foram os relacionamentos interpessoais.
O motivo dos assassinatos e quem matou quem se torna óbvio na metade do livro.
A trama só consegue mesmo deslanchar quase no final quando finalmente passa a alinhavar as pontas soltas.

Eu sou de thrillers investigativos, suspense, histórias de mistério e tudo oque envolve esse universo e esse livro não cria o ar de tensão que faz roer as unhas de ansiedade para descobrir o que está acontecendo e é um pouco cansativo já que demora para prender a atenção.
Então sim, eu esperava muito mais. 
Ponto positivo é a diagramação que está linda, tem letras confortáveis, assim como os espaçamentos e margens, as folhas amareladas que proporcionam conforto visual e não encontrei nenhum erro de revisão.
P
ena que o que Paula Hawkins conquistou com A Garota no Trem, ela desperdiçou com Em Águas Sombrias.
Como sempre digo, cada um deve ter sua própria opinião a respeito, já que o que um ama outro pode detestar.
Se você gosta de suspense, é fã da autora e quer uma leitura descompromissada Em Águas Sombrias é uma leitura rápida e até pode ser uma experiencia interessante, desde que não crie expectativas.

Abraços Literários e até a próxima.



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

O Sorriso da Hiena-

                                                                                 


Inicialmente uma publicação indie do autor nacional Gustavo Ávila, o livro agora lançado pela Verus, tem uma narrativa eletrizante começando com uma cena de assassinato complexa e intrigante.

Sinopse- Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitável psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana. Porém, a proposta feita pelo misterioso David coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral.
Até onde ele será capaz de ir? É possível justificar um ato de crueldade quando, por trás dele, há a intenção de fazer o bem?


William, um renomado psicólogo infantil, cuja tese de doutorado (que nunca saiu da teoria) que  o tornou famoso,  estuda  a relevância dos eventos violentos na vida de uma criança.

David, um serial killer, que assistiu o assassinato dos pais quando tinha oito anos, e agora repete com outras famílias o que foi feito com a dele com o objetivo de descobrir se elas se tornarão pessoas de bem ou se cometerão crimes bárbaros como ele.
Ele se tornaria o que é  sem nenhuma relação com o que aconteceu?
Ou o que aconteceu influenciou seu comportamento e personalidade?

Artur, o investigador que foi  designado a desvendar o crime de uma criança obrigada a assistir o assassinato dos pais.
À medida que outros assassinatos iguais acontecem, então precisa correr contra o tempo para desvendar a identidade do assassino. 
Famoso por seus feitos e pelo seu jeito peculiar devido a síndrome de Asperger (estado do espectro autista com maior adaptação funcional, pessoas com esta síndrome são socialmente inábeis e possuem interesses obsessivos em certos assuntos, no caso dele é a obsessão por romances policiais) inteligente demais e sociável de menos, é sem dúvida o melhor personagem do livro.

Bete, policial amiga de Artur, que também está investigando o caso, consegue uma pista: as famílias das vítimas recebiam rosas brancas após os crimes.

William, devido a sua experiência, é indicado para ajudar a polícia na captura do criminoso.
Mas  a polícia não é a única interessada na aptidão do psicólogo.
O responsável pelo crime ocorrido e por outros que se seguirão também entra em contato com ele fazendo uma proposta:  vai repetir com cinco crianças o que aconteceu com ele, e “dará” a William “material” para analisar,  acompanhar o crescimento delas e verá o tipo de impacto isso causará.

“A proposta de David era cruel e ele nunca havia imaginado compactuar com algo assim, mas  não conseguia deixar de pensar que poderia realmente tirar algo de bom disso. Se ele iria continuar matando,  por que não usar o mal para fazer o bem?”

A trama é perturbadora, levanta questões morais, expõe de maneira crua a maldade humana e você se questiona o tempo todo sobre as decisões que os personagens tomam.

“ Eu não quero fazer um curativo no dedo, eu quero…tirar o corte da faca.”

O Sorriso da Hiena é  uma mistura de gênero policial investigativo com thriller psicológico, instigante com muita coisa acontecendo bem rápido.

O livro é bom e eu gostei, a escrita do autor é fluída e quando vc começa ler não consegue parar até terminar, mas tem furos no roteiro que não passa despercebido num thriller investigativo.
Como uma policial vai sozinha até a casa do suspeito?
Porque testemunhas que poderiam descrever  o assassino não são interrogadas?
Parte-se do pressuposto da constante, mas porque  o estudo das variantes não é levada em consideração?
Algumas pistas são bem óbvias, como por exemplo, como o William chega até uma das crianças que teve os pais assassinados antes da polícia saber do crime?

O final do livro pode não agradar a todos, mas não há como negar que se vista por uma perspectiva imparcial o desfecho estava lá desde o início, afinal não conseguir discernir entre o bem e o mal, é no mínimo um sério problema de conduta.

A Globo comprou os direitos de adaptação então vem por aí um filme ou uma série.

Abraços Literários e até a próxima.




quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Caixa de Pássaros-

                                                                                  


Sinopse:  Caixa de pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor sem fôlego.
Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento  que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas.
Quatro anos depois de tudo ter começado, restaram poucos sobreviventes, incluindo Malorie e seus dois filhos pequenos. Morando numa casa abandonada próxima ao rio, ela sonha há tempos em fugir para um local onde sua família possa ficar em segurança. Mas a jornada que têm pela frente será assustadora: 32 quilômetros rio abaixo em um barco a remo, vendados, contando apenas com a inteligência de Malorie e os ouvidos treinados das crianças. Uma decisão errada e eles morrem.
E ainda há alguma coisa os seguindo. Será que é um homem, um animal ou uma criatura desconhecida?


Caixa de Pássaros é o romance de estreia de Josh Malerman, que apresenta a pergunta que não quer calar: "O que te dá medo?".
O verdadeiro terror que o autor explora é o medo do desconhecido, do que não vemos, mas  está lá e assombra. Não é um livro de  ação nem “sangue”, mas o clima de terror psicológico está lá incutido  do início ao fim e se infiltra pelas beiradas, assombrando com barulhos e sensações.
A história narrada em terceira pessoa acompanha nossa protagonista Malorie no presente e há quatro anos,  quando os surtos tiveram início.
Os capítulos são alternados entre dois tempos da narrativa e em determinado momento convergem para o final.
É interessante como o autor explorou a narrativa alternada entre passado e presente, pois já sabemos, de certa forma, o que vai acontecer, e nem por isso o suspense é quebrado.
Tudo começa com rumores, um incidente aqui e outro ali, que parecem casos isolados, mas  começam a se espalhar por vários pontos do planeta.
 Alguém tem um acesso de loucura, ataca quem estiver próximo e depois se mata.
E aparentemente o surto começa quando a pessoa vê alguma coisa. 
Ninguém sabe dizer o quê, afinal quem viu está morto agora.

                                                                                  


“Não abra os olhos.”

Ninguém mais sai de casa e todos cobrem janelas com lençóis escuros e tábuas.
As autoridades somem; TV e internet não funcionam;  não há luz nem telefone.
E há escuridão. Não há mais como sair sem estar vendado ou de olhos bem fechados. Não há mais como viver sem medo de abrí-los e ver algo que não deveria.
O que seriam estas coisas que traziam loucura para quem os olhasse?

Misturando suspense psicológico e drama o autor nos mostra as facetas dos personagens, e como a ruína do mundo exterior os  afeta.
A tensão  não se deve apenas ao medo do que está lá fora, mas o medo da fome, da insanidade se infiltrando aos poucos na mente de cada um deles.

"Ela imagina a casa como se fosse uma grande caixa. Quer sair daquela caixa [...]  O mundo está confinado à mesma caixa de papelão que abriga os pássaros lá fora.”

A narrativa tem um bom desenvolvimento assim como a construção dos personagens.
O leitor se sente preso àquela caixa de pássaros, vendado, e angustiado por não poder ver e se debatendo para entender.

“O homem é a criatura que ele teme.”

Há quem diga que a narrativa tem a pegada das  obras de J-Horror, um estilo de obras de terror da cultura popular japonesa, célebres por suas temáticas e tratamento característico do gênero priorizando o terror psicológico e a construção de tensão  por antecipação. Não acho que  seja do gênero J-Horror.
Há quem diga que lembra a memorável obra-de-arte Os Pássaros de Alfred Hitchcock. 
Onde resumidamente temos a protagonista Melanie  chegando a uma ilha chamada Bodega Bay  quando é inexplicavelmente atacada por uma gaivota.
 Inesperadamente, milhares de pássaros aparecem na cidade numa terrível série de ataques. Logo os personagens  estão lutando por suas vidas contra uma força mortal que não pode ser explicada nem detida, num dos filmes mais horripilantes de natureza sem controle da história de Hollywood.
Não acho que lembre o filme, lá sabemos que quem ataca são “Os Pássaros”.

É preciso se conectar com a narrativa,  ter em mente que os personagens, principalmente Malorie,  que conduz a história, não sabe o que está acontecendo.
Esse terror que se esgueira, que espreita, que ameaça de forma indireta foi  mais aterrorizante do que algo explícito.

É um livro que explora o medo de uma forma visceral expondo o que há de mais primitivo no ser humano. 
Você lê de uma sentada não consegue largar a leitura ansiosa pelo desfecho.
Masssssssss se você gosta de livros com finais redondinhos e que não deixam pontas soltas,  talvez esse livro não seja para você.
Vai ter adaptação na Netflix com Sandra Bullock como protagonista.


E aí eu te pergunto o que te dá medo??????

Abraços Literários e até a próxima.


sábado, 1 de julho de 2017

Deixei Você Ir-

                                                                                  


Sinopse: Quando Jacob morre atropelado em uma rua de Bristol, Inglaterra, depois de ter soltado a mão da mãe em um dia chuvoso, o motorista do carro que o atinge acelera e foge. Desvendar sua morte vira um caso para o detetive Ray Stevens e seus colegas, Kate e Stumpy. Jenna, assombrada pela morte do menino, abandona tudo e se muda para uma pequena cidade costeira do País de Gales. Ela passa os dias em seu chalé tentando esquecer as lembranças do terrível acidente e aos poucos começa a ter algo parecido com uma vida normal e vislumbrar a felicidade em seu futuro. Mas o passado vai alcançá-la, e as consequências serão devastadoras.
Mesclando suspense, investigação policial e thriller psicológico, Clare Mackintosh disseca a mente de seus personagens enquanto tece inesperadas conexões entre eles.

 Amooooo thriller psicológico e esse com traços de suspense investigativo, o livro de estreia da inglesa Clare Mackintosh foi uma das  surpresas positivas desse ano.
Deixei Você Ir  mostra quanta capacidade de nos surpreender esse gênero ainda guarda.
A história tem início com o atropelamento do garoto Jacob ao atravessar a rua de casa quando voltava da escola com sua mãe.
O motorista que o atingiu foge do local sem prestar socorro, deixando o menino morto nos braços da mãe.
Misto de drama com romance policial, a obra tem uma primeira parte sem muita ação focada em apresentar o atropelamento do garoto e como essa tragédia afeta a vida de diversas pessoas, a trama se divide para acompanhar duas delas: Jenna, que se muda após a morte do garoto com a intenção de se livrar das lembranças e recomeçar a vida após o terrível acidente; e Ray, o detetive encarregado de encontrar o motorista que fugiu do local sem prestar socorro e o dia a dia com sua equipe no Depto de Investigação Criminal tentando solucionar o caso que não tem pistas nem testemunhas.

Ray é um detetive dedicado que vive dificuldades investigativas, institucionais e familiares.
Jenna é a mulher que luta para recomeçar uma vida estraçalhada, mas o passado virá ao seu encontro mostrando que a saída pode não ser assim tão simples.

De cara gostei da capa, siiiiiim sou dessas vcs bem sabem, mais até do que o plot.
O livro tem um começo meio parado descrevendo detalhadamente os sentimentos atuais dos personagens Ray e Jenna.
Os capítulos iniciais são divididos entre a visão dos dois, sendo a parte dele em 3° pessoa e a dela em 1° pessoa.
Temas delicados são bem explorados em um drama que serve de entrada para desviar a atenção, até que, mais ou menos na metade do livro começa a segunda parte ...
Você vai perceber que o atropelamento da criança é apenas a ponta do iceberg em uma história muito mais complexa, com uma grande carga emocional e psicológica.
Capítulos alternados entre passado e futuro também contribuem para criar expectativa e aumentar a ansiedade do leitor.
A guinada para o thriller acontece em uma frase, assim sem mais nem menos no meio de uma cena descobrimos que nem tudo é o que foi mostrado até então.
Em cima de um único detalhe, explorado desde o começo da história, mas praticamente imperceptível, Clare Machintosh confere um novo ritmo para a obra.
Então você mergulha em uma história sombria, com suspense e ação tornando tudo eletrizante como se, de repente, a narrativa tocasse num fio desencapado.
Ritmo esse que se mantém até os últimos segredos serem revelados.
A história sofre um twist plot surpreendente e temos a inclusão de capítulos em primeira pessoa de um novo, inesperado e detestável personagem.
Raiva, revolta, indignação, empatia, compaixão, são sentimentos que passam a brigar por espaço durante a leitura e você não tem saída senão ler sem parar até o final.

A reviravolta coloca a história inteira sob outra perspectiva, por isso saber o que acontece anula o livro inteiro transformando a leitura em uma outra experiência.
Então praguinhas e pestinhas se forem ler o livro não leiam o spoiler combinado?????
Do contrário é só selecionar o texto em branco :p

Jenna passa a primeira metade do livro se sentindo culpada. Jacob morreu e ela não consegue lidar com isso.
O leitor sabe que a mãe de Jacob não segurou a mão dele ao atravessar a rua e que ela se sente culpada pelo atropelamento. A autora nos induz a acreditar que Jenna é a mãe de Jacob. Ela não é a mãe do garoto.
Mas então por que ela se sente tão culpada e precisa reaprender a viver? Porque a polícia descobre que o carro que atropelou o menino é de Jenna e a prende.
Ela assume a responsabilidade.
Jenna não é uma vilã, ela é uma boa pessoa que fez más escolhas e tomou decisões ainda piores. 
Na segunda metade do livro um novo personagem é inserido. Ian era o marido abusivo e violento de Jenna. Ele narra o relacionamento dos dois desde que se conheceram.
 É inacreditável ver fatos horríveis pelos olhos de uma pessoa que acha isso normal.
Então entendemos por que Jenna se isolou numa cabana no meio do nada e por que ela tem medo de tudo. Ian é violento e está atrás dela. Só aí o livro ganha ares de thriller e a essa altura o tema central da história é a violência doméstica e não as consequências do atropelamento do menino Jacob.
O único senão é que foi Ian atropelou Jacob enquanto Jenna estava no banco do passageiro. Mais uma das vilanias e maldades inomináveis dele. Mas ela assume a culpa, sozinha, pois acha que alguém precisa pagar pelo sofrimento da mãe de Jacob.
Entendo que a vítima de violência doméstica pode não conseguir delatar seu agressor por medo, mas não acho certo que Jenna tenha deixado um homem com a índole de Ian escapar impune.

Ex-policial do Departamento de Investigação Criminal da Inglaterra, Clare Mackintosh coloca sua experiência em letras abrangendo de forma detalhada e real as atitudes dos personagens e o resultado é exemplar.
Indicado para todos aqueles que gostam deste estilo de suspense que trabalha o lado psicológico com a visão de vários personagens simultaneamente, como "Garota Exemplar, "Lugares Escuros", "A Garota no Trem" e "Em Águas Sombrias".
 "Deixei Você Ir" é uma excelente escolha.

Abraços Literários e até a próxima.



terça-feira, 6 de dezembro de 2016

A Arte das Capas #29

                                                                              

                                                             
 A capa de livro é a identidade visual de uma obra literária. Uma nobre embalagem, que desperta os sentidos, desejos, sonhos e emoções, e tem muita história para contar...
                     
    





Essa é a coluna em que mostramos os  livros e suas capas pelo mundo.
Temos  certeza que muita gente, assim como nós, adora capas de livros!
                                                                              

                                                                              

                                                                                

                                                                                   

                                                                              

                                                                               


Nesse mês escolhemos para a coluna as diferentes capas pelo mundo de A Garota no Trem de autoria da Paula Hawkins, um thriller psicológico que se tornou um dos maiores fenômenos editorial dos últimos tempos.    
(1) Brasil, (2) Estados Unidos, (3) Bangladesh, (4) Bulgária, (5) Eslováquia, (6) Espanha, (7) Israel, (8) Pérsia, (9) Turquia e (10) Geórgia.
Apesar de achar que as capas tem mais ou menos os mesmos elementos e todos esses elementos estarem inseridos na trama, minhas preferidas são a do Brasil, da Bulgária e da Pérsia, a 1, 4 e 8 respectivamente.

E VCS  qual capa elegem como a favorita ????


A resenha vocês conferem aqui.


Abraços Literários e até a próxima.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

As Gêmeas do Gelo-


Eu sou a Kirstie.
Eu sou a Lydia.
Eu sou confiante e animada.
Eu sou pensativa e sossegada.
Eu estou viva.
Eu estou morta.
Qual delas sou?


Sinopse- Um ano depois de Lydia, uma de suas filhas gêmeas idênticas, morrer em um acidente, Angus e Sarah Moorcroft se mudam para a pequena ilha escocesa que Angus herdou da avó, na esperança de conseguirem juntar os pedaços de suas vidas destroçadas.
Mas quando sua filha sobrevivente, Kirstie, afirma que eles estão confundindo a sua identidade — que ela é, na verdade, Lydia — o mundo deles desaba mais uma vez. Quando uma violenta tempestade deixa Sarah e Kirstie (ou será Lydia?) confinadas naquela ilha, a mãe é torturada pelo passado — o que realmente aconteceu naquele dia fatídico, em que uma de suas filhas morreu?

Ao ler o romance As Gêmeas do Gelo, que se desenrola grande parte em uma ilha inóspita, o leitor tem a sensação de estar ele próprio preso em uma pequena porção de terra sendo conduzido pelo enredo.
A cada página, o autor S.K.Tremayne ou Tom Knox (ambos pseudônimos do escritor e jornalista britânico Sean Thomas) não dá nenhuma alternativa a não ser se deixar levar pela narrativa em primeira pessoa da protagonista, Sarah, que combina habilmente momentos de reflexão profunda com outros de puro delírio.
Esse devaneio a acompanha nas profundezas mais obscuras de sua alma abalada pela perda de uma das filhas gêmeas, Lydya, que morreu ao cair de uma varanda.
Sarah tenta seguir a vida ao lado do marido, Angus (que acaba de herdar uma ilha da avó), e da outra filha, Kirstie, de 7 anos. Até que a menina diz que foi Kirstie quem morreu e que ela é Lydia.
Como as duas são idênticas, a mãe logo se dá conta que há poucas evidências palpáveis que as diferenciem.
Quando o inverno chega e uma violenta tempestade deixa mãe e filha isoladas na ilha, Sarah tem de encarar seus medos.
 A história  é instigante, mas não acho que  lembra A Garota no Trem a não ser pelo fato de ser um drama/thriller psicológico, também não é exatamente incrível. 
O enredo é bem construído e prende mesmo o leitor do início até ... bom se você assim como eu é fã incondicional dos thrillers psicológicos/suspenses então lá pela metade você já matou a charada e descobriu o que aconteceu, porque e “o” porque do comportamento dos três personagens do livro, embora seja incongruente.
As peças vão se encaixando milimetricamente e cada detalhe é calculado, mas me perdoem os fãs, não é exatamente original e (pecado capital numa obra literária) apresenta resquício de moralidade.
Por mais que seja um bom romance e não digo o contrário, é bom mesmo, mas não senti peninha dele acabar, tipo quero desvendar o mistério, mas não quero terminar de ler o livro. 

''E foi então que ouvi o grito de uma das minhas filhas. Aquele grito que nunca irá desaparecer. Nunca irá me deixar. Nunca.”
 Olha só o quote acima, como é possível os pais confundirem por tanto tempo qual filha morreu no acidente?
Como em todo thriller acontecem reviravoltas, mas aqui as peças se encaixam naturalmente, não é preciso muito esforço para decifrar o enigma.
No começo há sim uma dúvida que paira no ar, os pontos de vista são concretos, estudados e os argumentos são bons, mas no decorrer da narrativa o vilão não é tão vilão, a mocinha que não consegue angariar a empatia tem seus esqueletos guardados no armário e os dramas psicológicos são óbvios ao contrário das situações estranhas e aparentemente inusitadas.
Eu gosto de preparar o ambiente para ler um livro assim com em um ritual e se são livros de suspense ou terror leio à noite para dar criar maior envolvimento nos momentos de tensão e olha  o ar misterioso desse livro não dá medinho não.

''Tudo o que eu mais desejo, naquele instante, é que Kirstie vá embora. E, talvez, Lydia também. Estou com medo das minhas filhas, dos dois fantasmas daquela casa, dos dois fantasmas em minha cabeça. As gêmeas do gelo, derretendo uma dentro da outra.”
Para proporcionar os dois pontos de vista da história o autor escreve em primeira pessoa quando conhecemos a visão de Sarah, em terceira pessoa em alguns capítulos onde acompanhamos Angus e a surpresinha final que levando em consideração a leitura não é tão surpresa assim.
O que se passa na cabecinha dos pequenos é sempre instigante, a confusão em seus pensamentos é perturbador, mas também é reconfortante perceber como são espertos, inteligentes e autênticos. Em As Gêmeas do Gelo não sabemos exatamente o que se passa na cabeça da gêmea sobrevivente, entretanto é através dos pais que nos damos conta do que acontece na família. Percebemos a confusão na cabeça deles e como isso influência os pensamentos da filha.

Talvez o mote do livro não seja o suspense, mas sim sobre casamentos que se desgastam com o tempo, a falta de confiança no parceiro, a falta de confiança em si mesma, dúvidas em relação aos filhos, culpa por ter mais afinidades com um filho do que com o outro,  filhos que se sentem distantes dos pais, irmãos que não sabem delinear a própria personalidade e definir quem é o outro. Nesse sentido o livro é muito bom, tudo tratado de maneira profunda e que o autor consegue acrescentar  temas e elementos no enredo.
Alguns acham que o final foi deixado em aberto.
A principal deixa está nas palavras da filha sobrevivente quando acontece o acidente, mas também você encontra pistas nas imagens que estão distribuídas pelas páginas do livro.
O final não é arrebatador nem surpreendente e talvez não pudesse ser outro.     
Se recomendo? Sim.
A leitura é acessível e instigante e como sempre digo, cada leitor tem uma interpretação pessoal, o que um não gosta o outro pode simplesmente amar.



Abraços Literários e até a próxima.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A Garota no Trem-

                                                                                      



Sinopse- Um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos tempos, o thriller psicológico The Girl on the train, de Paula Hawkins, surpreendeu até mesmo seus editores e a própria autora, nascida e criada no Zimbábue, que vive em Londres desde os 17 anos: em menos de um mês, o livro – que vem sendo comparado pela crítica a uma mistura de Garota exemplar e Janela indiscreta – ultrapassou a impressionante marca de 500 mil exemplares vendidos e alcançou o primeiro lugar nas listas de mais vendidos em todos os países em que foi publicado (Reino Unido, Irlanda, EUA e Canadá).  A trama, que gira em torno do desaparecimento de uma jovem mulher, com três narradoras femininas duvidosas, conquistou fãs como o mestre do mistério Stephen King, que publicou em sua conta do Twitter que o “excelente suspense” o manteve acordado a noite inteira: “a narradora alcoólatra é mortalmente perfeita”.
Uma narrativa inteligente e repleta de reviravoltas, A garota no trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.

A trama me lembrou muito Garota Exemplar e eu não gostei de Garota Exemplar, provavelmente fui uma das poucas pessoas que não gostaram, mas fazer o que não é mesmo???
Por outro lado me surpreendeu, porque se a estrutura é similar a história criada  é completamente diferente, original e viciante.
Se desenvolve aos poucos e só no final é totalmente esclarecida, mas a cada página uma informação nova é apresentada ao leitor, e isso torna impossível uma pausa na leitura. Cheia de reviravoltas eu mudei meu palpite sobre o que aconteceu umas três vezes conforme avançava na leitura e mais respostas surgiam assim como mais dúvidas.
Nossa protagonista Rachel é uma stalker. Há quem diga que é uma alcoólatra, psicótica, louca, mas  ela é uma stalker. Isso fica claro desde o início e isso prende o leitor desde o começo, mas não se iludam o personagem não é cativante e de todos é o que menos me agradou embora seu lado louca tem lá seu fascínio no desenrolar da trama. O interessante no livro é que é um tipo de leitura onde não tem problema não haver identificação com a protagonista, vc vai amar a história de qualquer maneira.
Os demais personagens Scott, Tom Anna e Megan são personagens bem construídos e interessantes.
O livro é narrado por Rachel, Anna e Megan, alternadamente.
Os capítulos são curtos, mas cheios de informação e suspense. 
Rachel é uma mulher solitária, divorciada e alcoólatra, razão pela qual foi demitida. Cathy, a dona da casa onde ela mora em um quarto, não sabe disso, então Rachel sai todos os dias de casa como se fosse trabalhar. Ela passa o dia em Londres e volta para casa como se estivesse cansada de um dia de trabalho. O que ela gosta mesmo é de estar no trem. Principalmente quando o trem para, diariamente, em um sinal que lhe permite ver a casa vitoriana número 15 daquela rua. 
Jess e Jason são os moradores da casa. Um casal tão apaixonado que Rachel gostaria de ter vivido esse amor com Tom, seu ex-marido. Ela sabe tudo sobre eles, trabalhos, pensamentos, intimidade. Mas o que ela  sabe são sobre as existências que ela criou em sua mente, não quem são eles de verdade. Ela não sabe nada sobre Megan e Scott.
Ela não sabe que eles não são tão felizes assim. E, talvez, ela nunca soubesse se no dia 13 de Julho de 2013 algo acontecesse.
Rachel, Megan e Anna são três personagens muito diferentes entre si e, ao mesmo tempo, muito semelhantes. Suas personalidades e suas histórias estão interligadas.
Nessa história nem tudo é o que parece e sempre há algo mais a ser revelado.
O leitor entende junto com Rachel que quase nada do que é confirmado é um fato. Verdade e mentira desafiam na descoberta do que aconteceu e de quem é aquela pessoa de maneira tão instigante, envolvente e eletrizante que vc se sente como os personagens em meio a um turbilhão de sentimentos.
A autora testa os limites dos personagens e dos leitores ao mesmo tempo, especialmente no que se refere às lembranças (atenção aos lapsos de memória de Rachel, datas e características) e consegue com maestria manter o ritmo acelerado e fluído da leitura do início ao fim prendendo a atenção e fazendo perder o fôlego.

Minhas expectativas estavam nas alturas e o livro não decepcionou, a autora  surpreendeu nos presenteando com um thriller repleto de emoções, surpresas e incertezas onde cada detalhe é importante e cada palavra escrita pode desvendar um mistério.
Recomendado para os leitores que gostam de um enredo desafiador,  provocativo e arrebatador.

Abraços Literários e até a próxima.


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Definição: Thriller-

                                                                           


Thriller ou suspense é um gênero da literatura, filmes, jogos eletrônicos e televisão que usa o suspense, tensão e excitação como principais elementos.
O seu principal subgênero é o "thriller psicológico”. Depois do assassinato do presidente estadunidense John F. Kennedy, os filmes de thriller político se tornaram muito populares. Um grande exemplo de thrillers são os filmes de Alfred Hitchcock.
Tanto o ato de esconder informações importantes do leitor/espectador como cenas de perseguições são características comuns em todos os subgêneros de thrillers, embora cada gênero tenha características próprias.
Outra grande característica do thriller são os clímax criados para prender os leitores/telespectadores. Esses momentos ocorrem geralmente quando o personagem principal é colocado em uma situação ameaçadora, misteriosa, em uma fuga ou uma perigosa missão da qual parece impossível escapar. A sua própria vida é ameaçada, geralmente porque o personagem principal é inocente ou inconscientemente está envolvido na trama.
"A Odisseia de Homero é uma das mais antigas histórias no mundo ocidental e é considerado um protótipo do thriller”,  uma trama controlada por um vilão, em que ele apresenta obstáculos que o herói deve superar.

O thriller contém alguns subgêneros:
Thriller de conspiração
No thriller de conspiração, os protagonistas costumam ser jornalistas ou investigadores amadores que, geralmente sem saber, "puxam um fio”  e acabam por descobrir uma grande conspiração e a investigam até descobrir todos os segredos por trás dela, se tornando, assim, uma ameaça e alvo para os conspiradores. A complexidade de fatos históricos são muito utilizadas nesse gênero, onde se faz um jogo de moralidade, o vilão faz coisas ruins e os mocinhos tem que derrotá-lo.
Algumas características desse gênero são pessoas com a vida colocada em risco pela conspiração  e as narrações feitas, como em suspenses policiais. Um fato comum nas mídias desse gênero é a frustração do personagem por não conseguir provas sobre a conspiração, já que os vilões sempre encobrem todos os fatos com mentiras.

Thriller criminal
O thriller criminal é uma mistura de filmes sobre crimes e o thriller, que mostra uma sequência de crimes bem-sucedidos, em que o protagonista tem de investigá-los, fazer sua detecção e descobrir quem são os criminosos e os seus motivos. Nesse gênero, geralmente se foca no criminoso e não no investigador/policial. Geralmente, se enfatiza a ação sobre os aspectos psicológicos dos personagens. Os temas mais comuns são serial killers, assassinatos, assaltos, perseguições e tiroteios.

Thriller psicológico
No thriller psicológico, os personagens não são dependentes da força física para superar seus inimigos (que é frequentemente o caso típico de thrillers de ação), mas dependem de suas capacidades mentais, seja pela inteligência lutando com um oponente formidável, ou por tentar se manter em perfeito estado psicológico.
Uma das características nesse gênero é que o escritor/roteirista busca descrever os eventos do ponto de vista do personagem, sendo assim, na maioria das vezes, narrados em primeira pessoa, ou seja, o próprio personagem é quem conta a história. Esse recurso é muito usado pois faz o leitor ficar mais envolvido com o personagem e ser capaz de entender como funciona sua mente. Outra característica desse tipo de thriller é que a narração volta muitas vezes no tempo, em que o personagem conta algo que aconteceu em seu passado, mais especificamente para justificar suas atuais motivações, ou mostrar como algo mudou sua percepção sobre seu passado/presente.
Muitos thrillers psicológicos têm surgido nos últimos anos, em vários tipos de mídias Apesar das diferentes formas de representação, tendências gerais têm aparecido ao longo das narrativas. Alguns destes temas são: a percepção do personagem do mundo à sua volta, sua tentativa de distinguir o verdadeiro do irreal, sua mente confusa, busca por sua identidade e medo/fascínio pela morte.


Esse é um gênero bem interessante, já que as narrativas são quase sempre instigantes, interessantes e prendem a atenção do início ao fim.
VCS gostam desse gênero???
Quais livros do gênero leram e recomendam ????
Estamos curiosos para saber.
Ao visitar nosso cantinho, sentem na rede, peguem uma xícara de café e deixem seus comentários.



Abraços Literários e até a próxima.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cine Clube #12: Toque de Mestre

                                                                       



Toque de Mestre chama a atenção de qualquer espectador já que é um filme que se passa em um único cenário. É no mínimo corajoso esse ponto de vista e  merece ser dado a oportunidade de assistir a todo cinéfilo.
Por Um Fio que se passa em um telefone público é exemplo de um bom filme assim, funcionou e conseguiu prender a atenção do espectador.
Toque de Mestre  promove esse intuito e convence do risco eminente à um pianista, que toca em um concerto musical.
A trama gira em torno de Tom Selznick (Elijah Wood) que decide retornar aos palcos depois de uma pausa de cinco anos na carreira, por conta de um trauma, um colapso que sofreu durante uma apresentação. Atendendo aos pedidos de sua esposa Emma (Kerry Bishé), uma famosa atriz, ele aceita o desafio de fazer parte de um importante evento para homenagear seu falecido mestre, tocando em um raro e customizado piano que pertencia ao seu mentor.
Logo no início de sua apresentação, Selznick descobre que  seu retorno aos palcos  será mais complicado do que  poderia imaginar, além de sua insegurança ele se vê imerso em um jogo psicológico, pois alguns recados deixados em suas partituras lhe informam que ele e sua esposa estarão durante a apresentação sob o alvo de um atirador, e não lhe é permitido errar uma nota sequer, mais ainda, lhe é exigido tocar a “inexecutável” obra La Cinquete, a mesma na qual ele “travou” cinco anos atrás.

                                                                       



A ideia dos roteiristas é  interessante e a direção do espanhol Eugenio Mira que tem como referência Brian de Palma, consegue criar um ambiente tenso que prende a atenção enquanto a trama se desenrola.
O filme de curta duração, aproximadamente 80 minutos, passa rapidamente e cumpre o papel de entreter o espectador.
Alguns momentos criam um clímax bacana, como a interação entre o assassino e o alvo através de um ponto de comunicação ou como a troca de mensagem em meio ao toque de notas musicais.
Reparem também na quantidade de vermelho que compõe as cenas e a preocupação em equilibrar conteúdo e forma
Há ainda alguns toques na direção que são no mínimo interessantes, como uma cena que transmite a sensação de estarmos acompanhando fatos consecutivos, quando na verdade se tratava de split screen, dois planos diferentes em uma tela dividida.
As atuações estão corretas. Elijah Wood não  decepciona e John Cusack consegue fazer bem o trabalho de voz.
O motivo e ambição do antagonista são interessantes, fogem do clichê; a inserção é feita em um plano maior que é jogado com critérios pré-estabelecidos.
           

Abraços Literários e até a próxima.



quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Sangue na Neve- Lisa Gardner

                                                                      



Sinopse - A policial Tessa Leoni matou seu marido, Brian Darby, em legítima defesa. A arma do crime está à vista de todos e os hematomas no corpo de Tessa confirmam a ocorrência. A policial também não fez questão de fugir, ou de arrumar qualquer justificativa para explicar aquele corpo estendido no chão da cozinha, portanto, aparentemente, o que a investigadora D.D.Warren tem à sua frente é o desfecho de uma briga doméstica. Um caso simples. No entanto, ao abrir o inquérito, D. D. terá uma surpresa: este não é o primeiro homicídio de Tessa Leoni e — afinal — onde está a filhinha de seis anos da policial? Será que a policial Leoni realmente atirou em seu marido para matá-lo? Uma mãe seria capaz de prejudicar intencionalmente sua filha? D. D. Warren, a experiente detetive que acredita que desvendar um caso é como mergulhar na vida do criminoso, enfrentará mais uma investigação que a levará a uma busca frenética por uma criança desaparecida enquanto tenta encaixar as peças de um mistério familiar que a levará a quebrar os muros do corporativismo policial.


Esse é o primeiro livro da autora que leio. Amo suspense, thriller policial e psicológico, por isso achei que iria gostar muito do livro, mas não imaginei que fosse gostar tanto!
Eu me apeguei ao livro!
Li de uma sentada e quando terminei fiquei triste porque já estava sentindo saudades dos personagens com os quais fiz amizade durante a leitura.
Como não se encantar com a fofa e adorável Sophie?  Como não perceber a perfeita sintonia entre D.D e Bobby? Me apaixonei pelo Brian “Bom”, quis dar uns petelecos no Shane por ter sido tão mau, simpatizei de cara com a Ennis e me emocionei demais com a Juliana.
Agora sem sombra de dúvida Tessa se tornou minha atual heroína dos livros!
Gente como torci pela Tessa e pela Sophie!
A narrativa cumpriu plenamente seu objetivo de entreter, envolver, cativar, instigar, refletir, e às vezes também, chocar.

Uma trama muito bem construída e amarrada nos mostra o dia a dia da policial Tessa Leoni, com sua filhinha de 6 anos, Sophie e seu marido, Brian Darby
A felicidade é ceifada pelo tiro que Tessa deu em seu marido. Por quê?
É nesse momento que entra em cena, a detetive D.D. Warren para solucionar o crime, desvendar os segredos, descobrir os mistérios e para solucionar o crime que num primeiro momento parece inexplicável.
A cena está toda bagunçada além de inúmeras pegadas na neve destruindo a chance de uma reconstituição clara.
A policial Tessa Leoni  se encontra em choque e parece ter levado uma surra.
À primeira vista a conclusão é a de que ela se defendeu de um marido violento.
Mas alguma coisa não se encaixa perfeitamente ali e para piorar a situação que já bem ruim, Sophie, de seis anos,  filha de Tessa,  está desaparecida.
À medida que a investigação avança D.D. começa a crer que Tessa  não é exatamente a boa moça que parece ser e que todos  fazem parecer que é. Mas onde foi parar a criança? Teria Tessa matado a própria filha? E porque a história sobre o marido morto não bate? Quanto mais D.D. investiga mais camadas vão compondo essa história. Será D.D. capaz de desvendar o crime?

A partir dessa premissa Gardner constrói uma trama repleta de possibilidades em torno de duas mulheres fortes. De um lado da narrativa temos D.D. que além de investigar enfrenta um dilema que jamais sonhou que iria enfrentar e do outro Tessa Leoni,  que matou o marido e fará de tudo para recuperar sua filha. Duas personagens extraordinárias.
Os personagens secundários são tão bons quanto as protagonistas, personagens de peso que fazem toda a diferença no enredo e estão perfeitamente inseridos num quebra- cabeça dinâmico onde cada peça tem seu lugar e nenhuma outra pode ocupá-lo!
A narrativa surpreende pela fluidez e pela riqueza, um quadro bem composto, com detalhes e informações precisas.
Uma das melhores características do conjunto de Lisa Gardner é a precisão dos detalhes que compõe o ambiente da trama, sem se tornar cansativa a leitura.
A trama conquista o leitor com uma narrativa envolvente,  talhada por personagens realistas e uma história que fará você refletir, se surpreender, torcer, buscar respostas,   Uma narrativa imprevisível, com reviravoltas, com mudanças de rumos e dúvidas.
O final pode ser previsível e até clichê levando-se em consideração o gênero, mas acreditem, esse é um pequeno detalhe que não deve ser levado em consideração.
Um mote ágil, interessantíssimo, instigante  e intrincado em uma narrativa forte e com ótima trama.
Além  de muita, muita ação mesmo, e resolução dos crimes, a trama  se desenrola como um grande quebra-cabeça.
Leitura rápida e agradável, instigante, inteligente e interessante, que se desenvolve de maneira crível.
Uma história sobre até onde o amor de uma mãe é capaz de ir, marcada por ação e uma ambientação única.

Leitura mais do que recomendada, obrigatória, para quem assim como eu, é fã do gênero thriller policial!


Abraços Literários e até a próxima.