Carregando nomes fortes, e indicado ao Oscar 2016, nas
categorias melhor filme e melhor ator
coadjuvante, Ponte dos Espiões fala por si.
Com Steven Spielberg na direção, Tom
Hanks na atuação principal e os irmãos Coen no roteiro fica impossível não
desejar conferir o quanto antes esse filme, e essa decisão é mais do que
acertada.
Baseado em eventos reais, a história faz VC mergulhar de
cabeça no clima de guerra fria onde toda e qualquer informação, e decisão, pode mudar tudo.
O filme narra o drama do advogado especializado em seguros,
James Donovan (Tom Hanks), também autor do livro que deu origem ao filme.
Ele é convocado para defender o espião
soviético Rudolf Abel (Mark Rylance), acusado de passar segredos dos militares
norte-americanos aos comunistas soviéticos.
Por sua atuação, Rylance venceu o Oscar de
melhor ator coadjuvante deste ano.
Mesmo sem experiência na área criminal, Donovan consegue
dobrar um juiz intransigente e livra Abel da execução sumária, para a fúria dos
americanos. O advogado passa, então, a ser hostilizado pela população em geral
e perseguido até mesmo por seus vizinhos.
Seu desafio se torna ainda maior quando sua relação com seu
cliente, se estreita.
Ao mesmo tempo em que desperta a raiva da nação, Donovan passa
a ocupar um papel importante nas negociações entre Estados Unidos e a União
Soviética. Habilidoso ele é enviado pela CIA rumo a Berlim, na Alemanha, a fim
de negociar a troca de Abel por um soldado americano capturado pelos inimigos.
Donovan é (literalmente) uma ponte que liga dois pontos
extremamente distintos.
Ser golpeado várias vezes, mas sempre se levantar faz com
que ele desenvolva a resiliência necessária para tornar-se um “homem
persistente”.
Peças fundamentais da história são pinceladas no desenrolar
da trama: o muro de Berlin na Alemanha, o clima de tensão entre Estados Unidos
e a União Soviética, o incidente do avião norte americano U-2 e como ele foi
construído são alguns dos pedaços dessa colcha de retalhos que nosso
protagonista vai costurando durante o desenrolar da trama.
Com perfeita ambientação, fica difícil acreditar que a obra
foi filmada nos dias atuais. A fotografia principal do filme começou em
setembro de 2014 em locações de Nova York, Alemanha e Polônia, incluindo locais
onde os fatos realmente aconteceram. A produção europeia iniciou-se em Berlim,
onde foi realizada a troca dos prisioneiros Abel e Powers, literalmente a
“Ponte dos Espiões”. Para filmar as sequências que mostrariam o “Muro de
Berlim”, a produção viajou para Wrolcaw, Polônia, local que se assemelha com
mais precisão com a Berlim Oriental de 1961 que a própria Berlim atual.
Ponte dos Espiões é destaque em um ano recheado de
espionagem. Com momentos cômicos que quebram o gelo, o filme narra de forma
linear esse desafio que caiu como uma bomba no colo de Donovan.
Impossível não se envolver com Abel e torcer muito para
vê-lo fora do território americano.
Até a mão pesada do patriotismo americano de sempre, ficou
mais leve nessa narrativa.
Recomendadíssimo.
Abraços Literários e até a próxima.
Não vi esse filme, vou aproveitar sua indicação e vou ver com certeza, pois gosto muito dos filmes com esse ator!
ResponderExcluirBjos
Minda ❤ 😍
ah, achei, obrigada por avisar. gosto de ler o q os meus amigos acharam. realmente é um filme muito bem feito sobre a guerra fria. o que é raro em geral. verdade, a designação um homem persistente cai muito bem. ele é hostilizado nos estados unidos, na alemanha oriental e entre os russos, mas não desiste, nem perde o foco. eu achei corajoso o filme mostrar as escolas sendo doutrinadas contra a urss, com imagens dos efeitos das bombas atômicas enviadas pelos estados unidos. é uma hipocrisia assustadora. corajoso o filme colocar essa mentira. é incrível. adorei a sua resenha. beijos, pedrita
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