José Bento Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882,
em Taubaté, no Vale do Paraíba e estreou no mundo das Letras com pequenos
contos para os jornais estudantis dos colégios.
No curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo , dividiu-se
entre suas principais paixões: escrever e desenhar.
Morou na república do Minarete, liderou o grupo de colegas
que formou o "Cenáculo” e mandou artigos para um jornalzinho de
Pindamonhangaba, cujo título era o mesmo daquela república de estudantes.
Nessa fase de sua formação, Lobato realizou as leituras
básicas e entrou em contato com a obra do filósofo alemão Nietzsche, cujo
pensamento o guiaria vida afora.
Viveu um tempo como fazendeiro e foi editor de sucesso.
Mas foi como escritor infantil que Lobato despertou para o
mundo em 1917.
Escreveu, nesse período, sua primeira história infantil,
"A menina do Narizinho Arrebitado”.
Com capa e desenhos de Voltolino, famoso ilustrador da
época, o livrinho, lançado no natal de 1920, fez o maior sucesso. Dali nasceram outros
episódios, tendo sempre como personagens Dona Benta, Pedrinho, Narizinho, Tia
Anastácia e, é claro, Emília, a boneca mais esperta do planeta.
Insatisfeito com as traduções de livros europeus para
crianças, ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes
da roça e lendas do folclore nacional.
E fez mais: misturou todos eles com elementos da literatura
universal da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema. No Sítio do Picapau
Amarelo, Peter Pan brinca com o Gato Félix, enquanto o Saci ensina truques à
Chapeuzinho Vermelho no país das maravilhas de Alice.
Mas Monteiro Lobato também fez questão de transmitir
conhecimentos e ideias em livros que falam de história, geografia e matemática,
tornando-se pioneiro na literatura paradidática - aquela em que se aprende
brincando.
Trabalhando a todo vapor, Lobato teve que enfrentar uma
série de obstáculos. Primeiro, foi a Revolução dos Tenentes que, em julho de
1924, paralisou as atividades da sua empresa durante dois meses, causando
grande prejuízo. Seguiu-se uma inesperada seca, obrigando a um corte no
fornecimento de energia. O maquinário gráfico só podia funcionar dois dias por
semana.
E, numa brusca mudança na política econômica, Arthur
Bernardes desvalorizou a moeda. A conseqüência foi um enorme rombo financeiro e
muitas dívidas. O que não significou o fim de seu ambicioso projeto editorial,
pois ele já se preparava para criar outra empresa.
Assim surgiu a Companhia Editora Nacional. Sua produção incluía
livros de todos os gêneros. Lobato recobrou o antigo prestígio, trazendo para a
empresa sua marca inconfundível: livros bem impressos, com projetos gráficos
apurados e enorme sucesso de público.
Absolutamente coerente que nesta data, 18 de
abril, seja comemorado o Dia Nacional do
Livro Infantil.
E a data se repete ...
Ano brinca em trezentos e sessenta e tantos
dias e volta às páginas dos Livros Infantis, combinando com a gente a boa
lembrança de homenagear o seu dia.
Como é bom viver as cores e sentir os sabores
doces de um mundo maravilhoso de contos.
Os criadores desses mundos são frutos colhidos
na nossa lembrança. São árvores frondosas, cheias de felicidade, que com amor
escrevem para nós. Nada melhor do que lembrar suas criações e repetir sempre
quem faz os contos infantis. Merecem ter sempre as inspirações de como viver
com os bichos falantes, os príncipes encantados e as princesas beijadas por
sapos.
Contar estórias pitorescas de subir num pé de
feijão pra encontrar outro mundo encantado.
Ter contato com bruxas malvadas e falar com
espelhos mágicos.
Sonhar com estrelas e achar lindo o romance
da Lua com o Sol.
Fazer do mar um viveiro de peixes falantes e
coloridos ávidos da boa vida encantada.
Ter um velhinho de barba muito branca
trazendo presentes para serem depositados numa Árvore de Natal.
São contos e realidades que fazem os sonhadores
meninos de hoje serem os homens felizes de amanhã.
Duvido que algum de nós não tenha lido um
Conto Infantil, que seja, na sua vida.
Então, Criadores dos Sonhos Coloridos, agradecemos
por toda coletânea infindável que existe
em nossas mãos, para lermos e contarmos para os nossos pequeninos antes de
dormir.
Viva o dia 18 de Abril. Ele é o dia dos Maravihosos
Contos Infantis.
Autor:
Paulo Kwamme
Abraços Literários e até a próxima.
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