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terça-feira, 9 de julho de 2013

Meia-Noite em Paris-

                                                                                 



Se VC ainda não marcou sua viagem, as dicas a seguir podem servir de inspiração. Afinal, é inegável que o cinema, literalmente, nos faz viajar.
Roteiros perfeitos para uma viagem de férias.
Acompanhado ou sozinho, sempre vale a pena viajar. Enquanto VC não define seus próximos destinos, por falta de tempo ou de dinheiro, é possível conhecer o mundo através de belos filmes.
Vá a locadora e aproveite para começar as férias de julho com o pé direito.
  

Escrito e dirigido por Woody Allen, “Meia-Noite em Paris” é uma deliciosa história que marca o encontro do diretor com a Cidade Luz, lugar onde se passa a trama. O cotidiano parisiense é ilustrado logo no início do filme através dos olhos de Allen, com o vai e vem deste lugar que tem o poder de encantar a todos.
Uma encantadora viagem pela Cidade Luz atual e de 1929.
A história se trata de um roteirista hollywoodiano, Gil Pender interpretado por Owen Wilson, que vai a passeio para a cidade que tanto idolatra, a famosa Paris com sua noiva Inez (Rachel McAdams) e os pais da moça. Gil tem o sonho de vivenciar aquele lugar nos anos 20, tempo que ele acredita que seja o mais artístico e perfeito. Isso revela o sentimento que temos com relação ao artístico.
Acreditamos que a arte possui uma única definição, e que quem deve decidir os seus conceitos são os  críticos de arte,  museus ou o Serviço do Patrimônio Histórico e Cultural. E ainda que a arte trata-se daquilo que foi criado há séculos por grandes gênios e que o atual não é original e tenha capacidade de transmitir alguma mensagem.
Arte, tanto a apolínea (esteticamente bela e admirativa) quanto a dionisíaca (que provoca a embriaguez de nossos sentimentos, um turbilhão de emoções) não possui uma só definição e sim uma série, dependendo das diferentes interpretações que podemos ter de uma mesma obra, até que se chegue ao conceito idealizado pelo artista.
Gil, completamente extasiado com a cidade e sua produção artística constante, decide escrever um romance, algo que sua noiva não apóia por considerá-lo muito sonhador. Mas, certa noite, à meia-noite em Paris, na porta da igreja, ele entra no carro de Zelda Fitzgerald e seu esposo Scott Fitzgerald, dois grandes importantes autores norte-americanos dos anos 20, apelidado de “anos loucos”, e embarca em uma “viagem ao tempo” pela Paris que abrigava em suas noites a chamada geração perdida.

Se você não assistiu o filme, talvez seja melhor fazê-lo antes de ler mais alguma coisa, a resenha contém Spoilers.
É complicado falar sobre o filme sem falar da fantasia tecida por Woody Allen.
A história é sobre um casal que está passando férias em Paris junto com os pais da moça. Eles são Gil (Owen Wilson) e Inez (Rachel McAdams) que parecem estar apaixonados um pelo outro. Basta alguns minutos de projeção para percebermos que ele está na verdade apaixonado por Paris.
Ele quer andar pela cidade, passear pela chuva e respirar o mesmo ar que grandes artistas, como Hemingway, Fitzgerald e outras lendas, respiraram nos anos 1920. Quer freqüentar bistrôs e cafeterias que seus grandes ídolos costumavam freqüentar em uma época que ele gostaria de ter vivido.
Ela quer fazer compras e ir à festas.
As diferenças só fazem aumentar. Ele quer morar em Paris, ideia que ela rejeita.  
Para piorar a experiência dos dois em Paris, eles se encontram com um amigo de Inez que os leva para diversos passeios e consegue estragar todos eles  demonstrando superioridade e conhecimentos.
Por isso, Gil se afasta em uma noite e resolve andar pelas ruas. Até que um antigo carro passa por ele e o convida para uma festa. Ao entrar no carro, ele descobre que está conversando com Scott (Tom Hiddleston) e Zelda Fitzgerald (Alison Pill).
Allen não tenta explicar como acontece essa volta para o passado que Gil realiza todas as noites, e nenhuma explicação é necessária. O importante é que ele volta e encontra Fitzgerald, Hemingway,  T. S. Elliot, Picasso, Buñuel, Dalí e muitos outros que frequentavam o salão de Getrude Stein.
Woody Allen acerta em determinados filmes, e acerta em cheio. Muitos o consideram um dos melhores diretores da atualidade, acho que falta um certo capricho em alguns de seus filmes. Mas há vezes como essa, que nenhuma falta de capricho pode estragar sua história. Não há nada do que se desgostar deste filme que é um encanto e adorável.
E ainda guardei inúmeras surpresas para todos.


Abraços Literários e até a próxima.


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