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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Série: O Jardim de Bronze- Primeira Temporada


                                                                              


No thriller policial de suspense, na primeira temporada da série O Jardim de Bronze (adaptação do livro argentino El Jardín de Bronce de Gustavo Malajovich) acompanhamos a vida do arquiteto Fabián Danubio (interpretado por Joaquin Furriel) que muda drasticamente após o misterioso desaparecimento de sua filha Moira de 4 anos.
Entre falta de respostas e sem vestígios, pistas, testemunhas nem o auxílio da polícia, ele conta com a ajuda do detetive Doberti (Luis Luque) numa jornada ao longo de 10 anos para encontrar a garotinha.
O primeiro episódio desenvolve o arco principal, que é o sequestro da Moira.
Daí iniciamos uma jornada através de uma estruturada narrativa ágil combinada com reviravoltas, flashbacks e passagens de tempo.
O roteiro é instigante; ótimos elenco, direção e fotografia; qualidade de filmagem em 4K e tendo locações especiais em Buenos Aires como cenário transformando a cidade em mais uma protagonista da obra.
Impecável e impactante vale muito a pena uma conferida.
Alguém aí já leu o livro ou assistiu a série?????
Conta aí!
                                              
                                     


Abraços Literários e até a próxima.


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O Boneco de Neve (Harry Hole #7)- Livro e Filme


                                                                             


Sinopse- No dia da primeira neve do ano, na fria cidade de Oslo, o inspetor Harry Hole se depara com um psicopata cruel, que cria suas próprias regras. O terror se espalha pela cidade, pois um boneco de neve no jardim pode ser um aviso de que haverá uma próxima vítima. No caso mais desafiador da sua carreira, Hole se envolve em uma trama complexa e mortal, com final surpreendente. 


                                                                             


O Boneco de Neve, aclamado livro do autor Jo Nesbø, lançado em 2007 - sétimo volume na série Harry Hole - apresenta um thriller de investigação criminal envolvendo o famoso detetive na caça de um serial killer que sempre aparece quando cai o primeiro floco de neve.
Muitos disseram ser necessária a leitura dos livros anteriores da franquia.
Sinceramente não acho que faça diferença para entender o perfil dos envolvidos na trama e não há dificuldade em acompanhar a narrativa..
Apesar de ser o sétimo volume da série, pode ser lido como único por tratar de um caso isolado.
Na obra acompanhamos o detetive anti-heroi, sombrio, alcoólatra, atormentado, marcado por perdas e erros que provocaram traumas, mas inteligente e justo.
Excelente no que faz é obsessivo, racional e intuitivo na medida exata, além de ser tratado como lenda no centro de investigações.

                                                                                


Todos os personagens são suspeitos em algum momento!
A trama é sinistra e bem orquestrada. Nós conhecemos o killer na infância, mas não sabemos quem ele se tornou quando adulto.
Os bonecos de neve são mensagens, e decifrá-las é o maior desafio enfrentando pelos investigadores.
Jo Nesbø é detalhista na descrição das cenas do crime e também ao traçar o perfil de seus personagens.
Os capítulos são pequenos e a mudança constantes dos cenários, situação e espaço de tempo promove ainda mais suspense.
É o tipo de história que constrói um clima de tensão durante a investigação e de repente te apresenta novas possibilidades e teorias, as pistas já não parecem tão verídicas e novos fatos são colocados em jogo, personagens irrelevantes crescem, isso sem falar nos sustos e a sensação de "como eu não vi isso antes?”.
Destaque para os personagens secundários de Katrine Bratt, que divide ótimos momentos de interação com o protagonista; Rakel, um antigo caso de Harry; Arve Støp e Gunnar Hagen que são essenciais para o desenvolvimento da trama.

Não é o tipo de livro que dá pra deixar de lado, guardar na mochila ou esquecer na gaveta.
Precisa estar ao alcance das mãos prontinho para ser lido em qualquer oportunidade.
O autor soube entregar uma obra completa que vai agradar os fãs do gênero e siiiiiim mereceu todo o hype que teve.


                                                                              


O longa baseado no livro de mesmo nome acompanha o detetive Harry Hole (Michael Fassbender) e suas investigações sobre as ações de um serial killer que deixa um boneco de neve sempre que faz uma nova vítima.
O filme acerta ao instigar a dúvida sobre a identidade do assassino, proporcionando pistas falsas sobre vários personagens e causando aquela sensação que sentimos ao assistir um bom suspense e achamos que descobrimos a solução do mistério, mas acabamos nos surpreendendo.
Apesar de problemas de bastidores como um longa feito às pressas pelo diretor Tomas Alfredson, errinhos no roteiro (e edição) e alguns enganos nas atuações, não houve grandes danos colaterais.
Pra quem gosta do gênero é uma ótima oportunidade de conferir a obra de Jo Nesbø e se encantar com belas cenas de neve filmadas na Noruega.


Abraços Literários e até a próxima.



sábado, 2 de dezembro de 2017

Assassinato no Expresso do Oriente-

                                                                            


Sinopse: Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu retorno imediato a Londres. O detetive belga, então, embarca às pressas no Expresso do Oriente, inesperadamente lotado para aquela época do ano. O trem expresso, porém, é detido a meio caminho da Iugoslávia por uma forte nevasca, e um passageiro com muitos inimigos é brutalmente assassinado durante a madrugada. Caberá a Poirot descobrir quem entre os passageiros teria sido capaz de tamanha atrocidade, antes que o criminoso volte a atacar ou escape de suas mãos.


Publicado em 1934, Murder on the Orient Express, consagrado como um clássico policial, a obra que completou aniversário de 80 anos em 2014 e já rendeu três adaptações cinematográficas, 1974, 2001 e 2010 chega agora às telonas em novíssima versão!
Só no ano de sua publicação, o livro rendeu 3 milhões de cópias, tornando-se uma das obras mais bem sucedidas de sua autora, Agatha Christie, a “Rainha do Crime”, tendo o seu lugar garantido entre os clássicos policiais.  
Agora vamos a pergunta que não quer calar: E se você ultra fofínea/o, isolada/o do mundo, presa/o num trem no keio de uma nevasca e uma única certeza – há um assassino entre os passageiros.
E aí bebês? É de arrepiar não é?
Pois então sejam bem-vindas/os ao Expresso do Oriente!

                                                                                          


Hercule Poirot, um detetive aposentado, retorna à Londres pois sua presença fora solicitada com urgência. Por sorte conseguiu uma vaga no trem atipicamente lotado nessa época do ano.
Como sua fama o precede é abordado por um estranho que solicita seus serviços, alega que está correndo risco de morte e precisa de segurança.
Poirot nega ajuda. O crime ocorre e o homem é encontrado morto com lacerações pelo corpo.
O trem está parado, a nevasca cobre tudo, quem será o assassino?
Narrativa contagiante, viciante, instigante, envolvente cuja imersão é inevitável.
O ambiente foi bastante criativo, de repente nos vemos juntinho com todos aqueles passageiros de nacionalidades diferentes e idiomas variados, unidos apenas pela suspeita de um crime.
O desafio é real e fica o convite para que você participe da investigação e tente descobrir o final.
Que aliás quando li pela primeira vez, e era uma pirralhinha, me surpreendeu bastantão.
De lá pra cá já li outras três vezes e sempre me encanta tantas nuances e detalhes.
E continua sendo de Agatha Christie, um dos meus livros favoritos da vida <3
A capa do meu livro é a primeira, mas essa última com sobrecapa do filme com pôster já está viajando aqui para o meu cantinho de leitura \0/


Abraços Literários e até a próxima.






sábado, 16 de setembro de 2017

O Guardião Invisível-

                                                                              

Suspense policial que mistura ação e thriller psicológico numa narrativa interessante já que os assassinatos não são exclusivamente o plot abrindo espaço para acontecimentos e conflitos paralelos que em determinado momento se tornam mais interessantes que a premissa.
Com uma narrativa em terceira pessoa, acompanhamos as investigações de uma série de assassinatos cometidos em uma pequena cidade, chamada Elizondo, que têm em comum o fato de terem sido praticados contra garotas e ter em cada cena do crime montado um ritual.
A investigadora Amaia Salazar, uma mulher corajosa, decidida, inteligente e perspicaz, mas que apresenta um lado vulnerável, mostrado em flashes de sua infância, é colocada como chefe das investigações e precisa voltar a sua terra natal, lugar do qual ela se mantém o mais distante possível, fugindo dos fantasmas do seu passado.
Na trama são apresentados pontos de vista de diferentes personagens.
Como ninguém viu nada fora do comum, não ouviu nada diferente e ninguém tem motivos para ser suspeito, as investigações não evoluem e as pessoas começam a crer que o assassino seja um ser mítico chamado Basajaun.
Quem é Basajaun, onde ele está e principalmente porque cometeria esses crimes são as perguntas que permeiam o enredo do livro.

Um basajaun é uma criatura, espécie de homem de uns dois metros e meio de altura, com costas largas, longa cabeleira e bastante pelo por todo o corpo. Vive nos bosques, dos quais faz parte e nos quais atua como entidade protetora. Segundo as lendas, ele cuida para que o equilíbrio do bosque se mantenha intacto. E, embora não se mostre muito, costuma ser amistoso com os humanos.”

O que é real e o que é fantasia?
O livro trata bastante sobre a cultura basca, sua culinária, lendas e costumes mostrando alguns dos elementos da mitologia basco-navarra com a singularidade de trabalhar as crenças do povoado que de certa maneira influenciam até mesmo a protagonista que é racional e científica.
Os bascos, cuja história é coberta de mistérios, são um grupo étnico que habita parte do norte da Espanha e são nativos de Navarra. Quem gosta dessa pegada mítica vai gostar bastante da leitura.
O livro apresenta ainda um pouco da relação de Amaia com as irmãs e a tia, intercalando passagens de sua infância e sua conturbada relação com a mãe, trazendo relatos aterrorizantes.
A narrativa é fluída, instigante e envolvente.
A autora escreve de forma que prende a atenção e apesar de algum excesso de texto descritivo, a investigação segue de forma que tudo fica bem encaixado como em um quebra-cabeças onde cada peça está exatamente onde deveria estar e nenhuma outra se encaixaria tão bem ali.
São descritas também muitas informações técnicas de como são realizadas as investigações criminais.
Só no finalzinho do livro dá para desconfiar quem é o criminoso, ainda assim fiquei em dúvida, o que equivale a dizer que fui sim surpreendida.
Por ser uma trilogia, fica a expectativa para a continuação, mas esse final fecha o ciclo dos assassinatos.

                                                                        


A adaptação literária já entrou no catálogo brasileiro da Netflix.
Os espanhóis mandaram muito bem nas telonas trazendo a trama policial intrigante que vale muito a pena ser conferida.
Como no livro o thriller policial investigativo traz muitos elementos de um bom suspense.
A detetive Amaia Salazar é interpretada pela atriz Marta Etura, de Enquanto Você Dorme.
A direção de Fernando González Molina é boa mantendo o clima e conduzindo o competente elenco de forma exemplar. Também acertou a mão ao explorar só o necessário sem se tornar cansativo o que resultou em um filme bem feito e bem produzido, com excelente fotografia e muito bem inserida no contexto.  
Para quem está familiarizado com o gênero talvez não haja grandes surpresas nem maiores emoções, mas tem seu valor cultural e não deixa de ser uma boa opção de circuito alternativo.


Abraços Literários e até a próxima.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

O Sorriso da Hiena-

                                                                                 


Inicialmente uma publicação indie do autor nacional Gustavo Ávila, o livro agora lançado pela Verus, tem uma narrativa eletrizante começando com uma cena de assassinato complexa e intrigante.

Sinopse- Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitável psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana. Porém, a proposta feita pelo misterioso David coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral.
Até onde ele será capaz de ir? É possível justificar um ato de crueldade quando, por trás dele, há a intenção de fazer o bem?


William, um renomado psicólogo infantil, cuja tese de doutorado (que nunca saiu da teoria) que  o tornou famoso,  estuda  a relevância dos eventos violentos na vida de uma criança.

David, um serial killer, que assistiu o assassinato dos pais quando tinha oito anos, e agora repete com outras famílias o que foi feito com a dele com o objetivo de descobrir se elas se tornarão pessoas de bem ou se cometerão crimes bárbaros como ele.
Ele se tornaria o que é  sem nenhuma relação com o que aconteceu?
Ou o que aconteceu influenciou seu comportamento e personalidade?

Artur, o investigador que foi  designado a desvendar o crime de uma criança obrigada a assistir o assassinato dos pais.
À medida que outros assassinatos iguais acontecem, então precisa correr contra o tempo para desvendar a identidade do assassino. 
Famoso por seus feitos e pelo seu jeito peculiar devido a síndrome de Asperger (estado do espectro autista com maior adaptação funcional, pessoas com esta síndrome são socialmente inábeis e possuem interesses obsessivos em certos assuntos, no caso dele é a obsessão por romances policiais) inteligente demais e sociável de menos, é sem dúvida o melhor personagem do livro.

Bete, policial amiga de Artur, que também está investigando o caso, consegue uma pista: as famílias das vítimas recebiam rosas brancas após os crimes.

William, devido a sua experiência, é indicado para ajudar a polícia na captura do criminoso.
Mas  a polícia não é a única interessada na aptidão do psicólogo.
O responsável pelo crime ocorrido e por outros que se seguirão também entra em contato com ele fazendo uma proposta:  vai repetir com cinco crianças o que aconteceu com ele, e “dará” a William “material” para analisar,  acompanhar o crescimento delas e verá o tipo de impacto isso causará.

“A proposta de David era cruel e ele nunca havia imaginado compactuar com algo assim, mas  não conseguia deixar de pensar que poderia realmente tirar algo de bom disso. Se ele iria continuar matando,  por que não usar o mal para fazer o bem?”

A trama é perturbadora, levanta questões morais, expõe de maneira crua a maldade humana e você se questiona o tempo todo sobre as decisões que os personagens tomam.

“ Eu não quero fazer um curativo no dedo, eu quero…tirar o corte da faca.”

O Sorriso da Hiena é  uma mistura de gênero policial investigativo com thriller psicológico, instigante com muita coisa acontecendo bem rápido.

O livro é bom e eu gostei, a escrita do autor é fluída e quando vc começa ler não consegue parar até terminar, mas tem furos no roteiro que não passa despercebido num thriller investigativo.
Como uma policial vai sozinha até a casa do suspeito?
Porque testemunhas que poderiam descrever  o assassino não são interrogadas?
Parte-se do pressuposto da constante, mas porque  o estudo das variantes não é levada em consideração?
Algumas pistas são bem óbvias, como por exemplo, como o William chega até uma das crianças que teve os pais assassinados antes da polícia saber do crime?

O final do livro pode não agradar a todos, mas não há como negar que se vista por uma perspectiva imparcial o desfecho estava lá desde o início, afinal não conseguir discernir entre o bem e o mal, é no mínimo um sério problema de conduta.

A Globo comprou os direitos de adaptação então vem por aí um filme ou uma série.

Abraços Literários e até a próxima.




sábado, 16 de janeiro de 2016

Caneca Literária #29: Manuscritos do Mar Morto

                                                                                 
A Caneca Literária de hoje é para VCS que assim como nós amam os thrillers policiais/conspiratórios e aqueles personagens super bem construídos, marcantes, inesquecíveis, com os quais fazemos amizade e depois que o livro acaba, sentimos uma saudade imensa deles.

Nossa coluna queridinha estreia 2016 em grande estilo trazendo um dos nossos livros favoritos!

                                                                                   


Sinopse- A ambiciosa policial Heather Kennedy está em seu trabalho mais difícil: seus métodos de investigação são criticados e ela está sendo assediada por colegas rancorosos porque não lhes dá atenção. Até que lhe é atribuída o que parece ser uma investigação de rotina, sobre a morte acidental de um professor da Faculdade Prince Regent, mas a autópsia deste caso volta com algumas descobertas incomuns: o inquérito vincula a morte deste professor às de outros historiadores que trabalharam juntos em um obscuro projeto sobre um manuscrito do início da Era Cristã. Em seu escritório, Kennedy segue com sua investigação e logo se preocupa com o rumo para onde está sendo levada. Mas ela não está sozinha em sua apreensão. O ex-mercenário Leo Tillman — seu futuro parceiro — também tem angustiantes informações sobre estes crimes. E sobre a misteriosa organização mundial a que os crimes se relacionam… Escondido entre os pergaminhos do Mar Morto, um códice mortal pretende desvendar os segredos que envolvem a morte de Jesus Cristo. Entre um terrível acidente de avião no deserto americano, um brutal assassinato na Universidade de Londres e uma cidade-fantasma no México, Manuscritos do Mar Morto é o mais emocionante thriller desde O código Da Vinci.


A policial Heather Kennedy, nossa protagonista, é daquelas personagens principais que arrepiam a cada frase. Ela tem uma pegada diferente, forte, ousada, autoritária, competentíssima e determinada sendo ao mesmo tempo refém de uma sensibilidade incomum e das incertezas que rondam seu psicológico e seu dia a dia no trabalho em campo.
Leo Tillman é um cara instigante. Sombrio, estranho, interessante, forte, firme, determinado, misterioso, daqueles que desperta a curiosidade só de olhar, sacaram? (quero um Tillman para chamar de meu hehehe).
Kennedy conhece Tillman, e os dois formam uma parceria. No início não são amigos, nem mesmo colegas. Apenas trocam informações absolutamente necessárias onde um ajuda o outro nas investigações paralelas de ambos até descobrirem os Manuscritos do Mar Morto, que esconde um segredo que a humanidade não pode conhecer.
Daí VC pensa a história é batida e recontada, mais um livro que costura as teorias da conspiração sobre a morte de Jesus e o surgimento do cristianismo, dos muitos que surgiram na esteira de O Código da Vinci de Dan Brown.
Mas Manuscritos do Mar Morto, do britânico Adam  Blake, apesar do título óbvio, é um bom thriller policial, desses que se lê de um só fôlego, de uma sentada, que prende a atenção do início ao fim, recheado de mistérios e tramas de espionagem internacional, para entreter leitores que adoram o gênero.
O ponto de partida é um grupo de historiadores que trabalha em documentos antigos, especificamente aqueles encontrados na década de 1940 em Nag Hammadi, no Egito,  que versam sobre gnosticismo (conjunto de correntes filosófico-religiosas) e um suposto Evangelho de Judas. Os pesquisadores descobrem um segredo milenar que jamais deveria vir à luz e por isso pagam com a vida, em crimes planejados para parecerem acidentes.
É a partir daí que entram em ação os protagonistas da história, a detetive Heather Kennedy e o ex-soldado e ex-mercenário Leo Tillman, “uma hábil máquina de matar” que há 13 anos viaja pelo mundo em busca de Michael Brand, o homem que ele acredita ter raptado sua mulher e os três filhos pequenos. Os dois se unem porque Brand também parece estar misteriosamente envolvido nas mortes dos pesquisadores.
Além da trama principal, Adam Blake, que é pseudônimo de Mike Carey, autor consagrado da Grã-Bretanha, desenvolve ótimas tramas paralelas, que com o avançar da narrativa se cruzam, como as investigações do xerife Webster Gayle, (um dos meus personagens favoritos) no Arizona, sobre a queda de um avião em um pedaço de deserto sob sua jurisdição.
O autor também explora muito bem os conflitos pessoais e familiares de seus personagens. Heather Kennedy, por exemplo, cuida do pai, um ex-policial com Alzheimer. E por ser mulher, invejada pela competência em seu trabalho, e lésbica, sofre assédio moral e provocações constantes dos colegas detetives de seu departamento. Já Tillman, tem uma personalidade complexa, obsessiva  e compulsiva, além de uma carga emocional imensa que demonstra o quanto sua alma é atormentada por uma busca (quase) infrutífera, que é o que o mantém em contato com a realidade.

A história começa em Londres, com algumas cenas em lugares exóticos da Europa Central e do Oriente Médio. Depois, juntando, alinhavando e costurando as tramas paralelas com maestria, Blake transfere o epicentro da trama para o Arizona e a Cidade do México, unindo Heather e Gayle, além da jornalista Eileen Moggs, uma personagem coadjuvante que se mostra essencial para a investigação da detetive inglesa.
Blake, que também é roteirista de quadrinhos, tem uma narrativa ágil e enxuta, além de rica em detalhes, com personagens muito bem construídos, carismáticos e “reais”.
Ele escreve de forma visual, mas não perde tempo com descrições desnecessárias e consegue adjetivar cenários que surgem na mente do leitor como cenas de um filme, inserindo-o na trama.
Manuscritos do Mar Morto surpreende por mostrar as mesmas questões por um ângulo e abordagem novos.
Comparar o livro a O Código da Vinci é um grande equívoco. Dan Brown faz questão de manter um tom conspiratório, místico e até meio fanático nas histórias de Robert Langdon; enquanto Blake trabalha num tom “crível” em seu thriller de conspiração e investigações plausíveis. Não precisa ser um leitor muito atento,  basta senso crítico e bagagem de referências literárias prévias, além de bom senso, para ficar  claro que os livros não se misturam.

Manuscritos do Mar Morto é um excelente livro de suspense, ação, assassinatos, intrigas e você leitor, precisa conhecê-lo o mais rápido possível.
Especialmente se VC curte um thriller policial conspiratório de arrepiar. 

Recomendadíssimo!

Abraços Literários e até a próxima.



sábado, 31 de outubro de 2015

Caneca Literária #26: Teia Negra

                                                                                  


A Caneca Literária de hoje é para VCS que assim como nós amam um bom livro, aquele thriller de tirar o fôlego, envolvente e instigante, que não dá para parar de ler até chegar o final!

                                                                                



Teia Negra- Julio Rocha

Sinopse- O assassinato do presidente de uma multinacional do petróleo no Rio de Janeiro é tratado pela polícia local apenas como resultado de um assalto.
Entretanto, o pai da vítima, um poderoso milionário de Nova Iorque, não acredita nesta versão dos fatos e envia o ex-agente da CIA, Michael Farrel, para o Brasil. A missão de Michael é encontrar o responsável pela morte de seu amigo de infância, Robert Wong, e fazer justiça.
Com a ajuda de Kremer,  um policial federal brasileiro, Michael mergulha em uma intricada trama, envolvendo políticos do alto escalão do governo, empresários inescrupulosos e contratos bilionários. Aos poucos, o motivo da morte de Robert começa a ser desvendado, mas muitos obstáculos serão ultrapassados até que o verdadeiro assassino seja identificado e punido, não pela justiça brasileira, mas pelas leis de Bei Wong.

Um ágil e instigante thriller que nos envolve de tal maneira que fica impossível abandonar a leitura antes do final. E quando o final chega, VC quer continuar sentindo a adrenalina!
Narrado em 3ª  pessoa, com descrições maravilhosamente detalhadas e nem por um instante cansativas.
Já no prólogo VC já tem a noção do que vai encontrar pela frente e sabe que foi fisgado. É aí que conhecemos Bei Wong, pai de Rob que pede a Michael para traçar uma investigação paralela sobre o real motivo do assassinato de seu filho.
Teia Negra é o nome da missão que busca desvendar esse crime.
Um quebra-cabeça com peças soltas,  que a princípio não fazem sentido, mas que vão sendo alinhavadas as outras e acabam se encaixando perfeitamente.
Dividido em três partes: A Conspiração, A Verdade e A Vingança é uma narrativa de tirar o fôlego!
Investigações paralelas, planos mirabolantes, desafios aparentemente impossíveis, pressão psicológica, contratos milionários com direito a cláusula da discórdia, conflitos de interesses, escândalos de corrupção, aventuras e uma pitada de romance tudo na medida exata!
Personagens secundários muito bem construídos, com destaque para uma pequena, mas de suma importância, para o policial  Robson, que é o responsável pelas investigações. Ele que cresceu jurando fazer justiça, dar sua contribuição para que o mundo fosse um lugar melhor, recebe ordens superiores para encerrar o caso ...
Me encantei e me emocionei com o caráter e com a atitude dele!

 Eu que sou fã incondicional de livros únicos, fico torcendo para encontrar Michael e Kremer em uma nova missão!!!!

Leitura recomendadíssima!

Abraços Literários e até a próxima.


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Definição: Thriller-

                                                                           


Thriller ou suspense é um gênero da literatura, filmes, jogos eletrônicos e televisão que usa o suspense, tensão e excitação como principais elementos.
O seu principal subgênero é o "thriller psicológico”. Depois do assassinato do presidente estadunidense John F. Kennedy, os filmes de thriller político se tornaram muito populares. Um grande exemplo de thrillers são os filmes de Alfred Hitchcock.
Tanto o ato de esconder informações importantes do leitor/espectador como cenas de perseguições são características comuns em todos os subgêneros de thrillers, embora cada gênero tenha características próprias.
Outra grande característica do thriller são os clímax criados para prender os leitores/telespectadores. Esses momentos ocorrem geralmente quando o personagem principal é colocado em uma situação ameaçadora, misteriosa, em uma fuga ou uma perigosa missão da qual parece impossível escapar. A sua própria vida é ameaçada, geralmente porque o personagem principal é inocente ou inconscientemente está envolvido na trama.
"A Odisseia de Homero é uma das mais antigas histórias no mundo ocidental e é considerado um protótipo do thriller”,  uma trama controlada por um vilão, em que ele apresenta obstáculos que o herói deve superar.

O thriller contém alguns subgêneros:
Thriller de conspiração
No thriller de conspiração, os protagonistas costumam ser jornalistas ou investigadores amadores que, geralmente sem saber, "puxam um fio”  e acabam por descobrir uma grande conspiração e a investigam até descobrir todos os segredos por trás dela, se tornando, assim, uma ameaça e alvo para os conspiradores. A complexidade de fatos históricos são muito utilizadas nesse gênero, onde se faz um jogo de moralidade, o vilão faz coisas ruins e os mocinhos tem que derrotá-lo.
Algumas características desse gênero são pessoas com a vida colocada em risco pela conspiração  e as narrações feitas, como em suspenses policiais. Um fato comum nas mídias desse gênero é a frustração do personagem por não conseguir provas sobre a conspiração, já que os vilões sempre encobrem todos os fatos com mentiras.

Thriller criminal
O thriller criminal é uma mistura de filmes sobre crimes e o thriller, que mostra uma sequência de crimes bem-sucedidos, em que o protagonista tem de investigá-los, fazer sua detecção e descobrir quem são os criminosos e os seus motivos. Nesse gênero, geralmente se foca no criminoso e não no investigador/policial. Geralmente, se enfatiza a ação sobre os aspectos psicológicos dos personagens. Os temas mais comuns são serial killers, assassinatos, assaltos, perseguições e tiroteios.

Thriller psicológico
No thriller psicológico, os personagens não são dependentes da força física para superar seus inimigos (que é frequentemente o caso típico de thrillers de ação), mas dependem de suas capacidades mentais, seja pela inteligência lutando com um oponente formidável, ou por tentar se manter em perfeito estado psicológico.
Uma das características nesse gênero é que o escritor/roteirista busca descrever os eventos do ponto de vista do personagem, sendo assim, na maioria das vezes, narrados em primeira pessoa, ou seja, o próprio personagem é quem conta a história. Esse recurso é muito usado pois faz o leitor ficar mais envolvido com o personagem e ser capaz de entender como funciona sua mente. Outra característica desse tipo de thriller é que a narração volta muitas vezes no tempo, em que o personagem conta algo que aconteceu em seu passado, mais especificamente para justificar suas atuais motivações, ou mostrar como algo mudou sua percepção sobre seu passado/presente.
Muitos thrillers psicológicos têm surgido nos últimos anos, em vários tipos de mídias Apesar das diferentes formas de representação, tendências gerais têm aparecido ao longo das narrativas. Alguns destes temas são: a percepção do personagem do mundo à sua volta, sua tentativa de distinguir o verdadeiro do irreal, sua mente confusa, busca por sua identidade e medo/fascínio pela morte.


Esse é um gênero bem interessante, já que as narrativas são quase sempre instigantes, interessantes e prendem a atenção do início ao fim.
VCS gostam desse gênero???
Quais livros do gênero leram e recomendam ????
Estamos curiosos para saber.
Ao visitar nosso cantinho, sentem na rede, peguem uma xícara de café e deixem seus comentários.



Abraços Literários e até a próxima.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Viva para contar – Lisa Gardner

                                                                          



Em uma noite quente de verão, em um bairro de classe média de Boston, um crime inimaginável foi cometido: quatro membros da mesma família foram brutalmente assassinados. O pai — e possível suspeito — agora está internado na UTI de um hospital, entre a vida e a morte. Seria um caso de assassinato seguido por tentativa de suicídio? Ou algo pior? D. D. Warren, investigadora veterana do departamento de polícia, tem certeza de uma coisa: há mais elementos neste caso do que indica o exame preliminar. Danielle Burton é uma sobrevivente, uma enfermeira dedicada cujo propósito na vida é ajudar crianças internadas na ala psiquiátrica de um hospital. Mas ela ainda é assombrada por uma tragédia familiar que destruiu sua vida no passado. Quase 25 anos depois do ocorrido, quando D. D. Warren e seu parceiro aparecem no hospital, Danielle imediatamente percebe: vai acontecer tudo de novo. Victoria Oliver, uma dedicada mãe de família, tem dificuldades para lembrar exatamente o que é ter uma vida normal. Mas fará qualquer coisa para garantir que seu filho consiga ter uma infância tranquila. Ela o amará, independentemente do que aconteça. Irá protegê-lo e lhe dar carinho. Mesmo que a ameaça venha de dentro da sua própria casa. Na obra de suspense mais emocionante de Lisa Gardner, autora best-seller do The New York Times, a vida dessas três mulheres se desdobra e se conecta de maneiras inesperadas. Pecados do passado são revelados e segredos assustadores mostram a força que os laços de família podem ter. Às vezes, os crimes mais devastadores são aqueles que acontecem mais perto de nós.

“Eu procurava por uma resposta que nunca encontrei. Meu pai matou a família inteira, exceto a mim. Será que aquilo significava que me amava mais do que aos outros, ou me odiava mais do que aos outros?
- O que você acha? - Era o que o Dr. Frank sempre respondia. Acho que essa é a história da minha vida.”

A sinopse do livro poderia resumi-lo perfeitamente, porém, Viva para Contar supera qualquer expectativa criada.
Nesse instigante e eletrizante thriller de suspense e de investigação policial, que é ao mesmo tempo dramático e humano, Lisa Gardner nos apresenta  a história de duas mulheres: Danielle Burton e Victoria Oliver. Duas vidas com grande carga dramática, cujos atos e destino se entrelaçam para compor uma trama de suspense, renúncia, amor, psicose e morte que fará você se emocionar, sofrer e torcer a cada página lida.  
A narrativa é contada na primeira e terceira pessoa. E esse é um dos pontos fortes do romance. Ao mesmo tempo em que temos uma visão geral da trama, por conta do narrador, por outro lado, a autora promove nossa inserção na história quando nos conduz pelo mundo conturbado das protagonistas  através da visão e do pensamento de cada uma delas. São duas visões com emoções diferentes de um mesmo problema: a psicose infantil.
Viva para Contar não é só drama, embora a carga emocional e dramática seja marcada de maneira intensa e profunda, é bom que vocês tenham em mente que o romance também é um thriller policial. E todo o suspense causado pela investigação policial é administrado pelas mãos competentes da veterana D.D. Warren, sargento de homicídios na cidade de Boston. Por conta das investigações de D.D. Warren, as descrições feitas por Lisa Gardner para as cenas de crime é uma das melhores, que já li em um romance policial. A parte que descreve o trabalho de Danielle, na Clínica de Avaliação Pediátrica de Boston, também me causa alguns bons arrepios.
Assim, entre drama e suspense investigativo, Lisa Gardner, com deliciosa maestria de quem sabe como escrever um excelente romance policial, nos cativa a cada página com seu estilo caprichoso, numa narrativa rica de detalhes e repleta de meandros, onde, a cada novo capítulo, vamos nos dando conta de que temos diante dos olhos o mundo que nos cerca e que vivenciamos todos os dias. Danielle, Victoria e Warren são tão reais quanto qualquer um de nós, buscando um lugarzinho ao sol que brilha com igual intensidade para todos, mas que está cada vez mais difícil de ser compartilhado.
Amei esse livro. Foi uma lição de vida e uma obra literária fantástica, um excelente thriller com muito suspense e alta dramaticidade, além de ser uma grata surpresa ler cada página, acreditando numa coisa e, em interessantes reviravoltas, descobrir outra.
Gostei muito da capa que resume com perfeição a história, a diagramação ficou excelente e a tradução está ótima.
Os personagens são cativantes, apaixonantes mesmo, e muito bem construídos, os diálogos são primorosos e as descrições que apesar de riquíssimas em nenhum momento se tornam enfadonhas ilustram com perfeição cada minúcia da trama.
A narrativa é feita sob o ponto de vista dessas três mulheres, que tem igual importância no desenvolvimento da trama. A forma como a autora troca de narradora é muito bem feita e perceptível, não deixa o leitor confuso.
A autora sabe como mesclar momentos descritivos com diálogos, imprimindo ritmo constante e fluído de leitura.
O enredo é ousado, trata de temas pesados, crianças psiquiátricas, vítimas de maus tratos, xamãs, serial killer e sobreviventes.
No desenrolar da trama tudo está bem encaixado, nenhuma ponta solta, pequenos detalhes que irão compor o quadro final são muito bem alinhavados.
Leitura recomendada para quem gosta de um bom thriller policial, serial killer e leitura frenética
Mais do que recomendado, é  uma leitura indispensável.



Abraços Literários e até a próxima.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Sangue na Neve- Lisa Gardner

                                                                      



Sinopse - A policial Tessa Leoni matou seu marido, Brian Darby, em legítima defesa. A arma do crime está à vista de todos e os hematomas no corpo de Tessa confirmam a ocorrência. A policial também não fez questão de fugir, ou de arrumar qualquer justificativa para explicar aquele corpo estendido no chão da cozinha, portanto, aparentemente, o que a investigadora D.D.Warren tem à sua frente é o desfecho de uma briga doméstica. Um caso simples. No entanto, ao abrir o inquérito, D. D. terá uma surpresa: este não é o primeiro homicídio de Tessa Leoni e — afinal — onde está a filhinha de seis anos da policial? Será que a policial Leoni realmente atirou em seu marido para matá-lo? Uma mãe seria capaz de prejudicar intencionalmente sua filha? D. D. Warren, a experiente detetive que acredita que desvendar um caso é como mergulhar na vida do criminoso, enfrentará mais uma investigação que a levará a uma busca frenética por uma criança desaparecida enquanto tenta encaixar as peças de um mistério familiar que a levará a quebrar os muros do corporativismo policial.


Esse é o primeiro livro da autora que leio. Amo suspense, thriller policial e psicológico, por isso achei que iria gostar muito do livro, mas não imaginei que fosse gostar tanto!
Eu me apeguei ao livro!
Li de uma sentada e quando terminei fiquei triste porque já estava sentindo saudades dos personagens com os quais fiz amizade durante a leitura.
Como não se encantar com a fofa e adorável Sophie?  Como não perceber a perfeita sintonia entre D.D e Bobby? Me apaixonei pelo Brian “Bom”, quis dar uns petelecos no Shane por ter sido tão mau, simpatizei de cara com a Ennis e me emocionei demais com a Juliana.
Agora sem sombra de dúvida Tessa se tornou minha atual heroína dos livros!
Gente como torci pela Tessa e pela Sophie!
A narrativa cumpriu plenamente seu objetivo de entreter, envolver, cativar, instigar, refletir, e às vezes também, chocar.

Uma trama muito bem construída e amarrada nos mostra o dia a dia da policial Tessa Leoni, com sua filhinha de 6 anos, Sophie e seu marido, Brian Darby
A felicidade é ceifada pelo tiro que Tessa deu em seu marido. Por quê?
É nesse momento que entra em cena, a detetive D.D. Warren para solucionar o crime, desvendar os segredos, descobrir os mistérios e para solucionar o crime que num primeiro momento parece inexplicável.
A cena está toda bagunçada além de inúmeras pegadas na neve destruindo a chance de uma reconstituição clara.
A policial Tessa Leoni  se encontra em choque e parece ter levado uma surra.
À primeira vista a conclusão é a de que ela se defendeu de um marido violento.
Mas alguma coisa não se encaixa perfeitamente ali e para piorar a situação que já bem ruim, Sophie, de seis anos,  filha de Tessa,  está desaparecida.
À medida que a investigação avança D.D. começa a crer que Tessa  não é exatamente a boa moça que parece ser e que todos  fazem parecer que é. Mas onde foi parar a criança? Teria Tessa matado a própria filha? E porque a história sobre o marido morto não bate? Quanto mais D.D. investiga mais camadas vão compondo essa história. Será D.D. capaz de desvendar o crime?

A partir dessa premissa Gardner constrói uma trama repleta de possibilidades em torno de duas mulheres fortes. De um lado da narrativa temos D.D. que além de investigar enfrenta um dilema que jamais sonhou que iria enfrentar e do outro Tessa Leoni,  que matou o marido e fará de tudo para recuperar sua filha. Duas personagens extraordinárias.
Os personagens secundários são tão bons quanto as protagonistas, personagens de peso que fazem toda a diferença no enredo e estão perfeitamente inseridos num quebra- cabeça dinâmico onde cada peça tem seu lugar e nenhuma outra pode ocupá-lo!
A narrativa surpreende pela fluidez e pela riqueza, um quadro bem composto, com detalhes e informações precisas.
Uma das melhores características do conjunto de Lisa Gardner é a precisão dos detalhes que compõe o ambiente da trama, sem se tornar cansativa a leitura.
A trama conquista o leitor com uma narrativa envolvente,  talhada por personagens realistas e uma história que fará você refletir, se surpreender, torcer, buscar respostas,   Uma narrativa imprevisível, com reviravoltas, com mudanças de rumos e dúvidas.
O final pode ser previsível e até clichê levando-se em consideração o gênero, mas acreditem, esse é um pequeno detalhe que não deve ser levado em consideração.
Um mote ágil, interessantíssimo, instigante  e intrincado em uma narrativa forte e com ótima trama.
Além  de muita, muita ação mesmo, e resolução dos crimes, a trama  se desenrola como um grande quebra-cabeça.
Leitura rápida e agradável, instigante, inteligente e interessante, que se desenvolve de maneira crível.
Uma história sobre até onde o amor de uma mãe é capaz de ir, marcada por ação e uma ambientação única.

Leitura mais do que recomendada, obrigatória, para quem assim como eu, é fã do gênero thriller policial!


Abraços Literários e até a próxima.