O final de “Além do tempo”, sexta-feira, 15, mudou o trágico destino que seus protagonistas, Lívia (Alinne Moraes)
e Felipe (Rafael Cardoso), tiveram na vida anterior, durante a primeira fase da
novela.
O desfecho foi
reflexivo. Assim, como no início da novela,
que estreou em 13/07/2015, houve o seguinte questionamento: Será mesmo que
colhemos o que plantamos?
Fato é que o casal de protagonistas se salvou.
Lívia e Rafael foram
novamente jogados de um penhasco por Pedro (Emílio Dantas), mas, desta vez,
sobreviveram e tiveram o tão esperado final
feliz.
Outra que também havia
morrido e agora se salvou foi Melissa (Paolla Oliveira) que ajudou o casal e
teve sua redenção.
Mais que justo, esperançoso. O que deve acontecer numa segunda vida,
numa segunda chance, numa outra encarnação, é aprendizado.
Além do Tempo marcou a volta das novelas de época (na primeira fase) falando de espiritualidade e que todos têm
direito a uma segunda chance.
Mocinha, mocinho e
vilões no sentido tradicional e literal da palavra.
Uma novela clássica
com personagens bons e maus muito bem definidos, tramas rocambolescas,
reviravoltas, vingança, ódio e muito amor. Bastaram duas semanas no ar para que
a história de amor de Lívia e Felipe caísse no gosto do público.
Com figurino digno das obras de Jane Austen, a iluminação, a cenografia, fotografia e o encantador mundo do vinho
em ambientação no sul do país acertaram em cheio.
Vitória (Irene
Ravache) e Emília (Ana Beatriz Nogueira) alternaram a vilania em cada fase,
promovendo duelos eletrizantes e suas identidades foram defendidas com
excelentes interpretações.
Aliás, grandes interpretações deram mesmo o tom da
novela, com destaque para Bernardo (Felipe Camargo), Gema (Louise Cardoso),
Dorotéia (Júlia Lemmertz), Raul (Val Perré), Bento (Luís Carlos Vasconcelos),
Zilda (Nívea Maria), Roberto (Rômulo Estrela) e Alberto (Juca de Oliveira) que
emocionaram.
A família de Massimo
(Luís Mello) e Salomé (Inês Peixoto) com suas trapalhadas trouxe o riso.
E as participações
mais do que especiais dos anjos Ariel, Cícero e Elias foram muito fofurosos!
Grande surpresa no horário das 18h, a trama de Elizabeth Jhin ousou ao
fazer algo inédito na nossa teledramaturgia: em um formato inovador, contou a
história em duas partes com uma passagem no tempo de 150 anos. A primeira fase
com duração de três meses ambientada no século 19 e uma segunda fase nos dias
atuais também com duração de três meses, mantendo os mesmos atores e nomes dos
personagens.
Uma novela que trouxe dois finais, um da primeira fase e outro agora, praticamente
uma novela dentro de outra!
O desfecho da primeira
fase teve status de final de novela, ousado, já que os dois protagonistas
morrem abraçados no fundo do mar, após caírem de um penhasco.
O reencontro deles no
metrô, na passagem dos 150 anos, mostrou que a química continuava a mesma.
Ela, uma especialista
em vinhos, e ele, um proprietário de uma vinícola familiar, que prioriza acima
de tudo, a qualidade de seus produtos, em especial, “um merlot de excelente
terroir”. (Terroir, é uma palavra francesa sem tradução em nenhum outro idioma.
Significa a relação íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe
o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade,
tipicidade e identidade em um vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê.
Um conjunto de fatores que influencia o desempenho do vinhedo, a qualidade da
uva colhida e participa da personalidade final do produto, como se fosse uma
assinatura de cada região produtora).
O protagonismo dos
vinhos brasileiros foi um dos temas mais encantadores da novela, que contou com
o suporte do Instituto Brasileiro do Vinho, em conjunto com outras instituições
como a Associação Brasileira de Enologia.
As gravações foram
realizadas no polo produtor da Serra Gaúcha, e destacou as profissões de
enólogo e sommelier, além de dar ênfase à colheita e produção da bebida.
A trama destacou
inclusive, o enoturismo, por mostrar paisagens de regiões produtoras e abordar
o vinho em todas as suas etapas produtivas.
Também foram
protagonistas as rosas vermelhas que o conde Bernardo cultivou <3
Olha elas aí: Foram
entregues pela Dorotéia para os três anjos Ariel, Elias e Cícero.
A propósito o anjo Ariel que na primeira fase perde suas
asas e se torna humano, escolhe voltar a
ser anjo! Tudo de bom <33
Produção incrível, elenco dedicado, ineditismo.
Já estou com saudades!
E VCS assistiram à novela? Gostaram dos desfechos?
Abraços Literários e até a próxima.
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