P.S. I Love You
Autora: Cecelia Ahren
O livro começa
falando sobre o doloroso luto de Holly e a forma com a qual ela se
entregou a ele. Ficando dentro de casa sem se importar com sua aparência, com sua família e amigos.
Então as coisas
coeçam a mudar quando ela recebe uma ligação de sua mãe, para saber se
está bem e lhe conta sobre um
misterioso envelope endereçado a ela.
Ao pegar o
envelope, Holly encontra cartas deixadas
pelo marido falecido que ele chama de “A lista”, que ela deve seguir e que a ajudarão
a encarar o luto durante os seus primeiros meses sem ele.
Holly acaba
vendo nessas cartas uma chance de ter Gerry um pouco mais perto, ou
mesmo sentir como ele não se foi. E são
essas cartas que são o ponto de partida tanto para o livro, quanto para o filme
inspirado no livro.
O livro é
narrado na terceira pessoa, e mesmo a leitura sendo um tanto densa, ela flui
bem, além de ser super tranquila e muito engraçada.
O foco da
narrativa fica praticamente o tempo inteiro sobre Holly, o que não permite ao leitor
ter uma visão maior de outros personagens e de suas histórias. E é isso que
torna a leitura tão maravilhosa. Você acaba acompanhando o dia a dia de Holly,
seus altos e baixos que são comuns e a transformam num personagem batante real.
Acompanhar o processo
de aceitação e superação do luto de Holly com certeza é uma das coisas mais
emocionantes de P.S. Eu te Amo. Por
muitos momentos eu me sentia arrepiada e me via em lágrimas enquanto lia o bom
trabalho que a autora fez em fornecer toda uma visão dramática e verdadeira do
sofrimento da protagonista.
P.S. Eu te Amo é um livro que fala muito mais do que morte e luto, ele é um livro que fala sobre vida. E rimos com os amigos
e a família de Holly. Eles são a parte
cômica e
fazem relaxar e rir numa narrativa que
a primeira vista parece depressiva, mas que está bem longe de ser na
verdade.
O livro ganhou
uma adaptação para as telonas.
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P.S. I Love You é um dos filmes
românticos mais poéticos e delicados das últimas décadas. Inspirado no livro de
mesmo nome, de autoria da escritora irlandesa Cecelia Ahern,
ele percorre sutilmente e sem pieguices a trajetória de uma garota perdida,
profissionalmente indefinida, quase despojada de seus antigos sonhos e ideais,
com medo de ser abandonada pelo homem que ama como ocorreu com sua mãe, e
subitamente arrebatada de seu amor não pela vida, mas sim pela morte.
Completamente desamparada e despreparada para
viver esta realidade inevitável e sem retorno possível, Holly Kennedy,
interpretada pela atriz Hilary Swank, a princípio se entrega ao total
isolamento, a uma vida mergulhada apenas em lembranças e sonhos, povoados pela
imagem de Gerry, vivido pelo ator Gerard Butler.
Ao contrário do que se pode imaginar, eles
não formavam o casal perfeito, no estilo Romeu e Julieta. Passado o
encantamento do amor à primeira vista que conduziu o irlandês Gerry rapidamente
aos braços da esposa Holly, aparecem as diferenças e as dificuldades, mas
apesar da força destruidora que invade
este relacionamento, o amor persiste e resiste, mesmo em contato com a dura
realidade.
Não são os amigos, nem a família, que tiram
Holly do estado de torpor emocional em que ela se encontra, e sim este vínculo
afetivo que a une a Gerry, mais forte que tudo, a ponto de vencer a própria
morte. No dia em que ela completa 30 anos de idade, algum tempo depois de ficar
viúva, ela recebe um inesperado presente, uma mensagem gravada em cassete por
seu ex-marido, a qual anuncia as futuras cartas que ele lhe enviará.
Holly realmente passa a receber as
enigmáticas mensagens, que surgem de forma inesperada e misteriosa em sua caixa
de correio. Todas são assinadas por Gerry com um P.S. que sempre se repete: “Eu te amo”.
Aos poucos estas cartas vão reconduzindo
Holly de volta à vida. Mais que isso, vão guiando seus caminhos, como um fio de
Ariadne, de volta aos antigos sonhos, definindo, aos poucos, sua jornada existencial.
Embora sua mãe, Patrícia, interpretada pela
excelente Kathy Bates, discorde completamente da idéia de Gerry, pois acredita
que estas mensagens a mantém cativa de seu passado, Holly segue adiante,
confortada pela constante presença de Gerry, obcecada em não cair nos braços de
mais nenhum outro homem, nem mesmo do rude, mas charmoso Daniel, ótima
interpretação do ator e cantor Harry Connick Jr.
Suas melhores amigas, Sharon (Gina Gershom) e
Denise (Lisa Kundrow), são companheiras constantes nesta jornada, embarcando
também nas idéias do antigo companheiro, mas em alguns momentos se preocupam
com a sanidade mental de Holly. Afinal, estas cartas realmente ajudam Holly ou
a mantém em uma ilusória teia de sonhos?
Embalada por uma trilha sonora contagiante e
a direção segura de Richard LaGravenese, pela interpretação contida e genial de
Kathy Bates, a atuação acima da média de Hilary Swank e o desempenho divertido
de Gerard Butler, P. S. Eu te amo emociona sem recorrer a um
sentimentalismo artificial.
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