Sinopse- “O
Colecionador”, 1963, que inspirou o filme homônimo de 1965, é o
romance de estreia de John Fowles e narra a história de
Frederick Clegg, um funcionário público que coleciona borboletas e,
quando subitamente, se torna dono de uma fortuna planeja sequestrar
Miranda, seu amor platônico.
A trama se
desenvolve com a disformidade da personalidade de Clegg, que tem a
seu favor a superioridade de força, contra a vitalidade e
inteligência de Miranda que, confunde e ofusca o sequestrador.
Fowles que se
inspirou em autores existencialistas como Sartre e Albert Camus,
surpreendeu os leitores dos anos 1960 com um thriller que faz uso
de elementos filosóficos inovando o gênero suspense tornando a obra
um ícone do século XX.
São dois os
protagonistas e temos dois pontos de vista: o do sequestrador e o da
vítima.
Frederick
Clegg, “o colecionador”, um homem tímido e com complexo de
inferioridade que é fascinado por colecionar borboletas, e também
por Miranda. Ele a segue todos os dias, conhece seus horários, os
lugares que frequenta, sabe quem são seus amigos, onde mora e tudo
sobre sua família. Muitas vezes passa por ela fingindo ler um
jornal.
Sua imprevisibilidade desperta a curiosidade do leitor e surpreende, apesar de suas tentativas em racionalizar sua condição de sociopata já que ele aceita como corretas suas ações.
Miranda Grey é uma jovem estudante de artes que sonha ser pintora e acabou de ganhar uma bolsa na prestigiada Escola de Arte Slade.
Sua imprevisibilidade desperta a curiosidade do leitor e surpreende, apesar de suas tentativas em racionalizar sua condição de sociopata já que ele aceita como corretas suas ações.
Miranda Grey é uma jovem estudante de artes que sonha ser pintora e acabou de ganhar uma bolsa na prestigiada Escola de Arte Slade.
Certo dia a vida
de Clegg muda completamente. Após receber uma fortuna ele planeja
“capturar o espécime” que faltava em sua coleção. Então
sequestra a jovem e a aprisiona no porão de sua casa. Ele quer
demonstrar seu “amor” por ela e quer ser correspondido.
Obviamente o
sequestro em si é o primeiro de uma série de obstáculos à
reciprocidade desejada por ele.
Enclausurada a
moça vive como “mais uma” de suas borboletas, sob o olhar de seu
"dono", que apenas a alimenta. O contato físico entre eles
ocorre apenas em função das tentativas de fuga dela, quando Clegg a
subjuga pela força.
É uma situação
sem saída, se ela o rejeita ele se sente ferido, se ela cede aos
seus pedidos ele entende como fingimento e falsa aceitação. Nada
que Miranda faça o satisfará.
Imaturo, sua
relação desenvolvida é a de posse (a coleção de borboletas) e
ele não percebe a destruição que provoca ao ser amado.
É uma leitura
difícil, detalhada e claustrofóbica onde sentimos muito medo por ser uma
temática infelizmente, atemporal.
Sobre a edição
da DarkSide a capa é dura, o projeto gráfico lindo com pintura
trilateral, miolo em papel pólen soft e boa diagramação. Tem
prefácio escrito por Stephen King e um posfácio contendo
explicações sobre referências artísticas e literárias que o
leitor encontra ao longo da leitura.
O filme "O Colecionador" de 1965 tem direção de Willian Wyler, Terence Stamp como Clegg/Freddy/Franklin e Samanta Eeggar como Miranda.
O final, praguinhas e pestinhas, vou deixar em branco é só selecionar
combinado?
Masssss se
olharem com atenção esse banner não é difícil adivinhar :(
Spoiler
Miranda adoece e morre.
Morta
torna-se um objeto: não há mais essência à admirar, então
Clegg parte em busca de um novo "exemplar".
Fim
do Spoiler.
Abraços
Literários e até a próxima.