Queremos convidar você a fazer uma viagem, uma viagem mágica, por diversos países, culturas, hábitos, épocas, onde sua imaginação quiser e você se permitir...

Viajar pelas páginas de nossos livros, por vários gêneros, escritores anônimos e ilustradores e também os ilustres escritores: romances, aventuras, comédias, mistérios, épicos, auto-ajuda, poéticos, didáticos... toda leitura faz o ser humano conhecer, abranger, crescer...

Neste blog vamos divulgar, sugerir, incentivar, um espaço para interagir com você, que vai ser nosso seguidor ou dar apenas uma espiadinha, mas será sempre bem-vindo, como aquele amigo que senta para tomar um café e conversarmos sobre aquelas páginas de um livro que mais nos marcou, ou aquele que estamos lendo no momento, então fica aqui nosso convite, entre no nosso blog, tome um café, enquanto passeia pelos nossas postagens, interaja conosco sempre, estamos aqui na rede aguardando a sua chegada.


Abraços literários.


Aparecida





Vamos trocar idéias, opiniões, interagir?

Tem algum comentário ou sugestão para fazer?

Escreva para nós no e-mail: cafecomleituranarede@gmail.com



Loja Virtual

A loja virtual "Café com leitura na rede" está a todo vapor, e convidamos você a visitar nossa loja, lá lhe aguardam ótimos preços, opções para todos os gostos e um atendimento muito, muito especial e amigo.

Acesse agora mesmo:


Abraços


Equipe Café com Leitura na Rede.



segunda-feira, 30 de junho de 2014

Cine Clube #10: Sempre Ao Seu Lado-

                                                                             



O filme é baseado em uma história real que aconteceu no Japão no início do século XX, onde Hachi  ia com o seu dono Parker até a estação do metrô de Shibuya e o esperava voltar no final da tarde todos os dias.

Sempre ao seu lado é um filme americano, gênero drama  com direção de Lasse Halestrõm, tendo como elenco Joan Allen, Richard Gere, Sarah Roemer, Jason Alexander, Cary-Hiroyuki Tagawa, Erik Avari e Davenia Mc Fadden. A produção é de Richard Gere, Bill Johson e Vicki Shigekuni Wong e trilha sonora de Jan A.P. Kaczmarek.
O filme é uma adaptação da história verídica vivida por um cachorro japonês da raça akita, que tinha o nome de Hachiko, um drama vivido pelo animal com a perda de seu dono, remete ao espectador a força de uma grande amizade ou o verdadeiro amor, o amor infinito, que ultrapassa até os mistérios da morte.
A história começa quando um filhote de cachorro akita, é encontrado perdido em uma estação de trem pelo professor universitário Parker Wilson (interpretado pelo ator Richard Gere).
Parker tenta encontrar o verdadeiro dono do cão sem sucesso e acaba se apegando ao cãozinho, levando-o para casa.
Ken, amigo de Parker, é quem faz a revelação de que não foi ele quem encontrou o filhote, mas sim que o cão foi quem o escolheu como dono. E ele explica também que o nome Hachi, escrito na coleira, significa oito em japonês,  mas também há o significado universal de infinito.
E é infinito o amor de Hachi por Parker.

Uma curiosidade colocada no filme foi a brincadeira com a bolinha, que Ken explica não fazer sentido para Hachi. “Cachorros japoneses não pegam a bolinha apenas para agradar seu dono ou ganhar um biscoito”, foi explicado por Ken.
Essa inserção é perfeitamente colocada no contexto.
No decorrer do filme o tempo vai passando ao passo que Hachi e Parker criam laços de amizade, lealdade e amor sem limites.

Todos os dias Hachi acompanhava Parker até a entrada da estação de trem, onde este ia para o seu trabalho, e ao ouvir no final da tarde o barulho do trem voltando o cãozinho saia correndo para esperar seu dono no mesmo lugar, e foi assim durante dois anos seguidos, onde sob o sol de verão ou a forte neve do inverno Hachi não deixava de cumprir o seu papel de amigo fiel.
Numa dessas tardes Parker não retornou do trabalho, deixando seu grande amigo esperando por toda a noite. Hachi não sabia, mas seu dono nunca mais voltaria para casa, devido a um grave acontecimento,  tornando eterna a sua espera.
A esperança de Hachi pelo retorno de Parker era tão grande que todos os dias, por longos dez anos, no mesmo horário o cãozinho esperava seu dono na entrada da estação de trem. 
Foi construída uma estátua com a imagem do amigo fiel a espera de seu dono na praça em frente à estação de trem, que foi o lugar onde Hachi fechou os olhos pela última vez à espera de Parker, símbolo maior do verdadeiro amor.
O autor foi muito feliz ao fazer esta adaptação, pois o filme retrata valores essenciais como a verdadeira amizade entre os dois.
Um filme  maravilhoso, emocionante, exemplar, adorável, inesquecível, admirável e com brilhantes atuações, podendo ser indicado a todos indistintamente sendo uma boa referência para toda família, pois é livre a sua classificação.

Com essa coluna Cine Clube, encerramos o mês em que comemoramos o amor, deixando registrado aqui essa forma de amor, intensa, desinteressada, sincera, fiel, plena e infinita, que é o amor e a lealdade dos cães.
Não é à toa que a expressão “fidelidade canina” designa as relações onde a lealdade se faz presente incondicionalmente e faz jus aos cães, nossos companheiros de jornada, a quem devemos tanto, com os quais só temos a aprender e aos quais temos tanto a agradecer.


Abraços Literários e até a próxima.

sábado, 21 de junho de 2014

Caneca Literária #12: Jardim de Inverno de Kristin Hanna

                                                                           
       

Esse é o livro que escolhemos para a nossa caneca literária de junho, nesse dia 21,  que marca o início do inverno.
Pura emoção!

                                                                             



Meredith e Nina Whiston são tão diferentes quanto duas irmãs podem ser. Uma ficou em casa para cuidar dos filhos e da família. A outra seguiu seus sonhos e viajou o mundo para tornar-se uma fotojornalista famosa. No entanto, com a doença de seu amado pai, as irmãs encontram-se novamente, agora ao lado de sua fria mãe, Anya, que, mesmo nesta situação, não consegue oferecer qualquer conforto às filhas. A verdade é que Anya tem um motivo muito forte para ser assim distante: uma comovente história de amor que se estende por mais de 65 anos entre a gelada Leningrado da Segunda Guerra e o não menos frio Alasca. Para cumprir uma promessa ao pai em seu leito de morte, as irmãs Whiston deverão se esforçar e fazer com que a mãe lhes conte esta extraordinária história. Meredith e Nina vão, finalmente, conhecer o passado secreto de sua mãe e descobrir uma verdade tão terrível que abalará o alicerce de sua família… E mudará tudo o que elas pensam que são.
“Difícil não rir um tanto e chorar ainda mais com a história de mãe e filhas que se descobrem no último momento.” – Publishers Weekly. A história que sua mãe conta é como nenhuma outra já ouvida por elas antes — uma história de amor cativante e misteriosa que dura mais de sessenta anos e parte da Leningrado congelada e devastada pela guerra até o Alasca, nos dias atuais. A obsessão de Nina por descobrir a verdade as levará a uma inesperada jornada ao passado de sua mãe, onde descobrirão um segredo tão chocante, que abala a estrutura da família e muda quem elas acreditam ser.

O livro começa em 1972 com Meredith e Nina ainda crianças encenando uma peça de teatro baseada em uma das muitas histórias que a mãe lhes conta, com o único intuito de agradá-la, mas Anya reage de modo inesperado e cruel.
Após esse episódio, as meninas passam a evitar qualquer tipo de envolvimento emocional com a sua mãe, passam a conviver sob o mesmo teto como estranhas. 

"Mamãe havia mudado naquele dia, e Meredith também. Fiel à sua palavra, a irmã nunca mais ouvira os contos de fadas da mãe, mas essa fora uma promessa fácil de cumprir, já que mamãe jamais voltara a contar uma história.”  (p. 55)
O momento dos "Contos de fadas” era o único momento em que Anya demonstrava algum tipo de calor humano com relação às filhas.

A história dá um pulo para o ano de 2000 e observamos uma Meredith mãe de família, casada com o melhor amigo Jeff. Com medo de se tornar fria emocionalmente como sua mãe, ela se transforma numa dedicada e extremada mãe para Maddy e Jillian, tão dedicada que abriu mão da própria vida e de seu relacionamento.
Já Nina tornou-se uma fotógrafa internacional. Capaz de captar através de suas lentes momentos preciosos,  foge de relacionamentos sérios, mas no momento está saindo com Danny, um atraente irlandês de 39 anos que é correspondente de guerra.
Vivendo em mundos diferentes, as duas vão ter que se reunir após vários anos quando  seu pai fica doente. Cumprindo uma promessa feita a ele, as garotas vão ter que se unirem, abrandarem as mágoas do passado, para descobrirem o que realmente aconteceu com a sua mãe.
Anya é uma personagem surpreendente. Conforme vamos conhecendo sua verdadeira história, nos deixamos envolver e vivemos com ela  através de suas lembranças os horrores da guerra, as perdas, a insanidade e é impossível não se emocionar. Ela é uma sobrevivente. Absolutamente tocante.

A capa é linda, delicada e está totalmente relacionada com a trama, inclusive a borboleta. O livro certamente se tornou um dos meus favoritos.

"Pelo que pareceu uma eternidade, nenhuma das duas disse nada. Por fim, mamãe falou:
- Seu pai pensa que não posso lidar com a morte dele.
- E você pode? - Nina perguntou com simplicidade.
- Você ficaria surpresa com o que o coração humano pode suportar.”

Em “Jardim de Inverno”, Kristin Hanna nos apresenta a uma história emocionante do inicio ao fim. Já nas primeiras páginas o jeito de narrar da autora chama a atenção, é uma escrita doce, que transmite ao leitor todas as sensações referidas no livro. Conseguimos sentir as emoções dos personagens. Hannah é uma autora que não tem pressa ao escrever, e constrói seus personagens de forma única.
Meredith e Nina, apresentam personalidades distintas. Anya num primeiro momento se mostra como uma mulher fria emocionalmente, entretanto, ela tem uma história de vida. O único momento que ela chegava a transparecer algum carinho com Nina e Mere era quando lhe contava contos de fadas, esse era o momento que as filhas sentiam a ternura na voz de sua mãe. Mas esse conto de fadas não estava completo, Anya ainda não o contou por inteiro. E quando o marido falece, ele a faz prometer que contará toda a história às filhas.
Assim através desse conto, ela revive a própria vida. Somos levados à Segunda Guerra Mundial, e vamos conhecer a história de uma mulher que foi obrigada a fazer muitas escolhas, uma mais difícil que a outra.
A autora criou uma obra que mescla contos de fadas, segunda guerra, personagens marcantes, envolventes, reais, que carregam suas cruzes, e que possibilitam a identificação do leitor com eles. 
A narrativa viaja entre o passado e presente, e na trama  uma história dentro da outra se mescla. 
É admirável a forma como esse livro foi escrito, e ainda nos presenteia com um epílogo surpreendente.
É um livro para se emocionar e para aprender. Aprender que não há amor maior que o de uma mãe por um filho e que o perdão (inclusive  perdoar a si mesmo) é libertador.


Abraços literários e até a próxima.



sexta-feira, 20 de junho de 2014

Inspira Estante #8

                                                                                  



Essa é a coluna daqueles que são apaixonados por estantes, principalmente se estiverem abarrotadas de livros.

                                                                               




É um móvel super versátil, que se adapta a qualquer lugar da casa suprindo as necessidades literárias e ainda mantém os livros pertinho e organizados.

Vamos postar fotos de algumas estantes lindas de se ver, outras interessantíssimas, algumas diferentonas, outras fofas, algumas pequeninas, outras grandonas e tb aquelas que nem  parecem estantes.

                                                                              



 Nesse mês nós escolhemos estantes apaixonantes para VCS se apaixonarem.
Qual delas é a sua favorita ??????


Abraços Literários e até a próxima.


sábado, 14 de junho de 2014

A Arte das Capas #9

                                                                                  



A capa de livro é a identidade visual de uma obra literária. Uma nobre embalagem, que desperta os sentidos, desejos, sonhos e emoções, e tem muita história para contar...
A Arte das Capas é a coluna em que mostramos  livros e suas capas.
Bacana pra que vocês conheçam novos livros e novas capas também, já que temos  certeza que muita gente, assim como nós, adora capas de livros!
Nesse mês dos namorados, as capas que trazemos para VCS são do aclamado livro @mor - Emmi & Leo do autor Daniel Glattauer.


Num e-mail enviado por engano, começa um relacionamento virtual que testa as convicções de Leo Leike e Emmi Rothner. Leo Leike, ainda digerindo o fracasso de seu último relacionamento, responde de forma espirituosa a duas mensagens enviadas por engano por Emmi Rothner, casada. Inicialmente, ela só queria cancelar uma assinatura de revista. Depois, inclui Leo por engano entre os destinatários de um e-mail de boas festas. Na terceira troca de e-mails, o mal-entendido dá lugar à atração mútua, reforçada pelo fato de um nunca ter visto o outro. Nada como a curiosidade instigada por frases bem encadeadas chegando a intervalos regulares numa caixa postal eletrônica para que os dois se esqueçam dos possíveis impedimentos. A cada dia, Leo e Emmi se sentem mais impelidos a marcarem um encontro. Após trocas contínuas de mensagens, está claro para ambos que o marido dela e as feridas emocionais dele não serão obstáculos para que marquem um encontro. O único obstáculo real é a insegurança de ambos quanto à transformação da fantasia em realidade. O austríaco Daniel Glattauer dá nova vida à tradição epistolar em @mor,  primeiro de dois romances que exploram um relacionamento sustentado basicamente em trocas de e-mails. Romance de estreia de Glattauer e campeão de vendas na Alemanha e na Espanha, o livro explora, sob roupagem moderna, sentimentos familiares a amantes de todas as gerações.


“Escrever é como beijar, só que sem os lábios. Escrever é beijar com a cabeça”.

Amar virtualmente, será possível encontrar sua metade na internet?

 “@mor, Emmi & Leo” é um romance epistolar do escritor austríaco Daniel Glattauer, publicado originalmente na Alemanha, em 2006; o livro se tornou best-seller em países da Europa e alcança sua terceira edição no Brasil.
O gênero epistolar sempre me agradou, tanto na literatura quanto na vida; em “@mor”, Daniel nos apresenta uma versão atualizada desse tipo de romance, pois seus protagonistas se conhecem no mundo virtual e trocam e-mails –  e assim se apaixonam.
No livro somos apresentados a Emmi Rothner e Leo Leike, que são donos de uma história, ao mesmo tempo, inusitada e comum. Conhecê-los foi uma leitura agradável, rápida, viciante, envolvente e apaixonante.
Tudo o que Emmi queria era cancelar a assinatura de uma revista e para isso ela encaminhou um e-mail para a mesma dizendo que não queria mais assiná-la, mas ela, acidentalmente, endereça o e-mail para a pessoa errada e o destinatário — para sua sorte — é Leo Leike.
E é assim, nesse mero acaso que eles se conhecem e passam a se relacionar virtualmente. Com um e-mail que poderia ter sido perfeitamente ignorado por Leo...
A princípio os assuntos dos e-mails são genéricos, revelando pouco sobre cada um, mas com o passar dos dias o contato vai se tornando íntimo e eles se tornam confidentes. Naturalmente é inevitável que surja a vontade de se encontrarem pessoalmente, mas o medo, ora por parte de Leo, ora por parte de Emmi, acaba por procrastinar esse encontro.
Esse amor do século XXI ainda carrega os antigos sintomas do estar apaixonado?
Acho que não existe limites para o amor. Entretanto, ainda é possível que esse sentimento se traduza por reações físicas, simultaneamente, em dois corpos distantes: coração disparado, pupilas dilatadas, pele arrepiada... A necessidade progressiva de saber do outro, de, enfim, fazer contato: essa outra engrenagem vital que movimenta a humanidade.
O livro é todo em formato de e-mails, mas não na linguagem internetês, nada de abreviações e coisas do gênero. Daniel Glattauer é dono de uma escrita simples e fluida que nos prende completamente à história.
O autor criou um suspense ingênuo e ao mesmo tempo acelerado com a troca de e-mails constantes e ora tortuosos entre os protagonistas. Ali, ambos são sinceros ao expor não suas rotinas, mas seus íntimos anseios e medos
Nos diálogos, convincentes, notamos claramente a diferença entre o sentir e o pensar feminino e masculino. Texto fluido, engraçado e ao mesmo tempo novo e tradicional, talvez pelo tema: o amor que sobrevive entre os humanos, desde tempos remotíssimos. Mas a questão desses amantes modernos é descobrir se esse sentimento, supostamente profundo, resistirá ao mundo real. Afinal, o que pode ser mais seguro e aconchegante para desejos secretos? Não se pode imaginar cenário mais apropriado do que a realidade virtual.
Outro mérito do autor é que depois de bons romances inesquecíveis e outros tantos modernos, que tratam dos relacionamentos iniciados na rede, Emmi e Leo se encontr@r@m por acaso: esse ingrediente corriqueiro que só funciona numa receita se aliado a especiarias nobres.
A história é interessante, envolvente e os personagens cativantes, torcemos para que tenham um final feliz; não no estilo conto de fadas e sim no estilo vida real — com seus momentos bons e ruins. Porque a Emmi sou eu, você, qualquer uma de nós. E o Leo, eu quero muito (muito mesmo) acreditar que ainda existem Leos por aí.

Quote:  Por favor, nunca diga “vocês homens”, quando quiser falar de MIM. Eu sou muito diferente pra me deixar misturar com o generalizante e na maior parte das vezes odioso plural “vocês homens”. Não tire conclusões sobre mim a partir de outros homens.— Página 81.

Sabe a vontade que fiquei no final? Mandar vários e-mails para endereços eletrônicos aleatórios e ficar na torcida pra que algum Leo Leike me responda (risos).


                                                 

                                                                                

E agora  queremos saber  ... qual capa VCS  elegem como a favorita ????

Abraços Literários e até a próxima.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #8

                                                                                



Este espaço,  intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado,   porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau em  uma sala;  devem estar ao nosso alcance sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que existem dentro de nós mesmos.
É  por isso que convidamos você, hoje, 12 de junho,  a embarcar com a gente no mais conhecido soneto de Camões, que escolhemos para desejar Feliz Dia dos Namorados!

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Luís Vaz de Camões
                                       


Abraços Literários e até a próxima.


sexta-feira, 6 de junho de 2014

Entre O Agora e O Sempre - J.A. Redmerski

                                                                               



Camryn Bennett e Andrew Parrish nunca foram tão felizes. Cinco meses depois de se conhecerem num ônibus interestadual, os dois estão noivos e prestes a ter um bebê. Nervosa, mas empolgada, Camryn mal pode esperar para viver o resto de sua vida com Andrew, o homem que ela sabe que vai amá-la para sempre. O futuro só lhes reserva felicidade... até que uma tragédia os surpreende. Andrew não consegue entender como algo tão terrivelmente triste pôde acontecer. Ele tenta superar o trauma — e acredita que Camryn esteja fazendo o mesmo. Mas, quando descobre que Camryn busca sufocar uma dor imensa de uma forma perigosa, fará de tudo para salvá-la. Determinado a provar que o amor dos dois é indestrutível, Andrew decide levar Camryn numa nova jornada carregada de esperança e paixão. O mais difícil será convencê-la a ir junto... Com Entre o agora e o sempre, a aguardada continuação de Entre o agora e o nunca, J. A. Redmerski concluiu a história de amor que encantou milhares de leitores.

Em Entre o Agora e o Sempre reencontramos Cam e Andrew em uma nova viagem, com novos problemas e novas emoções.
Na sequência da linda história de amor , Cam começa a narrativa grávida de Andrew, o casal feliz e sonhando em viver juntos para sempre.
No entanto, mais um item para coleção de tragédias que cerca nossa heroína entra na história e a felicidade dos dois vai por água abaixo por algumas páginas.
Ponto para a autora que não transforma a trama num dramalhão e conduz a linha do enredo de maneira a apresentar maturidade na vida do jovem casal que se conhece num ônibus e mesmo tendo tudo para não dar certo, fazem valer o amor que sentem um pelo outro e faz valer o respeito mútuo.
O casal é muito empenhado e consegue transformar o cotidiano em história de amor depois do felizes para sempre.
A cada capítulo, narrado por ela ou por ele, a história vai nos envolvendo de um jeito que é muito difícil conseguir parar de ler.
Para os leitores que se encantaram e torceram por Cam e Andrew é leitura recomendada.
Uma história sensível que fala de dois jovens que buscam superar as dores e os obstáculos impostos pela vida sem se perderem um do outro.
Como diz Andrew: Uma história assim não chega ao fim, e ainda para alegria deles tem muita coisa para ser contada.

                                                                               




Abraços Literários e até a próxima



quarta-feira, 4 de junho de 2014

Entre O Agora e O Nunca - J. A. Redmerski

                                                                              


Camryn Bennett é uma jovem que desistiu do amor desde que Ian, seu namorado, morreu num acidente de carro há um ano. Sua melhor amiga, Natalie, é a única capaz de animá-la. Mas a relação entre as duas fica abalada quando o namorado de Nat revela à Camryn que está apaixonado por ela. Perdida, sem saber o que fazer, Camryn vai para rodoviária e pega o primeiro ônibus interestadual, sem se importar com o destino.
Com uma carteira, um celular e uma pequena bolsa com alguns itens indispensáveis, Camryn embarca para Idaho. Mas o que ela não esperava era conhecer Andrew Parrish, um jovem sedutor e misterioso, a caminho para visitar o pai, que está morrendo de câncer. Andrew se aproxima da companheira de viagem, primeiro para protegê-la, mas logo uma conexão irresistível se forma entre os dois.
Camryn tenta lutar contra o sentimento, já que jurou nunca mais se apaixonar desde a morte de Ian. Andrew também tenta resistir, motivado pelos próprios segredos.
Narrado em capítulos que alternam as vozes de Andrew e Camryn, Entre O Agora e O Nunca é uma história de amor e sexo, na qual os personagens testam seus limites, exploram seus desejos e buscam o caminho que os levará à felicidade.


Trazendo mais um título para a lista do gênero New Adult que vem fazendo tanto sucesso, o livro é um excelente Road trip, que faz rir, te deixa com cara de apaixonada em algumas partes e que não se aprofunda muito no drama.

Cam é uma garota de 20 anos que há um ano perdeu seu namorado em um acidente de carro, logo depois seu irmão dirigiu bêbado e matou alguém no trânsito, seus pais se divorciaram e, pra piorar, o namorado da sua melhor amiga se declara pra ela e ela ainda se sente culpada. Uma protagonista querida, “humana”, com medos, dúvidas, questionamentos e desejos comuns para uma garota de sua idade, o que provoca a empatia nos leitores.
Sem olhar pra trás, ela pega sua bolsa, vai pra rodoviária e compra uma passagem pra uma cidade qualquer. Dentro do ônibus ela conhece Andrew, um cara diferente, incrível, “humano” (e lindo!) que, assim como ela, carrega segredos e dores.
O típico namorado que qualquer mulher gostaria de ter e que no decorrer da trama mostra a ela uma nova forma de viver.
Ele também é aquele tipo de cara que pode ser o "melhor" e o "pior" pra uma garota... E você pode ter as duas coisas dele.
A terceira protagonista da história é a música. Podemos dizer que além de um road trip, a trama é um song book.
A narrativa é alternada entre o ponto de vista dos dois, o que é extremamente interessante, pois conseguimos entender cada personagem separadamente.
A autora construiu bem os personagens, desenvolveu bem a história e trabalhou de maneira satisfatória o relacionamento entre os protagonistas.
No final do livro tudo acontece de maneira um tanto abrupta. Tudo acontece ao mesmo tempo, todo o drama que não se desenrolou acontece em 20 páginas.
O livro é provocante e instigante.
Uma bela, surpreendente, agradável, intensa e gostosa e viciante viagem na estrada, no bus, no carro, ao lado da Cam e do Andrew, VC se torna passageiro junto deles rumo a descoberta de sentimentos, emoções, sensações... do simples fato de que simplesmente estar vivo pode ser uma experiência encantadora.
Entre o agora e o nunca faz flutuar  com um sorriso nos lábios e com prazer pelas páginas do livro. Uma road trip memorável!


 Abraços literários e até a próxima.


domingo, 1 de junho de 2014

Romeu e Julieta de Shakespeare-

                                                                               
 

Nesse mês que comemoramos o dia dos namorados nossos posts entram no clima de puro romance!
E começamos muitíssimo bem, com o clássico da literatura universal, atemporal e ainda hoje atual, Romeu e Julieta.

Um dos casais mais famosos, se não o mais famoso da literatura universal, a tragédia aclamada e apreciada por todos, tanto em livros como em teatros, cinema e até na sobremesa de queijo com goiabada. Uma das primeiras obras de William Shakespeare escrito entre 1591 a 1595.
É possível contar nos dedos quantos livros são capazes de nos fazer vivenciar a história. Principalmente nos levar à antiga e romântica Verona de 1951.
Deparamo-nos com uma obra desse tipo quando nos deixamos levar pelos sentimentos  intensos de “Romeu e Julieta”, um dos maiores presentes deixados pelo gênio inglês William Shakespeare.
A trama se passa na antiga Verona do século XVI, e põe em cena a rivalidade entre os Montecchios e os Capuletos, uma briga de famílias que acabou por ajudar o destino à selar o final de dois jovens amantes.
Em um baile de máscaras na casa dos Capuletos, Romeu Montecchio conhece Julieta Capuleto. A paixão é mútua e instantânea. Ao descobrir que pertencem a famílias inimigas, os dois se desesperam. Mas o ódio de uma guerra que não lhes pertencia não consegue sobrepujar o amor do casal (afinal, o que é um nome?), que opta por se casar secretamente, com a ajuda do Frei Lourenço. Mas, por obra do destino, acabam por ocorrer desentendimentos e desencontros, o que sela o futuro de Romeu e Julieta: a Morte.
A narrativa aborda diversos outros temas, mas sem sombra de dúvidas o que mais se ressalta em toda a trama é o conceito de amor sem limites. A essência da tragédia é a força da paixão. Ela é impulsiva e indomável. É possível imaginar que Romeu e Julieta se tornaram o casal representante do romance por causa dessa força. Até as autoridades religiosas, tão rígidas ao serem retratadas em outras obras, acabam por se curvar diante dos jovens amantes de Verona. O maior exemplo disso é o próprio papel do Frei Lourenço, que recorre a diversos meios para unir o casal.
Algo que não pode deixar de ser notado em “Romeu e Julieta” é que em momento algum houve hesitação, incerteza ou dúvida, traços típicos das obras de Shakespeare, nessa reinou o amor inquestionável.
Muitos se perguntam se a história dos dois jovens realmente aconteceu, ou se foi somente fruto da imaginação de Shakespeare. Não há dados suficientes para comprovar que Romeu e Julieta existiram na realidade, mas isso só torna ainda mais inquestionável a perfeita técnica utilizada por Shakespeare, uma vez que uma peça escrita tantos anos atrás continua a despertar a imaginação dos leitores contemporâneos. Talvez esse desejo de transportar “Romeu e Julieta” para a realidade se baseie no fato de que hoje a existência de um amor arrebatador, puro e verdadeiro como esse, é praticamente inexistente. O que faz com que os leitores sonhem que, pelo menos um dia no mundo, o amor foi amado como se deveria.
Outro ponto interessante é que amadurecemos junto com os personagens principais. 
Romeu abandona sua paixão platônica por Rosalina ao ver Julieta pela primeira vez, descobrindo o real sentido do amor. Já Julieta, ao se apaixonar por Romeu, se torna racional, porém ainda apaixonada perdidamente, desafiando os desejos de seus pais, se tornando mais crítica, apoiando Romeu mesmo quando este mata seu primo Teobaldo, buscando uma alternativa diante do iminente casamento com Páris e acatando esse plano, por mais ousado que seja, e ainda não se intimida diante da morte.
Há boas adaptações cinematográficas de “Romeu e Julieta”, que complementam a leitura da obra, com a fusão entre os sentimentos do leitor e dos personagens.

A história do amor intenso e letal entre Romeu e Julieta é algo que encanta os leitores de diversas gerações. Apesar do tempo, é uma obra atual, que mostra o amor em seu estado mais puro. 
O final, apesar de ser conhecido por todos, não deixa de ser emocionante,   pela intensidade do sentimento perdido entre os jovens.
A morte dos enamorados atinge fortemente as famílias, que em memória de seus  descendentes fazem uma aliança de paz eterna.
E com as palavras proféticas do príncipe termina o drama infeliz: “(...) que há de viver de todos na memória Romeu e Julieta a triste história.”
Uma obra completa, perfeita e digna de inúmeras releituras e publicações que fazem jus a sua fama.
Isso é Shakespeare!


Abraços literários e até a próxima.