Queremos convidar você a fazer uma viagem, uma viagem mágica, por diversos países, culturas, hábitos, épocas, onde sua imaginação quiser e você se permitir...

Viajar pelas páginas de nossos livros, por vários gêneros, escritores anônimos e ilustradores e também os ilustres escritores: romances, aventuras, comédias, mistérios, épicos, auto-ajuda, poéticos, didáticos... toda leitura faz o ser humano conhecer, abranger, crescer...

Neste blog vamos divulgar, sugerir, incentivar, um espaço para interagir com você, que vai ser nosso seguidor ou dar apenas uma espiadinha, mas será sempre bem-vindo, como aquele amigo que senta para tomar um café e conversarmos sobre aquelas páginas de um livro que mais nos marcou, ou aquele que estamos lendo no momento, então fica aqui nosso convite, entre no nosso blog, tome um café, enquanto passeia pelos nossas postagens, interaja conosco sempre, estamos aqui na rede aguardando a sua chegada.


Abraços literários.


Aparecida





Vamos trocar idéias, opiniões, interagir?

Tem algum comentário ou sugestão para fazer?

Escreva para nós no e-mail: cafecomleituranarede@gmail.com



Loja Virtual

A loja virtual "Café com leitura na rede" está a todo vapor, e convidamos você a visitar nossa loja, lá lhe aguardam ótimos preços, opções para todos os gostos e um atendimento muito, muito especial e amigo.

Acesse agora mesmo:


Abraços


Equipe Café com Leitura na Rede.



sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Velho Chico- Último Capítulo

                                                                                 



A novela das 21h, Velho Chico, que começou em 14/03/2016, chega hoje ao fim.
A trama que enfrentou altos e baixos ao longo de sua trajetória termina prometendo poucas surpresas em sua história, mas muita emoção.
A morte de dois atores, Umberto Magnani e Domingos Montagner – deve ser lembrada no desfecho, que reserva redenções, mortes, casamentos e nascimentos.
Umberto Magnani, que vivia o padre Romão, sofreu um acidente encefálico no dia de seu aniversário de 75 anos, 27 de abril, foi substituído por Carlos Vereza, que interpretou o padre Benício. Já Domingos Montagner, o protagonista Santo, morreu ao mergulhar no rio São Francisco, no dia 15 de setembro, após gravar cenas da trama.
Para terminar a novela sem o protagonista, a direção colocou os atores contracenando com a câmera, como se o espectador observasse tudo do ponto de vista de Santo.
(A tática apesar de pouco utilizada, não é inédita em novelas, ela foi usada em A Próxima Vítima, de 1995. A trama girava em torno de um assassino e, nas cenas dos crimes, optou-se por usar a câmera para preservar a identidade do assassino).
No último capítulo de Velho Chico, a protagonista Tereza (Camila Pitanga) vai se casar com o amor de sua vida e ajudará o filho, Miguel (Gabriel Leone) a cumprir sua missão de preservação ambiental nas terras da cidade fictícia de Grotas.
Já casados e longe da aflição de serem irmãos, Miguel e Olívia (Giullia Buscaio) realizam os sonhos com filhos e terras produtivas.
Além dos finais felizes, alguns personagens terão a sua redenção, como Luzia (Lucy Alves) que depois de ajudar Beatriz (Dirá Paes) a se eleger prefeita, seguirá um novo caminho, mas não perderá o amor da família.
Já o coronel Afrânio (Antonio Fagundes), que passou os últimos capítulos em conflito e cheio de arrependimentos com a morte do filho Martin (Lee Taylor), terá uma reviravolta. Com o desejo de ser um homem melhor, ele procura Iolanda (Cristiane Torloni) e denuncia os políticos corruptos da cidade, que culminará com a morte do vilão (Marcelo Serrado).
Velho Chico apostou em diálogos longos sobre o coronelismo e na defesa do meio ambiente, além de cenas estonteantes que retratavam paisagens naturais.
Se a média de audiência não chegou aos 30 pontos, ainda assim a trama se tornou um marco por ter sido artística, com acabamento e profundidade.
Souberam tratar muito bem todos os mistérios e as dificuldades que envolvem o rio São Francisco e nos fez refletir sobre o futuro das reservas naturais.
As cenas sempre estiveram envoltas em bastante sensibilidade, bom gosto e delicadeza.
Uma novela é considerada um clássico, não somente pelos pontos de audiência, mas também pelo cuidado estético empregado.
A direção de arte, a abordagem da preservação do meio ambiente, as locações, um enredo bem amarrado (uma história de amor proibido, uma saga familiar que passou por gerações, o amor pela Terra, a ambição desenfreada e a ganância) e um elenco afiado (Selma Egrei, Marcos Palmeira, Chico Diaz, Rodrigo Lombardi, Fabiula Nascimento, Irandhir Santos, Gésio Amadeu, Luci Pereira, Zezita Matos, entre outros) fizeram de Velho Chico um marco na teledramaturgia brasileira.
Velho Chico trouxe o rio, que dá nome ao título, como o grande protagonista dessa história de amor e conflitos, em uma declaração de amor à nossa Terra, uma novela emoldurada por uma crítica social muito bem construída, um reencontro com a brasilidade, com a história do Brasil, suas lendas e sua religiosidade.



Abraços Literários e até a próxima.


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Minissérie Justiça inova e faz sucesso-

                                                                                  



Com um formato inédito e histórias intrigantes, a minissérie Justiça (Globo) que estreou em 22 de agosto e terminou em 23 de setembro, conquistou o público.
Foram vinte capítulos e uma história diferente a cada dia.
As histórias de cada personagem foram contadas em um dia fixo da semana, mas elas se desenvolveram paralelamente, com pontos de ligação, sendo alinhavadas e muito bem costuradas como em um bordado cultural.
Mas antes dessa amarração sem deixar pontas soltas, as histórias emocionaram.
Os personagens cruzaram linhas sem voltas, em situações limites que os levaram a atitudes extremas.
Houve ainda a preocupação e um significado em repetir a mesma cena de ângulos diferentes – o que aconteceu com frequência na trama, dependendo de quem era o personagem principal naquele momento.
De autoria de Manuela Dias, depois de contar a história de um personagem principal a cada dia da semana, o último capítulo teve um final que amarrou todos os enredos. 
As histórias foram concluídas e o canal celebrou 28 pontos no Ibope.

Às segundas-feiras foi apresentada a história de Vicente (Jesuíta Barbosa) que ao sair da prisão, vai atrás do perdão de Elisa (Deborah Bloch) pelo assassinato de sua filha (Marina Ruy Barbosa). Elisa não perdoa, mas não tem como evitar contato com o ex-genro, que estuda na universidade em que ela dá aulas. A aproximação dos dois levantou opiniões controversas. Em um primeiro olhar, parece impossível que ela se envolva com o assassino da filha, mas ao observar melhor, o Vicente é o mais perto que Elisa pode chegar de sua filha morta.
O desfecho da trama foi dramático. Vicente e Elisa sofreram um grave acidente de carro. Ferido ele não recebe ajuda de Elisa – que desde o começo da minissérie pensava em matá-lo para vingar a morte da filha.
Só que Vicente, enquanto esteve na prisão, se envolve com Regina (Camila Márdila) que esperou que ele cumprisse a pena para que os dois ficassem juntos.
A história termina com Regina praticando tiro ao alvo e com a certeza de que Elisa é responsável pela morte de Vicente.
Nesse caso a justiça, no sentido de vingança, é uma satisfação provisória que pode trazer consigo armadilhas.

Às terças-feiras  conhecemos a história de Fátima (maravilhosamente interpretada por Adriana Esteves), que foi quem mais cativou a audiência.
Depois de sete anos na prisão, vítima de uma armadilha do policial-vizinho Douglas (Enrique Dias sensacional, excelente atuação) que escondeu drogas em seu quintal para incriminá-la por ela ter atirado em seu cachorro, Fátima  só quer reunir sua família.
Sua filha Mayara (Julia Dalavía), no entanto, que virou prostituta, quer se vingar de Kellen (um dos melhores papéis na telinha de Leandra Leal), na época era namorada de Douglas.
A Fátima pertence ao mundo das grandes mulheres, cheias de força, esperança e capacidade de perdoar.
E foi recompensada. Reencontra a filha Mayara, o filho Jesus (Tobias Carrieres), é pedida em casamento por Firmino (incrivelmente interpretado por Júlio Andrade), se reconcilia com o vizinho-policial Douglas que lhe pede perdão e o presenteia com um filhote de cachorro.


Às quintas-feiras foi a vez da história de Rose (Jéssica Ellen). No dia em que passa no vestibular para Direito, ela é presa pelo policial Douglas em uma blitz na praia ao ser pega com droga.
Só Rose é presa, sua melhor amiga Débora (Luísa Arraes) não.
Rose sai da cadeia, se envolve num romance com o traficante Celso (Vladimir Brichta) e ajuda Débora a se vingar do homem que a estuprou.
O marido e a mãe de Débora não concordam com a vingança e tentam fazer Débora desistir.
Débora segue com seu plano de vingança e com a ajuda de Celso que lhe apresenta dois homens para ajudá-la em seu intuito ela faz justiça com as próprias mãos, matando o estuprador.

Às sextas-feiras acompanhamos a história de Maurício (Cauã Reymond), o homem que ajudou a esposa Beatriz (Marjorie Estiano), bailarina que fica tetraplégica, a morrer.
Ao sair da prisão ele está obcecado em se vingar de Antenor (Antonio Calloni) que atropelou Beatriz.
Antenor, em plena campanha política, é acusado pela própria esposa Vânia (Drica Moraes) que se envolveu com Maurício, e que expõe nas mídias as falcatruas do marido.
Em uma discussão Vânia acidentalmente cai da sacada do hotel e Antenor é condenado por sua morte. Justiça poética: De todos os crimes que cometeu, Antenor é condenado por um que não foi sua culpa.
Maurício se liberta do passado encontra Débora na estrada e recomeça a vida em outro lugar.

                                                                         


O primeiro e o último capítulo mostraram capas de jornais com as quatro histórias.

                                                                            



Histórias emocionantes, contadas de um jeito diferente, não linear, com uma sequência que avança todos os dias, quebrando o hábito do espectador; o forte elenco escalado para a produção; o cuidado com a escolha dos cenários em Recife e um trabalho impecável com a trilha sonora que ajudou a dar profundidade em cada cena, são algumas das explicações para o sucesso da minissérie.
Uma trama muito bem elaborada, como um mosaico, vista a cada dia da semana de um ponto de vista diferente, num exercício de compreensão, já que a mesma cena com ponto de vista de cada um, muda.
Assim é a justiça: para mim é justo, para outra pessoa pode não ser.
O sucesso da trama e a repercussão que gerou causaram reflexão e levou às pessoas assuntos importantes e complexos.
É importante repensar, em todos os aspectos, a nossa relação com o que é de fato justo
Fascinou porque mostrou o tamanho da dimensão humana!
Acho que o público ficará com saudade. 
Nós já estamos.



Abraços Literários e até a próxima.


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos #28

                                                                                    



Este espaço, intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos,  foi criado, porque as poesias, os poemas, as rimas, os cordéis, prosa e verso  não podem ficar restritos a um sarau ou uma sala de aula;  devem estar ao nosso alcance sempre.

É  por isso que convidamos vocês  a embarcarem  com a gente nesse lindo poema de Cecília Meirelesque escolhemos para celebrar a estação mais colorida, perfumada e florida do ano, a Primavera que chegará hoje as 11h21!

Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida a poesia que nos cabe.

                                                                                   



Primavera
Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem na rotação da eternidade.
Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa”
Volume 1- pág. 366
Editora Nova Fronteira



Abraços Literários e beijos poéticos.


terça-feira, 20 de setembro de 2016

A Arte das Capas #27

                                                                                 



A capa de livro é a identidade visual de uma obra literária. 

                                                                             



Uma nobre embalagem, que desperta os sentidos, desejos, sonhos, emoções e tem muita história para contar!

                                                                                



 A Arte das Capas é a coluna em que mostramos os livros e suas respectivas capas.

                                                                             



Bacana pra que vocês conheçam novos livros e novas capas também, já que temos certeza que muita gente, assim como nós, adora capas de livros!

                                                                               



Nesse mês de setembro vamos fazer um pouco diferente.

                                                                              



 Vamos trazer um top 9 para o mês 9 do calendário.

                                                                              



São capas de livros que estão ilustradas com flores para celebrar a Primavera!

                                                                               



                                                                                 



E aí, qual delas vcs elegem como a favorita??????


Abraços Literários, beijos floridos e até a próxima.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O Orfanato da srta Peregrine para Crianças Peculiares-

                                                                               



Sinopse- Tudo está à espera para ser descoberto em O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Nossa história começa com uma horrível tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo.
E, de algum modo, por mais impossível que pareça, ainda podem estar vivas. 
Tudo está à espera para ser descoberto nesse romance  que mistura ficção e fotografia em uma experiência de leitura emocionante. 
Uma fantasia arrepiante, ilustrada com assombrosas fotografias de época, O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares vai deliciar adultos, adolescentes e qualquer um que goste de aventuras.

A ideia inicial do cineasta, fotógrafo e autor Ransom Riggs era fazer um livro de fotografias antigas e inusitadas (segundo ele as fotos são reais, emprestadas de amigos colecionadores de fotos antigas) que vistas em sequência contariam uma história visual.
Então criou a narrativa e usou as fotografias para ilustrar a história que é contada no livro “O Orfanato da Srta Peregrine para Crianças Peculiares” que foi adaptado para as telonas pela Fox, com direção do mestre dos filmes góticos, Tim Burton e que traz no elenco Eva Green, Asa Butterfield (O menino do pijama listrado), Samuel L. Jackson e Judi Dench, têm estreia prevista para o dia 30.

                                                                             



Então é justo começar a falar sobre a arte gráfica belíssima e estilo de livro antigo com capa e contra capa em tom sépia, páginas com arabescos iniciando os capítulos, fotos em preto e branco, toque sobrenatural que tem aquele Q maiúsculo de filmes de terror sobre casas mal assombradas que escondem antigos segredos, e também remete aos filmes noir de mistério dos anos 50.
Ransom Riggs possui uma escrita fluída, limpa, objetiva, enxuta, sem nenhum tipo de excesso seja nos chavões ou nos termos lingüísticos.
Os personagens interessantes estão inseridos numa trama tecida para nos atrair e manter preso até a última página.
Jacob, um garoto aparentemente comum que quando não está trabalhando passa a maior parte do tempo com seu avô Abe, que lhe povoa a mente com histórias sobre um orfanato no qual viveu durante parte da Segunda Guerra.
Histórias e fotos peculiares de crianças que soltavam fogos com as mãos, levantavam pedras com um braço e até mesmo eram capazes de levitar já não impressionavam o garoto quando tornou-se adolescente que acostumado com os delírios do avô que dizia ser perseguido por monstros deduziu que tudo era uma invenção dele para fugir da cruel realidade vivenciada na guerra.
Até que recebe um telefonema do avô desesperado pedindo que ele vá até lá.
Ao chegar à casa do avô, este ferido de morte, lhe faz um último pedido: que vá ao orfanato da Srta Peregrine, onde estará protegido.
Com o argumento de que seria bom para ele conhecer a história do avô, convence seus pais a deixá-lo passar uma semana no local.
Jacob parte para uma aventura em uma pequena ilha no País de Gales.
Na casa velha e abandonada onde um dia existiu o orfanato ele encontra um baú de fotos. Iguais aquelas que seu avô lhe mostrava. E tudo fica ainda mais instigante a partir daqui em que a porção sobrenatural e fantástica entra na história!
O mote é interessante e a narrativa bem construída, naquele tom sombrio característico deixando realidade e fantástico lado a lado.

Uma história muito bem contada, com personagens bem construídos, narrativa fluída, maravilhosa composição gráfica, fotografias que dão um toque diferencial, suspense sobrenatural, visual gótico e um bem trabalhado mistério que envolve que envolve a Srta Peregrine, seu orfanato e as crianças que lá viviam.

                                                                            



O livro faz parte de uma trilogia O Lar da Srta Peregrine, composta por O Orfanato da Srta Peregrine para Crianças Peculiares, Cidade dos Etéreos e Biblioteca de Almas.
Ransom Riggs é um excelente contador de histórias e sua narrativa vai agradar leitores de todas as idades.


Abraços Literários e até a próxima.




sábado, 10 de setembro de 2016

Cine Clube #24: Brooklyn

                                                                             
    

Sinopse- Brooklyn é a história de Eilis, uma jovem mulher que se muda de uma pequena cidade da Irlanda para o Brooklyn, em Nova York, lugar no qual ela se esforça para construir uma nova vida, encontrar trabalho e seu primeiro amor. Quando uma tragédia familiar a leva de volta à Irlanda, ela vive um dilema terrível - uma escolha de partir o coração entre dois homens e dois países.

Brookyn, com direção de John Crowley e roteiro de Colm Tóibin e Nick Hornby,  foi um dos filmes que concorreu ao Oscar desse ano nas categorias de melhor filme, melhor atriz e melhor roteiro adaptado, e não levou nenhum.
Não é um filme de ação, suspense nem romance.
Sim, é importante que se diga que não é sobre um triângulo amoroso, como foi vendido na sinopse, é sobre a imigração em massa  que houve de países europeus para os EUA no fim da Segunda Guerra.
Ambientado na década de cinquenta, conta a história de Eilis Lacey, uma jovem irlandesa que mora com a mãe e a irmã em uma pequena vila onde todos se conhecem e que se muda para o Brooklyn depois que sua irmã, Rose, consegue uma oportunidade de emprego para ela nos Estados Unidos, já que na Irlanda a garota não possuía nenhuma perspectiva de trabalho no pós guerra.
Na época, uma viagem de navio da Irlanda para NY não foi fácil para nossa protagonista despreparada, inexperiente, mas plena de esperança em dias melhores.
Eilis é uma jovem sensível, apegada à família, ao seu país e a sua cultura.
É notável, no início do filme, como a mudança para outro país a afeta não somente por conta da saudade que sente da mãe e da irmã, mas também por se deparar com uma cultura que, à princípio, parece tão diferente da sua, apenas por ser, de fato, distinta. Saindo de seu pequeno “ovo” e entrando em um novo “mundo” ela se sente sozinha compartilhando apenas com a irmã por meio de cartas seu dia a dia.
A personagem, interpretada por Saoirse Ronan, inicialmente porta-se de maneira diferente das outras jovens da pensão onde vai morar, não usa maquiagem como as outras e suas roupas não estão à altura do padrão estadunidense.
Mas o tempo, ah o tempo, ele sempre é remédio para tudo, dizem que o espaço de tempo, cuida de colocar em primeiro plano as prioridades, se isso não for uma redundância.
O medo do desconhecido e a saudade de casa vão diminuindo a medida que Eilis se adapta aos poucos ao trabalho em uma loja de departamentos, começa um curso na universidade local, estabelece laços de amizade com as outras garotas na pensão, começa a freqüentar festas e conhece Tony Fiorello, um filho de imigrantes italianos.
A partir de então sua cultura irlandesa se mescla à cultura do local onde está morando.
É quando acontece uma grande reviravolta.
Eilis precisa voltar à Irlanda  e a diferença da pessoa que saiu e voltou é perceptível na maneira como ela se apresenta entre definir-se como irlandesa que mora nos EUA ou moradora dos EUA que retorna a terra natal, entre ser definida como irlandesa ou estadunidense, Eilis não deixou de ser  para se tornar, ela agrega valores e se torna a melhor versão de si mesma, não perdeu o que levou da Irlanda para apenas ganhar nos Estados Unidos, ela passou a ser um misto de ambos.
A história é baseada no romance irlandês escrito por Colm Tóibín.
É um filme sensível sobre uma jovem que vai morar em outro país e tem que se adaptar uma nova realidade e definir, onde está de fato o lugar para chamar de lar num mosaico de retratos de tantos imigrantes.

Recomendado se vc gosta de filmes com magnífica produção, figurino e ambientações impecáveis, uma belíssima reconstituição de época e excelente fotografia com coloração aconchegante e caprichada.


Abraços Literários e até a próxima.



segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A Garota no Trem-

                                                                                      



Sinopse- Um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos tempos, o thriller psicológico The Girl on the train, de Paula Hawkins, surpreendeu até mesmo seus editores e a própria autora, nascida e criada no Zimbábue, que vive em Londres desde os 17 anos: em menos de um mês, o livro – que vem sendo comparado pela crítica a uma mistura de Garota exemplar e Janela indiscreta – ultrapassou a impressionante marca de 500 mil exemplares vendidos e alcançou o primeiro lugar nas listas de mais vendidos em todos os países em que foi publicado (Reino Unido, Irlanda, EUA e Canadá).  A trama, que gira em torno do desaparecimento de uma jovem mulher, com três narradoras femininas duvidosas, conquistou fãs como o mestre do mistério Stephen King, que publicou em sua conta do Twitter que o “excelente suspense” o manteve acordado a noite inteira: “a narradora alcoólatra é mortalmente perfeita”.
Uma narrativa inteligente e repleta de reviravoltas, A garota no trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.

A trama me lembrou muito Garota Exemplar e eu não gostei de Garota Exemplar, provavelmente fui uma das poucas pessoas que não gostaram, mas fazer o que não é mesmo???
Por outro lado me surpreendeu, porque se a estrutura é similar a história criada  é completamente diferente, original e viciante.
Se desenvolve aos poucos e só no final é totalmente esclarecida, mas a cada página uma informação nova é apresentada ao leitor, e isso torna impossível uma pausa na leitura. Cheia de reviravoltas eu mudei meu palpite sobre o que aconteceu umas três vezes conforme avançava na leitura e mais respostas surgiam assim como mais dúvidas.
Nossa protagonista Rachel é uma stalker. Há quem diga que é uma alcoólatra, psicótica, louca, mas  ela é uma stalker. Isso fica claro desde o início e isso prende o leitor desde o começo, mas não se iludam o personagem não é cativante e de todos é o que menos me agradou embora seu lado louca tem lá seu fascínio no desenrolar da trama. O interessante no livro é que é um tipo de leitura onde não tem problema não haver identificação com a protagonista, vc vai amar a história de qualquer maneira.
Os demais personagens Scott, Tom Anna e Megan são personagens bem construídos e interessantes.
O livro é narrado por Rachel, Anna e Megan, alternadamente.
Os capítulos são curtos, mas cheios de informação e suspense. 
Rachel é uma mulher solitária, divorciada e alcoólatra, razão pela qual foi demitida. Cathy, a dona da casa onde ela mora em um quarto, não sabe disso, então Rachel sai todos os dias de casa como se fosse trabalhar. Ela passa o dia em Londres e volta para casa como se estivesse cansada de um dia de trabalho. O que ela gosta mesmo é de estar no trem. Principalmente quando o trem para, diariamente, em um sinal que lhe permite ver a casa vitoriana número 15 daquela rua. 
Jess e Jason são os moradores da casa. Um casal tão apaixonado que Rachel gostaria de ter vivido esse amor com Tom, seu ex-marido. Ela sabe tudo sobre eles, trabalhos, pensamentos, intimidade. Mas o que ela  sabe são sobre as existências que ela criou em sua mente, não quem são eles de verdade. Ela não sabe nada sobre Megan e Scott.
Ela não sabe que eles não são tão felizes assim. E, talvez, ela nunca soubesse se no dia 13 de Julho de 2013 algo acontecesse.
Rachel, Megan e Anna são três personagens muito diferentes entre si e, ao mesmo tempo, muito semelhantes. Suas personalidades e suas histórias estão interligadas.
Nessa história nem tudo é o que parece e sempre há algo mais a ser revelado.
O leitor entende junto com Rachel que quase nada do que é confirmado é um fato. Verdade e mentira desafiam na descoberta do que aconteceu e de quem é aquela pessoa de maneira tão instigante, envolvente e eletrizante que vc se sente como os personagens em meio a um turbilhão de sentimentos.
A autora testa os limites dos personagens e dos leitores ao mesmo tempo, especialmente no que se refere às lembranças (atenção aos lapsos de memória de Rachel, datas e características) e consegue com maestria manter o ritmo acelerado e fluído da leitura do início ao fim prendendo a atenção e fazendo perder o fôlego.

Minhas expectativas estavam nas alturas e o livro não decepcionou, a autora  surpreendeu nos presenteando com um thriller repleto de emoções, surpresas e incertezas onde cada detalhe é importante e cada palavra escrita pode desvendar um mistério.
Recomendado para os leitores que gostam de um enredo desafiador,  provocativo e arrebatador.

Abraços Literários e até a próxima.


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

As Luzes de Setembro-

                                                                                    



Sinopse- Durante o verão de 1937, Simone Sauvelle fica de repente viúva e abandona Paris junto com os filhos, Irene e Dorian. Eles se mudam para uma cidadezinha no litoral da Normandia, e Simone começa a trabalhar como governanta para Lazarus Jann, um fabricante de brinquedos que mora na mansão Cravenmoore com a esposa doente. Tudo parece caminhar bem. Lazarus demonstra ser um homem agradável, trata com consideração Simone e os filhos, a quem mostra os estranhos seres mecânicos que criou: objetos tão bem-feitos que parecem poder se mover por conta própria. Irene fica encantada com a beleza do lugar – os despenhadeiros imensos, o mar e os portos – e por Ismael, o pescador primo de Hannah, cozinheira da casa. Ismael tem um barco, entende tudo sobre navegação e gosta de velejar sozinho, até conhecer Irene. Os dois logo se apaixonam. Entre Simone e Lazarus parece nascer uma amizade. Dorian gosta de ler e, muito curioso, quer entender como os bonecos de Lazarus funcionam. Todos estão animados com a nova vida quando acontecimentos macabros e estranhas aparições perturbam a harmonia de Cravenmoore: Hannah é encontrada morta, e uma sombra misteriosa toma conta da propriedade. Irene e Ismael desvendam o segredo da espetacular mansão repleta de seres mecânicos e sombras do passado. Juntos enfrentam o medo e investigam estranhas luzes que brilham através da névoa em torno do farol de uma ilha. Os moradores do lugar falam sobre uma criatura de pesadelo que se esconde nas profundezas da floresta. Em As luzes de setembro, aquele mágico verão na Baía Azul será para sempre a aventura mais emocionante de suas vidas, num labirinto de amor, luzes e sombras. 


Esse é o livro que fecha a Trilogia da Névoa – que conta também com O Príncipe da Névoa e O Palácio da Meia-Noite.
Os livros são independentes e podem ser lidos em qualquer ordem como livros únicos.
O ponto em comum deles são o mote fantástico, sombrio e assustador, além de serem destinados ao público juvenil.

As Luzes de Setembro narra a história de Simone que ficou viúva e com dívidas deixadas pelo marido,  deixa Paris e vai para a Normandia, em uma pequena cidade cercada de mistérios,  com os dois filhos, Irene e Dorian, em busca de uma oportunidade.
Lá ela começa a trabalhar na casa de um fabricante de brinquedos que lhes parece muito simpático, mas que mantém em sua casa  seres estranhos em forma de objetos inanimados. Inanimados????
A narrativa transcorre com Simone adaptando-se a novo trabalho, Dorian em sua busca para descobrir como são feitos os brinquedos que de tão perfeitos parecem ter vida própria e Irene encantada por certo pescador chamado Ismael com quem passa a explorar o mar no veleiro do rapaz.
Só que é um livro de Zafón e é claro situações estranhas começam a acontecer e mistérios precisam ser desvendados em meio a diversos perigos.
Em uma noite chuvosa a vida de todos muda para sempre. Isso porque Hannah a cozinheira da casa, desperta com uma janela  batendo e decide ir fechá-la,  vai até o quarto de onde vem o barulho… E liberta um mal escondido há duas décadas.
Em busca de respostas, Irene e Ismael começam a investigar os mistérios que envolvem a casa e seu dono, envolvendo-se em uma aventura  perigosa.
Uma narrativa cheia de ação e alguns momentos eletrizantes, o livro esconde algumas histórias de amor não só entre casais, mas também homens e seus sonhos.
Apesar do mote sombrio, onde os elementos suspense e horror aparecem a cada virada de página, a trama inteligente, envolvente e instigante é fluída, prende a atenção do início ao final, sem ver o tempo passar.
Os personagens são cativantes e bem construídos. Os vilões  tem uma ligação com o sobrenatural de maneira difusa, como se a magia fosse alguém de carne e osso.
Zafón é mestre em construir enredos deliciosos e apavorantes em vários graus de intensidade, é um autor altamente sensitivo.
VC consegue estar inserido em cada um dos cenários, sejam eles estação de trem assombrada, cemitérios inquietos ou brinquedos assustadores.
E cada cenário é uma singularidade.
Recomendadíssimo como qualquer livro do autor!

Sobre o autor- Carlos Ruiz Zafón (Barcelona, 25 de Setembro de 1964) é um escritor espanhol que vive em Los Angeles desde 1993, onde ele passou alguns anos escrevendo roteiros enquanto desenvolvia sua carreira como escritor.
Em 1993 ganhou o prêmio Edebé de literatura com seu primeiro romance, O Príncipe da Névoa, que vendeu mais de 150 mil exemplares na Espanha e foi traduzido em vários idiomas.
Desde então, publicou quatro romances, sendo que os três primeiros foram dirigidos para um público mais jovem, e intitulam-se de El Palacio de la Medinoche, Las Luces de Semptiembre e Marina.
Nos últimos anos transformou-se numa das maiores revelações literárias com A Sombra do Vento, que foi traduzido em mais de 30 idiomas, publicado em cerca de 45 países e ultrapassou a marca dos 6,5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo desde o seu lançamento, em 2001.
Seu romance O Jogo do Anjo, escrito em 2008, teve mais de um milhão de exemplares vendidos na Espanha.
Atualmente, seu romance mais recente é O Prisioneiro do Céu, continuação de A Sombra do Vento.
Os romances A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e O Prisioneiro do Céu, fazem parte de uma trilogia que pode ser lida por qualquer ordem mantendo, mesmo assim, um entendimento claro da obra.

Mini biografia retirada do site Wikipédia, nessa página aqui, onde vcs encontram tudinho sobre o autor e suas obras.


Abraços Literários e até a próxima.