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Viajar pelas páginas de nossos livros, por vários gêneros, escritores anônimos e ilustradores e também os ilustres escritores: romances, aventuras, comédias, mistérios, épicos, auto-ajuda, poéticos, didáticos... toda leitura faz o ser humano conhecer, abranger, crescer...

Neste blog vamos divulgar, sugerir, incentivar, um espaço para interagir com você, que vai ser nosso seguidor ou dar apenas uma espiadinha, mas será sempre bem-vindo, como aquele amigo que senta para tomar um café e conversarmos sobre aquelas páginas de um livro que mais nos marcou, ou aquele que estamos lendo no momento, então fica aqui nosso convite, entre no nosso blog, tome um café, enquanto passeia pelos nossas postagens, interaja conosco sempre, estamos aqui na rede aguardando a sua chegada.


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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Fragmentado-

                                                                                   


Um dos mais esperados filmes pelos amantes do suspense, Fragmentado, do diretor indiano M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido e Sinais) conta a história de Kevin (James McAvoy), um homem que sofre de transtorno dissociativo de identidade (TDI), ou seja, possui múltiplas personalidades.
O protagonista vivido pelo ator inglês James McAvoy (X-Men: Primeira Classe), mantém um tratamento com uma terapeuta que tenta fazer com que  as suas personalidades convivam em harmonia. Entre uma e outra sessão, uma das facetas de Kevin, seqüestra três garotas. Enquanto ele tenta manter o fato escondido da terapeuta e lidar com as garotas seqüestradas, dá sinais de uma terrível  nova personalidade que  está se formando.

A história é sobre um homem que desenvolveu 23 personalidades diferentes (e a habilidade de alterná-las quimicamente em seu organismo com a força do pensamento) a partir de um trauma de infância, entre elas as caracterizadas pela bondade e as caracterizados pela violência, como a do sequestrador  que rapta três adolescentes e as mantém em cativeiro.
É exatamente a agressividade de algumas das personalidades que fez com que o filme fosse criticado por especialistas em saúde mental em todo o mundo. Eles dizem que o longa mais erra do que acerta na maneira de retratar o distúrbio, tornando o protagonista distante do que seria, no mundo real, alguém com o transtorno, estigmatizando, portanto os portadores de transtornos mentais, vinculando-os a um comportamento violento e perigoso.
Por outro lado concordam que o filme é  uma obra ficcional, assim como O Médico e O Monstro,  dirigida ao entretenimento.

Voltando a narrativa, logo no começo, Kevin sequestra três adolescentes, mas uma das garotas não está no contexto que ele buscou, o que torna a historia mais interessante.
Digno de nota é o trabalho feito por Anya Taylor-Joy (A Bruxa), que interpreta a jovem Casey, uma das 3 garotas raptadas que diferente das outras duas tem uma história complexa e cujo passado é mostrado através de flashbacks.
Durante o decorrer da trama não sabemos qual personalidade vai aparecer na próxima cena,  nem qual será a reação de Kevin.
As personalidades vão ficando mais dissociadas e conseguimos reconhecer algumas, muito por conta das sessões que o protagonista tem com sua psiquiatra, Dra Karen Fletcher (Betty Buckley).

Uma pequena surpresa, na última cena remete a outro filme do cineasta, “Corpo Fechado” de 2000. O  diretor tem uma ideia objetiva com relação à cena, uma vez que está escrevendo uma sequência de Corpo Fechado, que tem estreia prevista para janeiro de 2019.
O final apresenta um twist (reviravolta no enredo) que promete deixar felizes aqueles que acompanharam seu trabalho, não chega a ser  algo para o qual temos pistas ao longo da película, mas talvez, em hipótese, possa mudar sua forma de encarar a história.

Recomendado para quem curte a adrenalina, atmosfera de suspense e gosta de ser surpreendido.

O trecho a seguir contém spoiler e o final do filme. 
Para as praguinhas e os pestinhas curiosos é só selecionar o texto.

A psiquiatra do Kevin crê que ele está desenvolvendo a 24ª personalidade, a mais perigosa e de força sobre-humana.
À medida que as garotas tentam fugir ele as separa e as confronta com suas múltiplas personalidades. Desconfiada, a doutora resolve ir até o subsolo do zoológico, onde o rapaz trabalha, mas ao descobrir a verdade, é sedada por ele.
Ao constituir sua 24ª personalidade mata a doutora e duas das garotas.
A terceira consegue acessar a personalidade original do rapaz - que quando criança sofreu com o comportamento violento da mãe - e tendo acesso a uma arma que ele guarda, atira contra ele.
Kevin está prestes a invadir a cela em que a garota se refugiou quando vê as marcas de auto-mutilação que ela tem no corpo e se familiariza com a situação, indo embora e desaparecendo.
A garota é encontrada por um funcionário do zoológico, que a resgata.
Os assassinatos tomam conta dos noticiários locais - que o chamam de "A Horda", e fazem e lembrar um mesmo caso do passado, cujo psicopata  - conhecido como o "Sr. Vidro" (Samuel Jackson em Corpo Fechado)- também escapou e cujo perseguidor Dunn (Bruce Willis) aparece na última cena, dando ideia de uma sequência futura.


Abraços Literários e até a próxima.



quinta-feira, 25 de maio de 2017

O navio das noivas-

                                                                                  


Sinopse: Austrália, 1946. Termina a Segunda Guerra Mundial e chega o momento de retomar a vida apostando novamente no amor. Mais de seiscentas mulheres embarcam em um navio com destino a Inglaterra para encontrar os soldados ingleses com quem se casaram durante o conflito.
Em Sydney, Austrália, quatro mulheres com personalidades fortes embarcam em uma extraordinária viagem a bordo do HMS Victoria, um porta-aviões que as levará, junto de outras noivas, armas, aeronaves e mil oficiais da Marinha, até a distante Inglaterra. As regras no navio são rígidas, mas o destino que reuniu todos ali, homens e mulheres atravessando mares, será implacável ao entrelaçar e modificar para sempre suas vidas.
Enquanto desbravam oceanos, os antigos amores e as promessas do passado parecem memórias distantes. Ao longo da viagem de seis semanas — apesar de permeada por medos, incertezas e esperanças — amizades são formadas, mistérios são revelados, destinos são selados e o felizes para sempre de outrora não é mais a garantia do futuro que foi planejado.
Com personagens únicas e uma narrativa tocante, Jojo Moyes conta uma história inesquecível que captura perfeitamente o espírito romântico e de aventura desse período da História, destacando a bravura de inúmeras mulheres que arriscaram tudo em busca de um sonho.


Austrália, ano de 1946, final da Segunda Guerra Mundial e início da jornada de quatro esposas a bordo do navio Victoria tendo em comum apenas o objetivo de chegar à Inglaterra para enfim viverem com seus respectivos maridos.

Muitos anos depois, uma jovem e sua avó durante uma viagem à Índia conhecem um  cemitério de navios, e ao ver um porta-aviões chamado Victoria, a avó fica transtornada, ou seja nas primeiras páginas temos o primeiro mistério: Qual das quatro esposas é a avó ou será que ela é realmente uma delas?

A primeira parte do livro é uma imersão da autora conduzindo o leitor a bordo do navio Victoria, apresentando os personagens, mostrando os detalhes e descrevendo a trajetória desses jovens que se casam e precisam ir para a guerra, voltando meses depois, isso se voltassem, sem nem ao menos terem tido a oportunidade de conviverem ou mesmo conhecerem melhor suas esposas.
Em uma viagem nada confortável em um porta-aviões, acompanhamos durante seis semanas, a trajetória de quatro mulheres tão diferentes entre si quanto poderiam ser aparentemente iguais seus destinos, em meio a 1000 marinheiros, numa espécie de reality passado na década de 40.
A cativante Margaret, a misteriosa Frances, a mimada Avice e  a esfuziante Jean em busca de seus maridos e passando por inusitadas situações e tendo suas histórias tomando rumos nunca imaginados em reviravoltas dignas dos romances tradicionais.
Quatro histórias distintas e interligadas, cada uma com seu próprio romance e em cada capítulo conhecemos um pouco da jornada de cada uma delas.
Jojo constrói o enredo trazendo inclusive  trechos dos diários das esposas que deram o tempero ideal pelo fato de não haver somente finais felizes.
A autora tem um dom de criar situações e personagens verossímeis e ambientes que saltam das páginas para nossa imaginação nos envolvendo rapidamente onde tudo acontece em meio a sentimentos conflitantes e quando o livro acaba sentimos saudades dos personagens aos quais nos apegamos.
No decorrer da narrativa vamos conhecendo cada uma delas, descobrindo seus sonhos e soluções para cada situação em que  se envolvem durante a viagem.
Também conhecemos alguns personagens masculinos, entre eles o comandante que assim como Frances tem um segredo e Nicol um fuzileiro que faz guarda na frente da porta do quarto das nossas protagonistas, as ajudando a encobrir suas infrações e  que devido a seu longo período no mar percebe que sua própria família está em risco.
O que percebemos durante a leitura é a destruição em vários níveis que a guerra traz.
Mesmo além das mortes. 
As pessoas que ficam tem que  reconstruir suas vidas de alguma forma, mas como (sobre)viver depois de uma experiência dessas?
Como recomeçar e o que fazer quando a guerra acaba?
As mulheres criadas pela Jojo mostram um lado da resposta dessas perguntas, abandonam tudo o que lhes é familiar para irem a outro país, tendo apenas uma tênue ligação com homens que apesar de serem seus maridos não chegaram a  conhecê-los de fato.
Prepare-se para mergulhar na História e se encantar por sonhos de amor que podem ou não se concretizar, já que há reviravoltas no final do livritcho rsrsrs
O que vc faria se o amor de sua vida estivesse a um oceano de distância?

O livro é inspirado além de histórias reais de pesquisas da autora também na história de amor de sua avó que foi uma noiva australiana.

 Para quem é JojoLover, para quem gosta de romances tradicionais e para quem quer uma leitura despretensiosa.

Abraços Literários e até a próxima.



segunda-feira, 22 de maio de 2017

Uma Longa Jornada para Casa-

                                                                                 
  
Assim como muitos saíram emocionados dos cinemas ao assistir “Lion” que conta a história, comovente na medida exata é difícil ler o livro que inspirou o filme, “Uma longa jornada para casa”, sem se impressionar com a saga do indiano Saroo Brierley.
No relato autobiográfico, ele conta sua trajetória, um garotinho pobre de cinco anos,   que ajuda a família em um vilarejo na Índia e que um dia, ao se perder do irmão mais velho, não consegue mais voltar para casa e precisa sobreviver sozinho em uma metrópole, chegou a morar nas ruas antes de ir para um orfanato e ser adotado por um casal australiano.
Durante a vida de oportunidades na Austrália, Saroo nunca se esqueceu de quando dividia uma casa de um cômodo com a mãe e os irmãos.
É impressionante a memória que tem de quando atravessou a Índia, chegando a Calcutá. Não que deva ser fácil esquecer-se do que passou nas ruas, criança, analfabeto, sem saber o próprio sobrenome nem o endereço de casa.
Foi justamente o sofrimento, visto de perto, que fez a mãe australiana de Saroo escolher sua missão no mundo: adotar órfãos de países necessitados.
Saroo é profundamente grato e ama os pais adotivos, que o criaram com amor e carinho e o enchem de orgulho e admiração. Mas a investigação que fez para descobrir o paradeiro da família biológica, desafiando os limites da memória, é o que torna sua história universal.

                                                                               


A adaptação cinematográfica que teve direção de Garth Dennis, contou com Sunny Pawar, interpretando Saroo garotinho e Dev Patel, já adulto.
Na busca por um sentido para sua existência, ele acabou encontrando mais do que a própria identidade.
Um sentimento capaz de unir suas duas famílias e que surge onde existe amor: esperança!
Um livro que traz a reflexão da importância de valorizar a família e emociona ao propor a busca de uma essência humana baseada no amor.


Abraços Literários e até a próxima.



quarta-feira, 17 de maio de 2017

La La Land- Cantando Estações

                                                                                  


Vencedor de seis estatuetas no Oscar desse ano (atriz, diretor, canção original, trilha sonora, design de produção e fotografia), La La Land – Cantando Estações, chegou inclusive a ser anunciado como o melhor filme na cerimônia de premiação, em um dos momentos mais constrangedores da história do cinema, já que o vencedor da categoria foi Moonlight – Sob a Luz do Luar.
O musical conta a história de Mia (Emma Stone), uma barista aspirante a atriz que busca fama em Los Angeles, “a cidade das estrelas”, e Sebastian (Ryan Gosling), um pianista que sonha com que as pessoas tenham pelo jazz  a mesma paixão arrebatadora do passado.
Quando eles se encontram suas vidas ganham mais poesia e brilho, no entanto, no momento em que decidem sair em busca dos seus sonhos, o romance dá espaço aos dramas da vida real.
Que dizer desse filme?
Como já disse anteriormente eu tenho uma “coisa” com livros/filmes “modinha”, só leio/assisto depois que todo mundo já o fez, porque parece que as pessoas estão em um ringue de luta livre, de um lado os que amaram e do outro, os que odiaram (e não necessariamente respeitando as opiniões contrárias).
Teve gente até que saiu da sala nos primeiros 15 minutos dizendo que o filme era monótono.
Eu, particularmente, não sou fã de musicais, então no comecinho senti siiiiim dificuldade em me concentrar .
Mas, por volta dos 27 minutos, La La Land mostra a que veio.
Não é tipo Os Miseráveis, está mais para Moulin Rouge – Amor em Vermelho e é aí que a coisa muda de figura!
Na primeira cena, onde Mia e Sebastian se encontram pela primeira vez, temos algo "parecido" com um Flash Mob em um congestionamento, deixando entrever a narrativa de visual colorido e direção diferenciada.
Não são poucos os momentos em que La La Land lembra os filmes antigos.
No letreiro usado para apresentar as estações, nas roupas das dançarinas, na forma como se iniciam/encerram as cenas, nas músicas (com destaque ao jazz, tema do roteiro), na linda fotografia, na iluminação (sempre que um personagem está em destaque cantando, dançando ou tocando um instrumento, tudo ao redor fica escuro).
 La La Land usou itens clássicos! O diretor faz uma homenagem a antigos sucessos do cinema num “diálogo silencioso” que conversa com seus anteriores, como quando Sebastian conversa com os músicos antigos de quem ele tanto gosta, o corte das roupas de Mia que lembram talvez Audrey Hepburn, o nostálgico cenário e figurino, que remetem a célebres sucessos que vão de Ingrid Bergman a Marilyn Monroe, de Juventude transviada a Cantando na chuva e as coreografias de sapateado.
Também tem o momento em que eles “dançam nas estrelas” – uma referência a Moulin Rouge, quando Seb dá um giro num poste – Dançando na Chuva, e quando Mia e as amigas se vestem –  Grease.
Gostei do romance entre Mia e Sebastian e  como ele foi desenvolvido. O diretor conseguiu captar os sentimentos de cada momento vivido pelos personagens de Gosling e Stone.
La La Land – Cantando Estações  surpreendeu.
É um bom filme. Não é à toa que foi tão elogiado pela crítica,  que levou 7 Globos de Ouro (batendo recorde de filme com mais Globos de Ouro) e teve 14  indicações ao Oscar sendo o filme que mais angariou estatuetas (6) em 2017.
Se o enredo parece raso é porque é necessário ler nas entrelinhas para perceber o que há de complexo no roteiro.
Não se trata só de uma história de amor. Mais que isso, se trata de uma “história” –  que fala sobre a colisão entre o que você espera da sua vida profissional e o que você espera da sua vida pessoal, e como é possível (se é que é) por em concordância esses aspectos. Através da conexão entre os dois personagens centrais e as  mudanças das estações, percebemos pouco a pouco  o tamanho e o  peso de nossas escolhas.
Com um final que expõe um futuro imaginário em meio a  possibilidades, La La Land mostra que é possível resgatar a essência dos musicais Hollywoodianos, mesmo sem reinventar o gênero, por meio de referências e estruturação de elementos técnicos.

La La Land – Cantando Estações não é uma obra-prima, no entanto, é uma obra repleta de sensações e de sentimentos grandiosos.
Apaixonado, mas bastante contido, e  envolto em melancolia em seus momentos finais, mas seus prazeres são tantos e tão convincentes que você sairá do cinema exaltando o cinema e o jazz.
Mais do que um musical, um filme sobre música, e mais do que um filme sobre sonhos, promove a reflexão sobre nossas escolhas.
Vale siiiiiim muito a pena conferir!

Abraços Literários e até a próxima.



domingo, 14 de maio de 2017

Feliz Dia das Mães-


Parabéns a todas as mamães, e quando digo mães, não me refiro apenas à condição biológica de gerar e trazer um ser humano ao mundo, mas, sobretudo à capacidade de amar concebida em seus corações.


Ela tem a capacidade de ouvir o silêncio.
Adivinhar sentimentos.
Encontrar a palavra certa nos
momentos incertos.
Nos fortalece quando tudo ao
nosso redor parece ruir.
Sabedoria emprestada dos deuses
para nos proteger e amparar.
Sua existência é em si um ato de amor.
Gerar, cuidar, nutrir.
Amar, amar, amar e mais amar!
Amar com um amor incondicional.
Afeto desmedido e incontido.
Mãe é um ser infinito.


Feliz Dia das Mães!!!!!


Abraços Literários, beijos poéticos e até a próxima.



quinta-feira, 11 de maio de 2017

Manchester à Beira-Mar

                                                                                


Manchester À Beira-Mar (Oscar de Melhor Roteiro Original 2017), a princípio, parece um filme com uma história igual a tantas outras.
Entretanto, em pouco tempo vemos as camadas que  realizam um mergulho em cada personagem da trama,  proporcionando um estudo do ser e de sua maior angústia, a morte.
Casey Affleck (Oscar de Melhor Ator 2017) é o protagonista Lee Chandler, um zelador que volta para sua cidade devido a morte de seu irmão e acaba tendo que tomar conta de seu sobrinho Patrick.
Até aí, uma história parecida com tantas outras; a questão é que aqui o diretor Kenneth Lonergan conduz a narrativa, sem melodrama, através do comportamento humano ao lidar com a morte, ou se preferirem, com a vida, através de diálogos realistas, que logo causam identificação com os elementos do filme.
Lee é um personagem que de cara causa empatia, e essa empatia vêm justamente da semelhança que o personagem tem com nosso comportamento ao lidar com situações difíceis.
Em uma atuação digna, e brilhante, Casey nos mostra que a fuga para a própria não comunicação pode ser a melhor solução por algum tempo, quando não se sabe o que fazer com uma dor que não cessa nem como seguir a vida após um trauma sem possibilidade de assimilação, nem aceitação ou superação.
E como alguém que não sabe lidar com a morte pode criar um adolescente?
É isso que descobrimos ao longo do filme, através de diálogos inteligentes e sensíveis, permeados por vontades diferentes já que ambos lidam de modo distinto com a dor.
Não é por acaso que o diretor mantém de maneira sofisticada e surpreendente os sentimentos em suspense, congelados, ambientados num clima marítimo e gélido relacionando à frieza emocional do nosso protagonista, que por sua vez interpreta magistralmente, de modo contido, um homem com intenso drama pessoal.
Isso tudo  numa cultura que super valoriza a dinâmica, o alívio do drama e os finais felizes.
Um filme, que traz um grau abissal de profundidade de forma suave e nos mostra o peso que se enfrenta ao lidar com traumas através de atuações incríveis, administrando as idas e vindas no tempo optando pela contenção numa estrutura espiral até chegar ao centro da “gravidade”.
E ainda nos presenteia com uma edição e montagem que é  perfeita, de uma maneira que não estamos acostumados a ver nas telonas, de tirar o fôlego.
Ameeeeeeei o flashback e olha que nunca me imaginei dizendo isso!
Sem nenhuma concessão “comercial” é um filme para adultos, um desses filmes raros que encantam pela simplicidade e empatia permanecendo conosco por um bom tempo depois dos créditos finais.


Abraços Literários e até a próxima.



domingo, 7 de maio de 2017

Maio Amarelo Literário-

                                                                                   


O Movimento Maio Amarelo tem como proposta chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

O bloguito traz uma seleção com alguns livros de capas amarelas para compartilhar com vcs


Uma pagina de cada vez

Pense em alguma coisa que deixa você inseguro, escreva o que é em letras enormes e use o espaço todo! Olhe bem para o que você escreveu. Agora vire a página.
O livro do autor Adam J. Kurtz usa provocações divertidas como esta para fazer o leitor refletir sobre sua vida ao mesmo tempo em que testa a própria criatividade. Como o título diz cada página traz uma brincadeira diferente. Pode ser uma pergunta, uma sugestão de desenho ou um pedido para que você crie uma lista de músicas, uma lista dos seus livros favoritos ou das melhores fatias de pizza que comeu na vida.
Uma maneira espirituosa e lúdica de buscar o autoconhecimento.


 
Tem alguém aí?

Anna Walsh é um desastre ambulante. Ferida fisicamente e emocionalmente destruída, ela passa os dias deitada no sofá da casa de seus pais em Dublin com uma ideia fixa na cabeça: voltar para Nova York.
Nova York é onde estão seus melhores amigos, é onde fica o Melhor Emprego do Mundo®, que lhe dá acesso a uma quantidade estonteante de produtos de beleza, mas também, e acima de tudo, é a cidade que representa Aidan, seu marido.
Só que nada na vida dela é simples...
Sua volta para Manhattan se torna complicada não só por conta de suas cicatrizes físicas e emocionais, mas também porque Aidan parece ter desaparecido.
Será que é hora de Anna tocar sua vida pra frente? Será que ela vai conseguir (tocar a gente sabe que sim; o negócio é pra frente)?
Uma série de desencontros, uma revelação estarrecedora, dois recém-nascidos e um casamento muito esquisito talvez ajudem Anna a encontrar algumas respostas. E talvez transformem sua vida... para sempre.


Alice

Quando decidiu seguir um coelho que estava muito atrasado, Alice caiu em um enorme buraco. Só mais tarde descobriu que aquele era o caminho para o País das Maravilhas, um lugar povoado por criaturas que misturam características humanas e fantásticas, como o Gato, o Chapeleiro e a Rainha de Copas - e que lhe apresentam diversos enigmas...
Alice no País das Maravilhas é um clássico da literatura infanto-juvenil do autor Lewis Carroll conhecido e adorado tanto entre as crianças quanto entre os adultos.


Diário de uma garota nada popular

Nikki, de 14 anos, ganhou uma bolsa de estudos para uma escola particular de prestígio. Sua angústia ao lidar com as meninas malvadas do colégio, a relação com seus pais, sua paixão pelo bonitão da escola e as novas amizades que faz são assuntos registrados em seu diário, ao lado de inúmeros desenhos que ela mesma faz de sua vida.
Direcionado principalmente para meninas adolescentes pode ser considerado
uma versão feminina de Diário de um banana.


 As Aventuras de Pi

Um dos romances mais importantes do século, As aventuras de Pi é uma narrativa singular de Yann Martel que se tornou um grande best-seller.
O livro narra a trajetória do jovem Pi Patel, um garoto cuja vida é revirada quando seu pai, dono de um zoológico na Índia, decide embarcar em um navio rumo ao Canadá. Durante a viagem, um trágico naufrágio deixa o menino à deriva em um bote, na companhia insólita de um tigre-de-bengala, um orangotango, uma zebra e uma hiena.
A luta de Pi pela sobrevivência ao lado de animais perigosos e sobre um imenso oceano é de uma força poucas vezes vista na literatura mundial.



A evolução de Calpúrnia Tate

Calpúrnia Tate tem 11 anos em 1899, quando pergunta o porquê de os gafanhotos amarelos em seu quintal serem tão maiores do que os verdes... Com uma pequena ajuda de seu notoriamente mal-humorado avô, um ávido naturalista, ela descobre que os gafanhotos verdes são mais fáceis de ser vistos contra a grama amarela e, por isso, são mortos antes que possam ficar maiores. Por gostar de explorar a natureza ao seu redor ela acaba criando um relacionamento próximo com seu avô enquanto enfrenta os desafios de viver com seis irmãos e se depara com as dificuldades de ser uma garota na virada do século.
Em seu livro de estreia, Jacqueline Kelly habilmente traz Callie e sua família para a vida, capturando o crescimento de uma jovem com sensibilidade e humor.



 
Memorial do Convento

José Saramago constrói sua narrativa a partir de fatos históricos, como a construção do convento em Mafra, mas também apresenta a fragilidade, a humanidade e o excêntrico em seus personagens ao apresentá-los tão humanos, tão diferentes do tipo “heroi”, distanciando-se do mito histórico, da família real e da igreja “perfeitas”.
Em contrapartida, ao apresentar os componentes mágicos o autor se distancia da realidade, mas aproxima-nos da alma humana.


  

If You Give a Cat a Cupcake

O adorável gatinho que apareceu pela primeira vez em If You Give a Pig a Party agora tem seu próprio livro na série!


Eu sou apaixonada pelas capas de Alice, Calpúrnia Tate, As Aventuras de Pi e esse gatíneo que é muito fofuroso né non???????
E vcs fofis?
Qual livro de capa amarela vcs leram, acharam muito cute ou recomendam?


Abraços Literários e até a próxima.


segunda-feira, 1 de maio de 2017

A Arte das Capas #32: O Perfume da Folha de Chá

                                                                               

Sinopse-  1925, a jovem Gwendolyn Hooper parte de navio da Escócia para se encontrar com seu marido, Laurence, no exótico Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chás mais prósperas do império. Mas ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwendolyn imaginava: os funcionários parecem rancorosos e calados, e os vizinhos, traiçoeiros. Seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios do passado e recusa-se a conversar sobre certos assuntos.
Ao descobrir que está grávida, a jovem sente-se feliz pela primeira vez desde que chegou ao Ceilão. Mas, no dia de dar à luz, algo inesperado se revela. Agora, é ela quem se vê obrigada a manter em sigilo algo terrível, sob o preço de ver sua família desfeita.
                                          
                                                                                                                                          
                                                                


Gwen é uma linda jovem, delicada, romântica, sonhadora e generosa.
Em uma época em que a separação inter-racial era freqüente e as dificuldades grandes, ela, aos dezenove anos conhece e se apaixona pelo atraente viúvo Laurence Hoope,  um dos maiores produtores de chá do Ceilão, localizado no Sri-Lanka, na época colônia da Inglaterra.
O interesse é correspondido, eles se casam e Gwen parte em direção a fazenda de seu marido. 
A princípio o relacionamento de ambos é maravilhoso, mas essa tranquilidade está com os dias contados.
Lá ela descobrirá a dura realidade dos colhedores da produção de chá, enfrenta situações difíceis, lidará com um casamento cheio de segredos e terá que tomar decisões dolorosas em nome do amor e do que acredita ser correto.
O livro é narrado em primeira pessoa, pela perspectiva da Gewn
A autora faz uma abordagem  realista dos problemas enfrentados por pessoas que se casavam sem se conhecer direito e a dificuldade em estabelecer confiança na vida em comum. No caso dos personagens ainda existe o fato de que vivem cercados por segredos do primeiro casamento de Laurence e depois pelo segredo (que é mote da obra) de Gwen.
                                                                   
                                       
                                                                                             

 Gwen é ingênua  e  cheia de expectativas, tem um coração generoso, está sempre ajudando a todos sem pensar muito nas consequências.

Com o passar dos dias começa a notar que a vida em seu novo lar não será exatamente como esperava. Seu marido está sempre ocupado e suas ações a confundem, mesmo sabendo que ele a ama, em determinados momentos se mostra indiferente e esconde segredos.
Entretanto uma notícia os alegra e os une novamente, trazendo esperança para o casal – Gewn, está grávida. Mas (e sempre tem um mas) a alegria se torna um pesadelo, que irá colocar nossa protagonista em uma situação terrível.
Na noite em que entra em trabalho de parto, com o marido longe de casa, ela confrontada por um dilema, precisa fazer uma escolha. 
Será que ela vai conseguir manter o segredo? Se este segredo for descoberto poderá ser perdoado?
Esse é o ponto alto da história e  faz refletir até que ponto um segredo pode mudar nossas vidas e a reflexão de que a mentira pode ser tão (ou mais dolorosa) que a verdade.
Após a escolha feita, o que nos prende ao livro são as consequências da atitude. 
                                          
                                               


A trama reflexiva propõe discussões sobre preconceito, sobre quebrar tabus, diálogo, amadurecimento emocional, questionamentos e até julgamentos.

O enredo  intenso e envolvente trata de miscigenação, interesses amorosos, conflitos familiares e dramas pessoais.
Os cenários são vivos, cheios de cores e trabalhados com maestria permitindo a visualização dos mesmos.
Os personagens, amados ou odiados, são bem construídos.
A capa está perfeita e traduz perfeitamente o contexto.
Ameeeeeeeeeei as letras do título em um relevo áspero.
O único senão é a narrativa em si, uma vez que alguns aspectos deixam a desejar .
A obra poderia retratar com mais detalhes  as tensões políticas e históricas da década de 20 e 30, as lutas por melhorias trabalhistas, pela independência e o final poderia ter sido mais bem trabalhado.
Mas é um bom livro que cumpre aquilo a que se propõe: entretenimento.

Recomendado pra quem gosta de romances de época, dramáticos e com um toque de suspense.

E aí pessoas lindas??
Qual capa vcs acharam mais fofurice???

Abraços Literários e até a próxima.