Sinopse-
César e seu grupo são forçados a entrar em uma guerra contra um
exército de soldados liderados por um impiedoso coronel. Depois que
vários macacos perdem suas vidas no conflito, César luta contra
seus instintos e parte em busca de vingança. Dessa jornada, o futuro
do planeta poderá estar em jogo
A
partir do clássico de 1968, estrelado por Charlton Heston e
intitulado “O Planeta dos Macacos”, foi criada uma nova série de
filmes, que explicam o que ocorreu antes da história contada na
produção.
“ Planeta dos Macacos:
A Guerra”,
encerra essa
trilogia que começou em 2011 quando
fomos apresentados à história de Cesar em Planeta
dos Macacos: A Origem onde um
macaco depois de ser instrumento de teste para uma vacina
contra o Alzheimer, desenvolve
uma inteligência
singular
em um laboratório responsável pela criação de um vírus que
extermina a maior parte da humanidade.
Em
2014 a
história ganhou seu segundo filme
Planeta
dos Macacos: O Confronto,
onde vimos
Cesar assumir um exército símio para lutar contra os humanos que
ainda restaram e que pretendiam exterminar os macacos da Terra.
Agora
chega a vez da
conclusão da trilogia, o capítulo
final:
Planeta
dos Macacos: A Guerra.
Em
tudo mais grandioso que seus já excelentes antecessores, este
terceiro longa completa a história de Cesar de maneira épica e
emocionante.
E
a humanidade já não parece mais tão amigável.
Desta
vez encontramos os macacos estruturados em uma quase-civilização,
mas ainda perseguidos pelo homem, em especial pelo exército
comandado pelo “Coronel”, interpretado pelo excelente Woody
Harrelson, um obcecado militar cujo objetivo na vida é exterminar os
macacos do planeta antes que eles exterminem a raça humana.
No
filme dos anos 60, um astronauta pensa estar em um planeta habitado
por macacos, quando na verdade está na Terra, agora dominada pelos
animais.
Em
Planeta dos Macacos: A Guerra o protagonista é novamente o macaco
Cesar, líder de sua espécie.
Na
narrativa, os macacos estão refugiados na selva, enquanto travam uma
terrível guerra contra os homens.
Siiiiiiiiiiiim
já sabemos como essa guerra vai terminar, mas como nos ensinou o
diretor Matt Reeves não é o final que importa. Ao vermos em cena a
ascensão de Cesar, testemunhamos um pouco da história do
cinema sendo (re)escrita. Se em 1968 encontramos
Charlton Heston já em uma Terra tomada pelos símios, agora vemos
como o planeta chegou naquele estágio.
Repetindo
seu estupendo trabalho, Andy Serkins mais uma vez empresta movimentos
e voz a Cesar utilizando a tecnologia “motion capture” que capta
as expressões da face do ator dando vida a um personagem digital na
tela.
A
perfeição é facilmente notada já que há muita emoção em cena,
em diversas situações de dor e sofrimento.
As
cenas são absolutamente incríveis e é preciso frisar que não
existe um único macaco em cena, são todos construídos
digitalmente.
Se A
Origem falava
sobre sobrevivência dos humanos e O
Confronto sobre
ambos os lados lutando por esta mesma sobrevivência, em
Planeta
dos Macacos: A Guerra o
grande tema é a empatia. Família,
refúgio, compaixão, amizade, carinho, amor, raiva, vingança,
justiça e lealdade.
Maurice,
“Macaco Mau” (que de mau não tem
nada, e siiiiiiiiim você vai se
apaixonar por ele)
e a pequena “Nova” vão conquistar
o coração de muitos e provar que
família pode ter as mais diversas configurações.
A
Guerra é
o final da saga de Cesar, masssssssssss
o diretor já disse
que não será o último filme.
Para Reeves ainda há muito a ser
contado até chegar
no
ponto onde o filme de 1968 começa.
E
nãoooooooooooooooo,
uma certa estátua ainda não cairá, se é isso que você está
esperando :p
Mais
do que o embate em si, há muita violência e cenas difíceis de
assistir, o marcante neste filme são os motivos que levam ambos ao
conflito, ou seja, o título deste longa é muito mais relevante do
que o confronto de exércitos.Temos tensão do início ao fim, mas
somos surpreendidos pela forma como o roteiro é conduzido e
percebemos que a guerra é muito mais interna e psicológica do que
de fato armada em um campo de batalha.
Épico,
impressionante, grandioso e
visceral, Planeta
dos Macacos: A Guerra
fecha com maestria
aquela que será uma das trilogias mais marcantes dos anos 2010.
Parabéns
para Reeves que manteve
a qualidade ascendente
em todos os filmes, sem perder a
qualidade técnica nem a linearidade e coerência de continuidade;
para Serkis, perfeito e para o cinema
que nos presenteou com essa obra prima.
O
realismo é incrível nesse que é um dos grandes filmes do ano e
cujo conjunto da obra (personagens, direção,
efeitos, produção e música) deixa a
sensação de missão cumprida e o
gostinho de quero mais.
Torcemos
agora para que a maestria de produção seja percebida e premiada à
altura de sua qualidade.
E
fica a torcida para que quem sabe não é
dessa vez que Andy Serkis leva um Oscar
por sua incrível atuação!
Absolutamente
recomendadíssimo!
Abraços
Literários e até a próxima.