A Graphic Novel ou,
traduzindo para o português, o romance
gráfico, é uma história produzida em quadrinhos, estilo que por
sua vez capta personagens flagrados em atuações e atitudes preservadas por
alguns momentos no que habitualmente se define como quadros particulares
dispostos seqüencialmente. Neles as
falas são inseridas em balões de diálogo.
Geralmente considera-se
Graphic Novel uma história mais longa e
elaborada, semelhante às obras
literárias compostas no gênero conhecido como prosa ou romance. Embora os
tradicionais gibis consumidos principalmente pelas crianças sejam também
insistentemente rotulados de histórias em quadrinhos, este formato se
caracteriza hoje por abrigar igualmente narrativas mais densas e complexas.
Há uma incerteza quanto à origem da
expressão Graphic Novel, mas muitos consideram que talvez este termo tenha
surgido com a intenção de transcender as reservas que ainda envolvem a
denominação ‘histórias em quadrinhos’, comumente associada às criações que embalam o público infantil. Para que a narrativa neste formato seja
compreendida, é preciso recorrer à associação entre o discurso e as imagens,
assim é possível absorver as manifestações dinâmicas, toda evolução através da
imagem do enredo.
Cabem
neste estilo tanto as obras já lançadas em quadrinhos regularmente impressos,
quanto criações direcionadas para a publicação de um livro.
Geralmente
estas histórias são concebidas para atingir o universo adulto.
Esta
expressão disseminou-se após ter sido empregada por Will Eisner na capa de sua
produção Um Contrato com Deus, (A Contract with God), um trabalho complexo, focado na vida de pessoas comuns no mundo real.
O
selo de "graphic novel" foi colocado na intenção de distingui-lo do
formato de quadrinhos tradicional.
Eisner citou como inspiração os livros de Lynd Ward, que produzia romances
completos em
xilogravura. O sucesso comercial de Um Contrato com Deus
ajudou a estabilizar o termo "graphic novel", e muitas fontes
creditam erroneamente Eisner a ser o primeiro a usá-lo (de fato, foi Richard
Kile quem originalmente usou o termo em algumas publicações dos anos 1960).
Algumas narrativas criadas para o
formato dos quadrinhos parecem ser ancestrais deste estilo, entre elas as
célebres séries Tintin, Asterix e Spirou, que se celebrizaram também nos anos
60. Além de Will Eisner, outro
nome importante na história da Graphic Novel é o de Eddie Campbell, que
ilustrou a obra Do Inferno, a qual retrata os crimes cometidos por um dos
criminosos mais famosos do Ocidente, Jack, o Estripador, em fins do século XIX,
na capital inglesa. Ele caracteriza esta forma de expressão como uma linhagem
artística associada aos quadrinhos, uma escola que abriga artistas com
concepções e propósitos comuns, não como uma dimensão autônoma.
O significado original do termo
era aplicado para histórias fechadas, nos últimos anos o termo tem sido usado
como sinônimo de trade paperback, as edições encadernadas em formato de livros
de história seriadas em revistas.
Em inglês o termo paperback tem dois significado, podem designar tanto
livros de bolso, quanto o tipo de encadernação (brochura) usada nesses livros.
O termo Trade paperback é o utilizado para livros possuem o mesmo formato de
livros capa dura (hard cover em inglês) e uma capa mole, similar a dos livros
de bolso (soft cover em inglês), com isso essa edições são mais baratas que os
livros de capa dura .
O termo Trade paperback é o utilizado também em outros idiomas para
designar edições encadernadas de histórias em quadrinhos estadunidenses em
formato de livro.
Trade paperbacks costumam reunir
arcos (ou minisséries) de história em quadrinhos ou uma série de histórias
independentes publicadas na mesma revista.
Vamos dar uma olhadinha básica na
nossa coluna A Arte das Capas que fala sobre essa arte ????
Ao contrário das produções culturais em massa que prevalecem no gênero
dos quadrinhos, visando apenas entreter, as
narrativas compostas no estilo Graphic Novel privilegiam os aspectos
qualitativos e buscam uma excelência que lhes permitam ocupar um patamar
equivalente ao das produções literárias e cinematográficas de qualidade.
O autor e o ilustrador da Graphic
Novel têm como intenção serem contadores de histórias, independente dos parâmetros que regem o
mercado. Eles buscam sempre a inventividade, a renovação da criatividade, mesmo
cientes de que não lucrarão muito com sua obra, já que ela se dirige a um
público seleto. É possível encontrar, hoje, nas bancas e também nas livrarias,
produções variadas e de extrema qualidade. Os fãs deste estilo, a depender da
safra atual, com certeza não se sentirão carentes de boas histórias.
Olha só os exemplos super bem-sucedidos que sugerimos a seguir:
Os 300 de Esparta de Frank Miller
A Arte Suprema de Rui Zink e António Jorge Gonçalves
Bone de Jeff Smith
Um Contrato com Deus de Will Eisner
The Dark Knight
Returns de Frank Miller e Lynn Varley
A Saga do Tio Patinhas de Don rosa
Livros da Magia de Neil Gaiman
Sandman de Neil Gaiman
Abraços Literários e até a próxima.
Oi!
ResponderExcluirGraphic Novel tenho os de Neil Gaiman.
Vale muito a pena, se eu pudesse teria todos, queria ter todos os livros do mundo, todo o dinheiro do mundo para comprá-los e todo o tempo do mundo para lê-los ;)
Bjs