Hoje, Vinícius de Moraes,
compositor, cantor, poeta, dramaturgo, jornalista, diplomata, cronista e crítico
de cinema, se estivesse vivo, completaria 100 anos.
Sua propensão à diversidade
fez com que transitasse por caminhos curiosos, como lançar um álbum para
crianças, “A Arca de Noé” (1980), e
compor trilhas sonoras para novelas, como por exemplo, “O Bem Amado” (1973) e “Fogo
sobre Terra” (1974).
Compositor de cerca de 300 músicas e autor de aproximadamente 400
poemas, o artista revolucionou a literatura e a música.
Um dos parceiros mais célebres foi o compositor Toquinho, com quem compôs “Para Viver Um Grande Amor” e que se
refere a genialidade de Vinícius dizendo que ele foi capaz de traçar novos
rumos na música, porque compunha de forma simples. Suas letras tinham uma
linguagem convidativa, cotidiana e comum a todos nós. Ninguém fazia melhor do
que ele nem ia tão direto ao ponto.
Talvez por isso tantos
apaixonados tenham tomado emprestadas as palavras de Vinícius. Todos tiveram em algum momento, um poema ou
uma canção dele como trilha sonora de seus romances.
Seu sucesso com o público se deve à sua capacidade de reconhecer o
nascimento de uma melodia ou de uma letras. Ele era mestre na relação do som das palavras com os acordes.
A maestria ganhou status e sucesso internacionais a partir de 1956, quando o poeta
encontrou o compositor Antônio Carlos Jobim.
Juntos, compuseram, entre outras, as músicas: “Se todos fossem iguais a VC”,
“Chega de Saudade”, “Garota de Ipanema”, “Canção do Amor Demais”, “Eu
Sei Que Vou Te Amar”, “Água de Beber”, “Ela é Carioca” e “Lamento”.
Vinícius ainda teve parcerias afinadas com outros músicos, como Carlos Lyra,
Badem Powell e Pixinguinha.
Nossa homenagem ao poetinha,
como era chamado, é o soneto que ainda hoje é uma exaltação ao amor e que
sempre emociona:
“Soneto de Fidelidade”
“E assim quando mais
tarde me procure
Quem sabe a morte,
angústia de quem vive
Quem sabe a solidão,
fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do
amor (que tive):
Que não seja imortal,
posto que é chama
Mas que seja infinito
enquanto dure.”
(Vinícius de Moraes)
Abraços Literários e
até a próxima.
Olá parabéns pelo post.
ResponderExcluirChega de Saudade
Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela não há paz
Não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei
Na sua boca
Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim
Não há paz
Não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim
Não quero mais esse negócio de você longe de mim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim
Minha colaboração pelo centenário do poetinha.
; * e + ; *
Oi Jerônimo!
ResponderExcluirQue bom que gostou do post e agradecemos muitíssimo pela sua colaboração.
Essa música é lindíssima, escolheu bem garoto!
Bjs