Cozy mysteries ou simplesmente cozies como são conhecidos, são um subgênero da ficção policial em
que o sexo e a violência são minimizados, e o crime e a solução ocorrem em uma
pequena comunidade.
O termo foi usado pela primeira vez no final do século 20, quando
vários escritores produziram trabalhos na tentativa de recriar a Idade de Ouro
da ficção policial.
Nessas histórias os detetives são
quase sempre amadores, bem
educados, intuitivos e muitas vezes têm empregos onde estão inseridos na
comunidade, o que os coloca em contato constante com todos os moradores da
região. Podem ser fornecedores, hoteleiros, bibliotecários, professores,
jardineiros, chefes de cozinha ou frequentemente têm um elemento temático
importante introduzido pelo hobby que
vão de palavras cruzadas, costuras e artes até temas como pesca, golfe,
caminhadas, antiguidades, histórias medievais e design de interiores.
Geralmente têm um contato na polícia que lhes dá acesso à informações
importantes.
São considerados pelas autoridades como intrometidos, já que
bisbilhotam, perguntam, recolhem pistas e usam o sexto sentido para resolverem
os casos.
Os assassinos são tipicamente racionais e articulados, o que lhes
permite explicar os motivos do crime quando descobertos.
Geralmente o crime é feito por ganância, inveja ou
vingança.
A soma desses personagens em séries de mistério de longa duração, cria
uma sociedade de excêntricos, com ações peculiares, entre os quais o detetive
se destaca por parecer a única pessoal “normal”.
O mistério geralmente ocorre numa
pequena comunidade, pequena o suficiente para tornar crível que todos os
personagens podem ser suspeitos e mantém relações sociais de longa data uns com
os outros. O detetive é geralmente o indivíduo conhecido de todos e capaz de obter sem dificuldade dos
membros da comunidade as informações que precisa.
Na narrativa encontramos ainda pelo menos um personagem secundário, bem
informado, confiável que está intimamente familiarizado com a história pessoas
e inter-relações de todos na cidade, e cuja capacidade de preencher os espaços
em branco do quebra-cabeças permite que o detetive resolva o caso.
As fronteiras precisas do cozies
são vagas, no entanto podemos considerar como limítrofes as obras de Agatha
Christie com sua adorável e perspicaz protagonista Miss Marple, que apareceu em diversas obras que foram adaptadas
inúmeras vezes para o cinema e para a TV.
Abraços Literários e até a próxima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário