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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Caneca Literária #34: A Origem das Festas Juninas & Receita de Quentão-

                                                                                    



A Caneca Literária de hoje é para VCS que assim como nós amam as festas juninas, os arraiais, as fogueiras de São João, as gostosuras e, claro o quentão!

Na época da colonização do Brasil os portugueses introduziram em nosso país muitas características da cultura europeia, como as festas juninas.
Mas o surgimento dessas festas foi no período pré-gregoriano, como uma festa pagã em comemoração às boas colheitas, na época em que denominaram de solstício de verão. Essas comemorações também aconteciam no dia 24 de junho, para nós, dia de São João.
Essas festas conhecidas como “ joaninas” receberam esse nome para homenagear João Batista, primo de Jesus, que, segundo as escrituras bíblicas, batizava as pessoas, preparando-as para a vinda de Jesus.
Assim, passou a ser uma comemoração da Igreja Católica, onde homenageiam três santos: no dia 13 a festa é para Santo Antônio; no dia 24, para São João; e no dia 29, para São Pedro.
Aos poucos, as festas juninas foram sendo difundidas em todo o território brasileiro e com o passar dos anos ganharam outros símbolos característicos.
Como é realizada num mês frio, enormes fogueiras passaram a ser acesas para que as pessoas se aquecessem em seu redor. Várias brincadeiras entraram para a festa, como o pau de sebo, o correio elegante, os fogos de artifício, a quadrilha com o casamento na roça, entre outros, e as comidas típicas dessa festa tornaram-se presentes em razão das boas colheitas na safra de milho. Com esse cereal são desenvolvidas várias receitas, como bolos, caldos, pamonhas, bolinhos fritos, curau, pipoca, cuscuz, milho cozido, canjica, entre outras gostosuras como pinhão, batata doce, doce de abóbora, doce de leite, arroz doce, paçoca, pé-de-moleque, e muito mais.

O Quentão é a típica bebida das festas juninas.
E como as comemorações em homenagem aos três  santos Santo Antônio, São João e SãoPedro se realizam por todo o Brasil no mês mais frio do ano, foi providencial que o quentão se tornasse um ícone. Seu poder de esquentar o corpo não tem uma origem comprovada, mas sabe-se que deve ter surgido para agüentar o frio e a população  passou a misturar pinga com gengibre e especiarias,  e ferver tudo  criando uma bebida não só quente, mas que também agradava o paladar.
Do ponto de vista nutricional o quentão mais tradicional é feito com cachaça e adicionado de um pouco de água, açúcar, lascas de gengibre descascado, cravo-da-índia e canela em pau. A bebida, depois de fervida, espalha pelo ar o cheiro doce e ao mesmo tempo picante, aguçando o paladar.
Exagerar,  porém, não é boa ideia. Além do álcool que pode causar embriaguez rapidamente, existe a questão do alto valor calórico. Um copinho de 60 ml tem em média 100 calorias.
A forma mais comum do quentão é aquela descrita acima, com a pinga, o açúcar, água e especiarias da época. Mas existem variantes da bebida. Alguns preferem, por exemplo, adicionar à fervura do quentão lascas de limão e laranja, para dar um aroma diferente. Outros se inspiram no preparo do vinho quente e fazem quentão do mesmo modo, acrescentando frutas sem casca picadas, como a maçã e substituindo a pinga por vinho suave. O sabor da bebida alcoólica ainda se sobressai dessa forma, mas fica com gostinho de maçã.

Receita Básica
(VC acrescenta ou tira a seu gosto, tipo prefere mais doce coloca mais ½ xícara de açúcar, quiser mais amarguinho põe 3 fatias de limão ou laranja sem a casca, se preferir saborizado coloca pedacinhos de ½ maçã, ou ainda 3 fatias finas das cascas das frutas, se quiser substitua a pinga por vinho suave).
A medida da xícara é 240ml

Ingredientes-
1 xícara de açúcar
1e 1/2 xícaras de água
1/4 de xícara de gengibre sem casca em fatias finas
1 e 1/2 xícaras de pinga de boa qualidade, de preferência envelhecida de alambique.
2 folhas de capim cidreira picadas (se usar o capim cidreira não coloque o limão)
3 cravos da índia
2 pedaços pequenos de canela em pau

Preparo-
Primeiro coloque o açúcar na panela. Adicione o gengibre, o cravo-da-índia e a canela em pau.
Quando o açúcar estiver quase todo derretido, mas ainda claro (sem caramelizar nem queimar) junte a água e as folhas de capim cidreira picadas, misturando bem.
Se for usar laranja, limão ou maçã, em pedacinhos ou só a casca deles adicione nessa etapa (nesse caso não use as folhas de capim cidreira)
Na etapa final adicione a pinga, mexendo bem para incorporar.
Ferva em fogo baixo 5  minutos.
Coe em peneira ou filtro e sirva só o líquido.

Se divertir é o melhor espírito que as festas juninas podem ter!

Abraços Literários e até a próxima.



7 comentários:

  1. Olá Luli
    O que mais adoro das festas juninas são as comilanças,
    mais nada, não sou do tipo tradicional, ou que tenha crenças nos santos, para mim é uma festa muito bonita com muita comida boa.
    bjs

    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

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  2. Adoro festa junina, mas quentão é uma bebida que não gosto.
    big beijos
    www.luluonthesky.com

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  3. Não sabia da origem das Festas Juninas (mesmo porque não sou católica). Adorei a receita de quentão!

    Ótimo domingo!

    Beijo! ^^

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  4. ;D

    Babado, né?! Aquele perfume é incrível!

    Ótima terça!

    Beijo! ^^

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  5. bacana. festas juninas são bem bacanas. beijos, pedrita

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  6. Aqui no sul essas festas não são muito divulgadas, mas acontecem nas escolas, e alguns fazem em suas casas ...
    Mas adoro quentão (como chamos aqui) rsrs, no momento não posso tomar, mas adoro! Gostei da receita! Não conhecia a história das festas.

    Bjos
    Minda

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