É 1908 e acumulam-se tensões internacionais enquanto o
mundo caminha inexoravelmente para a guerra. Após um talentoso projetista de
canhões de couraçados morrer em um aparente suicídio, sua filha, angustiada,
recorre à lendária Agência Van Dorn para limpar o nome do pai. Van Dorn põe seu
principal investigador no caso, Isaac Bell, que logo percebe que as pistas
apontam não para suicídio, mas para assassinato. E quando se seguem outras
mortes mais suspeitas, fica evidente que alguém — um ardiloso espião — está
orquestrando a eliminação das mentes tecnológicas mais brilhantes.
Mas isso é apenas o começo...
A história começa com a morte de um artilheiro chamado
Arthur Langner, um dos responsáveis pelo aperfeiçoamento de um projeto secreto
que visa desenvolver navios de guerra mais resistentes e belicamente
abastecidos para a frota norte-americana.
A autoridade naval toma a
morte do oficial por suicídio. Inconformada, a filha do artilheiro resolve
procurar a Agência de Detetives Van Dor e contrata o detetive Isaac Bell para
acompanhar paralelamente o caso, na esperança de descobrir algo que foi
ignorado.
Logo, o detetive se vê às
voltas com um perigoso caso de espionagem industrial que pode lhe custar a
própria vida.
A trama envolve a tentativa
de sabotagem no desenvolvimento dos Dreadnoughts da Marinha norte-americana que
possuía uma frota de navios de guerra atrasados tecnologicamente, com pouca
velocidade e imprecisão da artilharia.
A narrativa descortina
personagens bem construídos – membros de gangsters de Nova York, sabotadores
alemães, chineses, japoneses e uma lista de candidatos ao Espião do título.
A primeira coisa que me
atraiu foi a arte da capa, com sofisticado e elegante toque vintage. A sinopse,
por sua vez, também me atraiu, parecendo ser bastante instigante.
Infelizmente, em minha
opinião, os diálogos afiados e as sequências de ação não conseguiram prender a
atenção até o final, foi uma leitura que se arrastou e eu sinceramente contava
as páginas para acabar logo.
A sucessão de assassinatos,
os métodos do Espião cruel e trechos dos pensamentos do próprio vilão nos fazem
saber o momento exato em que ele consegue despistar o detetive. Não é difícil
para o leitor descobrir com as dicas apresentadas no decorrer da narrativa quem
é o Espião, difícil é achar interessante
a motivação.
Então, rapidamente a trama se
encaminha para as revelações e o desfecho
Interessante a
reconstituição de época, mas a descrição minuciosa de expressões técnicas da
indústria naval cansa o leitor e embora contribuam para a atmosfera realista,
não acrescentou à trama.
Talvez eu tenha lido o livro
com altas expectativas, por isso a minha decepção com a leitura.
Talvez o tema, o
aprimoramento dos navios de guerra da Marinha norte-americana, na primeira
década do século XX, diante a iminência de uma guerra entre as principais
potências na época, onde o desenvolvimento das novas tecnologias era alvo de
espionagem industrial e sabotagem, não tenha feito a minha cabeça nesse
momento.
Talvez eu não tenha criado empatia com o protagonista, na verdade acho que só gostei um pouquinho de um ou dois personagens secundários.
No entanto, não há o que
questionar com relação ao contexto histórico, muito bem trabalhado e excelente apresentação.
Se VC se interessa pelo tema, sem dúvida, uma leitura
recomendada.
Abraços Literários e até a próxima.
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