A Caneca Literária de fevereiro é para VCS que assim como nós
são apaixonados pela sétima arte.
Daqui a alguns dias vamos conhecer os ganhadores do Oscar,
então nossa homenagem às telonas é essa memorável produção que desde a sua
estreia tem encantado cinéfilos e tornou-se um dos imortais!
Um filme que apaixona, comove e emociona, uma obra prima arrebatadora!
Chegar em Casablanca, no Marrocos, significa
acima de tudo uma passagem para a liberdade, em plena II Guerra Mundial.
No entanto, nem todos conseguem sair de Casablanca.
No filme, a obra-prima de Michael Curtiz, tudo conspira a
favor da obra, ao longo de uma narrativa recheada de cenas memoráveis, falas
inesquecíveis, magníficas interpretações, uma realização segura do diretor e um
eficaz trabalho de fotografia.
Tendo como pano de fundo o cenário de Casablanca, durante a
II Guerra Mundial, a história acompanha o norte-americano Rick Blaine (Humphrey
Bogart), um indivíduo melancólico, soturno, cínico e frio, dono do famoso Rick's Café Américain, um local
que todos frequentam, alemães, franceses, norte-americanos e marroquinos,
naquela que é a mescla de culturas e povos.
Após apresentar o território de Casablanca e o contexto
histórico ao espectador, a narrativa logo avança para uma intriga relacionada
com dois passaportes que se encontram na posse de um criminoso que pretende
vendê-los a dois clientes importantes. Rick fica com os passaportes sem
imaginar que se destinam ao revolucionário checoslovaco Victor Laszlo (Paul
Henreid) e... Ilsa Lund (Ingrid Bergman).
A chegada de Ilsa ao Rick's Café Américain é um dos vários
momentos memoráveis do filme, sobretudo quando a personagem pede a Sam (Dooley
Wilson) para cantar "As Time Goes By”,
quando os closes exploram o impacto desta cena para o drama romântico do
antigo casal. Longos anos se passaram
desde que Ilsa abandonou Rick sem uma explicação em Paris, mas os sentimentos
entre os dois claramente não mudaram muito.
Com os passaportes em mãos, Rick terá de decidir entre
manter a neutralidade, ajudar Victor e Ilsa, procurar reconquistar o seu antigo
amor ou ceder ao desejo do Major Strasser (Conrad Veidt), um dos líderes nazis
no território e entregar Laszlo.
Não falta intriga política, romance,
traições, ação e melancolia a "Casablanca”.
Com o argumento de esmiuçar o contexto histórico fomos
presenteados com um romance magnificamente elaborado que resistiu ao tempo e
continua a conquistar grande parte dos cinéfilos.
“Casablanca” não
poupa nos elementos marcantes e apaixonantes, onde tudo parece dar certo. Ver Sam a tocar "As Time Goes By” é
simplesmente encantador. Ver Ilsa e Rick em Paris é de partir o coração. Ver Rick a apontar a arma ao Capitão Renault expõe
de maneira emocionante o verdadeiro caráter deste complexo personagem, capaz de
sacrificar o amor por uma causa.
Poucos filmes tiveram a capacidade de arrebatar o espectador como Casablanca e é aqui que
reside um dos fatores de força do filme.
Constituído por um
belíssimo trabalho de fotografia do qual sobressai a utilização do claro-escuro,
a utilização sublime dos closes,
um conjunto de cenários que se tornaram míticos, "Casablanca” junta
a essa atenção ao pormenor uma história soberba interpretada magnificamente por
atores inspirados e uma trilha sonora memorável.
Matizado pelo contexto histórico, social e econômico da
época, o que surpreende em "Casablanca” é que a temática poderia facilmente descambar,
mas tudo resulta em uma enorme empatia, sendo capaz de se transformar em uma
obra marcante, digna de reconhecimento ao longo dos anos.
Absurdamente recomendadíssimo.
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