A gente tem que acreditar. É o que eu penso. A gente tem que acreditar que a pessoa pode
melhorar. Tem tanta coisa na mente humana que a gente não entende. Mas sabe se
a gente tem fé, pode fazer qualquer coisa. (Pág. 18)
O
trecho acima foi determinante para Harold Fry começar a sua jornada.
A vida de Harold Fry toma um rumo totalmente
novo quando, numa manhã, ele recebe uma carta de Queenie Hennessy, antiga
amiga, que ele não vê há mais de vinte anos, dizendo que está doente em estado
terminal.
Decidido a dar a Queenie uma resposta, Harold
saí de casa rumo à uma caixa de correio. Ele passa pela primeira caixa de
correio, a segunda, a terceira, e sem saber o porquê, não consegue parar. Até
que resolve, de súbito, sem avisar a ninguém, que caminhará ao encontro da
velha amiga, que se encontra do outro lado da Inglaterra, na esperança de que
enquanto ele caminhar, ela permanecerá viva. Começa aí a peregrinação de Harold
Fry. Apenas com a roupa do corpo, sem preparo nem planejamento, ele parte em sua improvável jornada, deixando
para trás sua casa e sua esposa. Assim Harold
vive uma jornada dentro de si mesmo, revisitando antigos traumas, medos,
conflitos, erros, culpas e fantasmas do passado.
Ele passa por inúmeros lugares, conhece todo
tipo de gente, As pessoas que cruzam o caminho de Harold durante sua jornada
sempre possuem algo para acrescentar, “doam” um pouco de si mesmos, um
ensinamento, compartilhando coisas que são proveitosas, e me fazem pensar em
quantas vezes vivemos tão apressados que não percebemos o que está a nossa
volta!
Cada
parada que Harold Fry faz é uma lição que aprende, principalmente
com as pessoas que encontra, e isso é interessantíssimo no livro.
No inicio não sabemos bem o porquê dele caminhar para tentar salvar Queenie, se eles tiveram um caso, se ele esta apaixonado por ela...mas tudo no tempo certo é explicado.
Existe vários "mistérios" na história que serão contados no decorrer dessa caminhada.
No inicio não sabemos bem o porquê dele caminhar para tentar salvar Queenie, se eles tiveram um caso, se ele esta apaixonado por ela...mas tudo no tempo certo é explicado.
Existe vários "mistérios" na história que serão contados no decorrer dessa caminhada.
Harald vive situações impensáveis, enfrenta
seus temores e encara a própria escuridão, numa viagem que acaba transformando
a própria vida, e onde ele encontra, enfim, sua redenção em um novo caminho, um
recomeço!
Uma história emocionante, cativante e
sensível em um livro comovente que nos leva à uma peregrinação pela alma humana, que nos apresenta as diversas formas
de sentimentos como em um leque, todos abertos para quem quiser explora. E é
realmente possível se ver refletindo sobre a própria vida e as escolhas que
fazemos e o que deixamos de fazer, seja por medo ou por simples e puro comodismo
naquela que denominamos zona de conforto.
Rachel Joyce teve uma sensibilidade imensa ao criar seus personagens, tão peculiares e com histórias individuais tão complexas. E também
teve a delicadeza de, através de Harold, nos fazer lembrar de que sempre
podemos nos lançar na nossa própria jornada, e que tudo fica mais tolerável
quando levamos conosco apenas o essencial, sem bagagens e pesos desnecessários.
Tudo o que precisamos, está dentro de
nós mesmos. A peregrinação vale
a pena.
Eu gostei bastante da capa, a revisão está excelente e
diagramação do livro é um encanto!!
As páginas estão recheadas de imagens com textos fofos como os que inseri nesse post!
Para aqueles que estão buscando uma história reflexiva esse
livro vai agradar em cheio!
Até a próxima e abraços literários!
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