Este espaço,
intitulado Jornal Poético: Diversos Versos, Inversos e Reversos, foi criado, porque as poesias, os poemas, as rimas,
os cordéis, prosa e verso não podem ficar restritos a um sarau em
uma sala; devem estar ao nosso alcance
sempre.
Com a leitura podemos, encontrar e descobrir mundos que
existem dentro de nós mesmos.
É por isso que
convidamos você, hoje, 2 de novembro, dia em que homenageamos aqueles que
amamos e que já não estão entre nós, a embarcar com a gente nesse lindo poema
de Carlos Drummond de Andrade, que
escolhemos para aliviar um pouco a saudade e diminuir um tanto a tristeza.
Cada uma de nós, à sua maneira, extrai da vida
a poesia que nos cabe.
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje eu não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada
nos meus braços,
Que rio e danço e invento exclamações
alegres,
Porque a ausência, essa ausência assimilada,
Ninguém a rouba mais de mim.
Carlos
Drummond de Andrade
Beijos poéticos, enormes e abraços literários.
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